O papel da tecnologia no apoio a pessoas Migrantes ou em situação de Refúgio

Especial Podcast Colabs #6

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3 min readJul 15, 2022

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Magi Georgos é síria, chegou ao Brasil em 2016 aos 13 anos de idade fugindo da guerra em seu país, e sem saber falar uma palavra sequer em português. Ela driblou todos os desafios da língua, concluiu seus estudos e hoje é responsável pela administração de uma de nossas filiais.

Mouhamadou Coulibaly é senegalês, chegou ao Brasil em 2015 também sem saber falar nem "bom dia" em português, e batalhou até concluir no país a sua formação em engenharia de software. Hoje ele é Scrum Master aqui no #LocalizaLabs.

Quem vê o sucesso de Magi e Mouhamadou hoje pode nem imaginar os inúmeros desafios que eles e milhões de outras pessoas migrantes ou em situação de refúgio encontram ao desembarcar em um novo país. E sabe o que foi fundamental na adaptação deles ao Brasil, a uma nova cultura e a uma nova língua? A tecnologia!

Magi relata que no colégio utilizava-se de aplicativos de tradução para acompanhar as aulas, e que essa tecnologia fez toda a diferença no sucesso de sua adaptação. Já na ausência de disponibilidade da tecnologia, a experiência foi diferente: logo ao desembarcar no Brasil, o wi-fi do aeroporto não estava funcionando, e sem o sinal de internet ela não conseguia traduzir o formulário de migração para ser aceita no país. Foi preciso que um tio que morava em Belo Horizonte se deslocasse até Guarulhos para auxiliá-la a concluir o processo migratório.

Mouhamadou também reforça a importância da tecnologia para sua adaptação, o que foi fundamental no seu processo de formação em uma universidade brasileira. Ele teve 7 meses para se adaptar e ser aprovado na instituição, e a tecnologia foi sua melhor aliada no aprendizado da língua.

De acordo com Nathalia de Oliveira, Analista Social de Meios de Vida do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, hoje existem cerca de 1,3 milhões de migrantes e refugiados no Brasil como os casos de Magi e Mouhamadou. Diferente do que muita gente pensa, esse número é cerca de 4 vezes menor que o de brasileiros que vivem fora do país. Outro dado que ela salienta, por exemplo, é que o número de venezuelanos no Brasil é praticamente o mesmo de brasileiros vivendo no Paraguai, e enquanto a média mundial de representatividade de migrantes e refugiados é de 2%, temos no Brasil apenas 0,4%, mesmo sendo o 5º maior país do mundo. “Portanto, é uma visão muito errada a de que pessoas migrantes ou refugiados estariam tirando emprego do brasileiro”, reforça ela.

Nathalia ainda ressalta a importância da tecnologia que foi principal habilitadora no processo de acolhimento de migrantes e refugiados durante a pandemia, pois remotamente instituições como a qual ela trabalha continuaram a prestar o apoio e suporte a estas pessoas que chegam com uma lista de desafios para encarar em um novo país.

Ao lado da Laura Gontijo, Analista de Experiência do Colaborador e Líder do Grupo de Afinidades de Migrantes e Pessoas em Refúgio aqui na Localiza, Magi, Mouhamadou e Nathalia debateram a temática e compartilharam as suas histórias. Vem com a gente acompanhar o 6º episódio do Colabs!

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