Simplicidade no processo: desenvolvimento estruturado visando o crescimento rápido

Em um mundo tecnológico onde as transformações acontecem de forma acelerada, precisamos estar um passo à frente para compreender de forma rápida e aplicar com eficiência essas mudanças de forma que não gere um retrabalho na estrutura inicial.

Hoje praticamente todas as empresas de grande e médio porte trabalham com sistemas operacionais integrados em várias frentes para atender a necessidade de cada área, tais como suprimentos, financeiro, comercial, etc.

A busca por novas fórmulas para melhorar os processos empresariais dentro das áreas trás uma necessidade fundamental de evolução de sistema/produto, o que gera muitos desenvolvimentos e mudanças de processos para se tornar mais eficiente na operação e dessa forma gerar mais valor, trazendo um melhor resultado.

Quando pensamos em sistemas integrados, existem muitas formas de fazê-los, sendo que temos vários produtos e formas de programação. Além disso, depende do tipo ou tamanho de empresa, ou ainda a quantidade de informações que serão armazenadas e integradas.

Muitas vezes as empresas têm crescido tão rápido que não se tem tempo de planejar sua estrutura de sistemas, e isso tem gerado muitos problemas estruturais de arquitetura, tanto de rede quanto integrações de processos.

Processos não integrados

Percebe-se que existe uma dificuldade das empresas em desenhar tais atividades de forma assertiva, por diversos fatores, como o fator tempo da entrega dessa solução que pode não agradar aos envolvidos, pois o processo não é simples, e será mais demorado que o "desejado". Além disso, percebemos também que na cadeia de trabalho os profissionais da área, que seriam os stakeholders ou usuários chave, não estão ligados à área de tecnologia ou os desenvolvedores não tem conhecimento do processo, o que acaba por resultar numa simples execução de tarefa que foi passada.

A falta de conhecimento do negócio e do processo gera o que chamamos de quebra de etapa, e a empresa começa a segmentar os processos com vários profissionais que seriam os tradutores da linguagem de negócio para os desenvolvedores, e assim começa a dividir todo o processo sistêmico. Essa segmentação de processo com muita gente envolvida gera um problema de integração, pois se inicia assim uma disputa por priorização e os desenvolvimentos são feitos sem um padrão estabelecido, onde muitas vezes tem impacto em toda cadeia do processo.

Por isso precisamos pensar de forma mais simples no momento de desenhar os fluxos, e com isso trazer para o desenvolvimento algo que gere menos impacto quando houver uma mudança ou crescimento da empresa.

Vejo que é necessário que a empresa tenha um profissional que consiga caminhar por todas as áreas, gerando uma integração entre elas para desenvolver melhor um produto robusto que atenda toda a companhia de forma realmente integrada, sem quebras. Penso que as definições deveriam passar por um comitê de negócio e tecnologia , antes de ser executado. Assim haveria menos sistemas com muitos desenvolvimentos perdidos e menos impactos negativos na operação da empresa.

Importância do conhecimento macro dos processos

Se pensarmos hoje nesses desenvolvimentos de forma ágil ou pelo modelo Scrum, é preciso ter muito cuidado, pois as pessoas têm grande dificuldade de integrar uma cadeia de processos, uma vez que esses formatos muitas vezes trabalham uma visão segmentada e não conseguem ter uma visão de todos os fluxos que envolvem as áreas ou os sistemas. Pensando que as empresas podem ter os Product Managers para fazer essa integração, ainda assim é muito difícil ser aplicado, caso esse profissional não tenha conhecimento prévio de toda cadeia de processo da empresa.

Daí a importância de se desenhar os processos da empresa com fluxos antes de qualquer desenvolvimento, pois através deste fluxo você pode ir apontando e marcando os pontos de melhorias. Desta forma, no momento do desenvolvimento a empresa consegue ter uma visão única de todo o processo.

Para isso seria de suma importância seguir um padrão de engenharia de processo e sistema para chegar ao trabalho de forma simples, seguindo passos como:

● Levantamento de pré-requisitos, onde se dará a compreensão e entendimento da necessidade do cliente

● Desenho do processo, através de fluxograma para dar clareza ao que se propõe

● Visão do produto fazendo o link do processo ao produto e inserindo os pontos de melhoria

● Criação do backlog do produto

● Reunião de refinamento do backlog juntamente com todos os fluxos envolvidos que serão integrados

● Priorização junto ao cliente para aquele item que irá gerar maior valor com menos tempo

Além disso, é de suma importância a apresentação da proposta final com todos os envolvidos presentes, e durante todo o desenvolvimento são fundamentais as reuniões de alinhamento entre todos. Veja que a partir daí a empresa consegue simplificar processos e o seu desenvolvimento cria uma única “liga” até o último passo, tornando-a mais assertiva e flexível para possíveis novas adaptações às constantes transformações do cenário.