30 dias de Loft

Renato Chaves
Loft
Published in
8 min readOct 15, 2019

Olá! Me chamo Renato e acabei de completar o meu primeiro mês como desenvolvedor na Loft.

Uma das atividades que somos incentivados a fazer é colaborar com os posts e comunidades de VNT (Vila Nova Tech, nossa área de Produto, Tecnologia e Dados), o que me interessou logo de cara.

Lembrei que já foram publicados diversos artigos dando bons motivos para entrar na Loft (Why I joined Loft, do Marcio Reis, e Por que eu escolhi a Loft, da Renata Sujto, por exemplo), mas antes de tomar essa decisão eu senti falta de saber com mais detalhes como era o dia-a-dia aqui dentro. Por isso, gostaria de aproveitar estas primeiras semanas para contar um pouquinho sobre como está sendo essa experiência até agora :)

Processo seletivo

Temos nesse post uma boa explicação sobre como funciona o processo seletivo na Loft. Desde então uma coisinha ou outra foi alterada, mas a essência continua valendo.

No meu processo, achei especialmente interessantes essas duas passagens:

  1. Fiz o teste do Codility numa sexta de manhã e fui convidado a vir para o Meeting Loft (nossa rotina de entrevistas para contratação, que consome praticamente a tarde inteira) na semana seguinte. Entretanto, era o meu último dia de férias e na data sugerida eu estaria super corrido, então perguntei se não poderia ser naquele mesmo dia, o que foi possível graças a um baita esforço da Gabi (nossa estagiária de People focada em VNT) para realocar as agendas dos envolvidos. Resultado: Processo concluído de ponta a ponta em questão de horas!
  2. Depois de ter a proposta em mãos eu ainda estava um pouco inseguro e pedi uns dias para bater o martelo. Nesse meio tempo fiquei sabendo que haveria um Hackday (hackathon interno da Loft que será tema de outro post em breve) e pedi pra participar. Pude fazer parte de um grupo pela manhã, outro à tarde e no final fui convidado para o happy hour de encerramento, no qual conversei com várias pessoas da equipe. Após conhecer o histórico e as impressões que a galera tinha da Loft consegui ter a confiança que precisava na decisão de vir para cá \o/
Hackday

Onboarding

O primeiro dia de trabalho é sempre em uma segunda-feira, e começa com o onboarding conduzido pelas incríveis Ingrid e Gabi do time de People. Os novatos da semana formam uma turma, cujo tamanho varia bastante. A minha tinha 11 pessoas, mas reza a lenda que houve uma semana com 26 novos Lofters!

Essas turmas participam de diversas etapas nos dois primeiros dias:

  • foto estilosa com a chavinha da Loft para o crachá
  • apresentação dos valores e modelo de negócios da Loft
  • tour pelo Workplace
  • assinatura dos documentos (momento em que já recebemos um VR provisório)
  • recebimento do notebook, criação de acessos e instruções de IT Infra
  • apresentação da estrutura organizacional da Loft
  • apresentação de VNT
  • apresentação da área de Business e Operações
  • visita a um apartamento em obras
  • kit de boas-vindas com camiseta, squeeze, caderno e um par de tênis bem bacana

A partir de então o onboarding continua ao longo da primeira semana, porém direcionado de acordo com a função que será exercida por cada um. Eu e os demais desenvolvedores que entraram na mesma semana passamos por pequenas reuniões de introdução aos conteúdos abaixo, cada uma conduzida por uma pessoa diferente, num sistema de rotação. Recebemos antecipadamente um material de estudo referente ao conteúdo da maioria delas, o que ajuda a chegarmos na reunião já com um certo contexto e algumas dúvidas. Os tópicos foram esses:

  • backend (arquitetura e exemplos do uso do Nest)
  • frontend (exemplos do NextJS, principalmente)
  • data (com ênfase na precificação de imóveis)
  • foundation (um squad focado em SRE e algumas decisões de arquitetura cross-squads)
  • interviewing
  • metrics (como implementar e como consultar)
  • user flow (pontos de interação do usuário com nosso site e equipe de vendas)

Em paralelo a isso, no tempo que sobra nos juntamos a nossos respectivos squads para uma breve introdução e começamos a preparar o terreno para o trabalho “de verdade”, que começa na segunda semana. Algumas dessas atividades são:

  • configurar o ambiente de desenvolvimento
  • estudar mais a fundo o conteúdo do onboarding e o stack adotado pela maioria dos projetos da Loft
  • estudar a base de código já existente
  • explorar por conta própria os diversos documentos (de todas as áreas) no Confluence e Google Drive, que ajudam bastante a absorver o contexto da Loft

Segunda Semana em diante

- Legal campeão, mas e depois da semana de onboarding?

Aí depende. Eu entrei para um squad que acabou de ser criado com o objetivo de otimizar a conversão em vendas pós-agendamento, ou seja, a partir do momento em que o cliente agendou uma visita a um apartamento Loft. Na primeira semana do squad o foco era decidir quais seriam as iniciativas a serem atacadas nos primeiros sprints, o que demandou um processo intenso de discovery, consistindo em acompanhar algumas visitas de clientes reais, entrevistar pessoas envolvidas nesse processo e discutir bastante com o resto do squad.

Na semana seguinte iniciamos um sprint “normal”, fazendo o planning segunda de manhã e começando a colocar a mão na massa logo em seguida. Para me ambientar ao projeto peguei uma primeira atividade bem simples, que foi a inclusão de um bloco de informações numa página já existente, e embora a documentação de guidelines tenha ajudado bastante, vez ou outra precisei recorrer à ajuda dos colegas (por exemplo, para perguntar qual componente poderia ser usado como exemplo para a implementação dos testes da minha tarefa). Em algumas dessas situações aproveitamos para atualizar os guidelines e pagar débitos técnicos como aplicação automática de lint, regras de commit, etc., visando facilitar ao máximo a vida dos próximos desenvolvedores que se juntarem ao time.

Desde então completamos dois sprints de uma semana e estamos começando a entrar num bom ritmo, entregando a primeira feature e partindo pra uma nova no próximo sprint.

Impressões até agora

Um dos maiores motivos que me fizeram optar pela Loft foi a promessa de um altíssimo nível técnico. Mesmo com pouco tempo de casa já deu pra sentir que esse aspecto está muito bem atendido. Todos os desenvolvedores estão sempre colaborando bastante entre si, e a exigência com a qualidade está cada vez maior. Além disso, esse alto nível também é percebido em todas as demais áreas da empresa, sendo um dos principais fatores para o crescimento e sucesso da Loft.

A base de código está majoritariamente concentrada em um repositório de backend e um de front. Embora tenham pouco mais de um ano, ambos já são considerados legado e estamos ativamente trabalhando em diversas melhorias na estrutura (por exemplo, Typescript no front, regras de lint mais severas, etc.) e na separação em serviços menores e independentes. A cobertura de testes até o momento é razoável, mas está melhorando a cada dia através dos novos Pull Requests. Falando nos PRs, sinto que a velocidade dos reviews ainda não está ideal, mas já surgiu como tópico em uma das últimas reuniões que participei e em breve mudaremos esse cenário.

Para compartilhar as melhores práticas entre os diversos squads utilizamos o conceito de guildas (no momento temos as de backend, frontend, performance e devops), das quais somos incentivados a participar desde o início. Cada guilda se reúne quinzenalmente para discutir as principais dores do momento e chegar a um consenso sobre qual direção devemos seguir, saindo sempre com um responsável por executar ou coordenar as mudanças desejadas.

Saindo um pouco do escopo de VNT, gosto bastante da realização frequente de reuniões e palestras de participação livre com temas variados, trazendo convidados bem relevantes. Por exemplo, uma com o Vitor DiCastro sobre visibilidade bi organizada pelo grupo de Pride — aliás, diversidade é um dos valores essenciais na Loft desde sua fundação.

Além das palestras, acho muito interessante o Rooftop dos Lofters, que é um all-hands quinzenal em que são divulgados projetos que estão rolando em diversas áreas da empresa, contando com um tempo dedicado à abertura para perguntas sobre qualquer tema. Aliás, isso também acontece no all-hands de VNT, que segue basicamente a mesma ideia mas com um escopo mais restrito à nossa área, e no Ask Me Anything, onde uma pessoa (geralmente o Florian, nosso CEO) fica disponível para responder a perguntas de qualquer pessoa da Loft.

Outras reuniões de VNT são o Tech and Beers quinzenal, no qual obviamente bebemos cerveja e aproveitamos para compartilhar conhecimento tecnológico que não necessariamente seja aplicado internamente, bem como o Loft Talks, em que apresentamos alguma prática ou ferramenta que faça parte do nosso dia-a-dia. Por exemplo, na última delas tivemos uma explicação detalhada sobre como funciona o nosso modelo de precificação de imóveis.

Além dessas temos também o one-to-many, em que nossa HRBP (Human Resources Business Partner, que faz uma ponte entre a equipe e as lideranças) ouve nossas dores e sugestões para tentar facilitar a nossa vida em tudo que for possível, escalando os problemas para nossas lideranças de forma anônima caso necessário.

Todas essas cerimônias acontecem de forma muito organizada, mantendo sempre a pontualidade, respeitando a agenda das salas e garantindo a transmissão via Zoom para que os envolvidos possam acompanhar remotamente.

Uma das práticas que eu sentia muita falta na empresa em que trabalhava antes é a divulgação das iniciativas internas. Além dos fóruns citados anteriormente, temos semanalmente o Openhouse do Florian, que é uma newsletter veiculada no Slack. Além disso temos uma cultura bem disseminada de divulgação imediata das iniciativas relevantes no #general pelas próprias pessoas envolvidas. Outra prática interessante é o Café com New Lofters, na qual o Florian bate um papo com os novatos da vez e faz questão de receber muito feedback sobre possíveis melhorias em tudo que presenciamos desde o onboarding.

Mas nem só de papo sério vive a Loft. Recentemente tivemos uma Game Night interna que foi muito legal, na qual rolaram vários jogos de tabuleiro, Counter-Strike, ping-pong e flip cup, que aparentemente é uma (ótima) tradição em todos os eventos da Loft que envolvem cerveja.

Por último, tenho visto uma atuação cada vez maior da nossa Community Manager organizando diversos eventos (meetups e outros mais específicos) e incentivando a nossa participação em palestras da comunidade e em colaboração com open-source. Isso ajuda tanto na visibilidade da Loft perante a comunidade quanto no desenvolvimento pessoal de cada um que se voluntaria, e tem sido muito bem visto por todos.

Espero ter te ajudado na decisão de se juntar a nós nessa empreitada para revolucionar o mercado imobiliário! Caso tenha alguma dúvida, fique à vontade para entrar em contato comigo ou qualquer outro Lofter ;)

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