Como crescer em tecnologia na Loft
Quem aqui nunca ouviu aquela frase “Aquela pessoa estava performando super bem, foi promovida a gerente!”? Embora não exista nada de errado com essa frase, gramaticalmente falando, ela parte de um pressuposto que não é (ou não deveria ser) válido: que uma excelente performance técnica deve ter como próximo passo a gestão de outras pessoas. Digo não deveria ser válido pois ainda hoje vemos muitas empresas adotando esse tipo de política. Muitas vezes, esse tipo de ação tem como resultado uma outra frase clássica, que eu pelo menos já ouvi muitas vezes: “Perderam uma excelente pessoa técnica e ganharam uma péssima pessoa gestora…”, o que acaba sendo ruim para todas as partes: Empresa, profissional que obteve a promoção e para as pessoas que agora estão sendo geridas por alguém com poucas habilidades para isso…
“Aiiin, então como funciona, a gente não pode mais promover pessoas que fazem um bom trabalho?”
Pode e deve, mas essa ~promoção~ de um nível técnico para um gerencial não é uma promoção e sim uma transição de carreira, da técnica para a gerencial. Não é necessário impedir ou dificultar esse tipo de movimentação. Porém, essas movimentações precisam ser planejadas e alinhadas às necessidades da empresa e, principalmente, às habilidades da pessoa em si.
A carreira técnica e a carreira de gestão possuem naturezas divergentes entre si. Na carreira técnica, o dia a dia é focado em planejamento e execução. Por execução, me refiro a todo o espectro do trabalho técnico: descobertas, planejamento, desenho de solução, execução propriamente dita e validação (a ideia aqui não é de forma alguma reduzir profissionais nesta carreira a meras pessoas executoras). Já na carreira gerencial, na maioria das vezes a rotina é tomada por reuniões, negociações e tomadas de decisão. Além disso, a pessoa é cobrada não apenas por suas entregas, mas também pelas entregas da equipe que está gerenciando. Esse pequeno detalhe traz uma imensa diferença entre as duas carreiras.
“Então uma pessoa que seja muito boa tecnicamente mas não queira fazer essa transição de carreiras está estagnada, não tem mais possibilidades de promoção?”
Em muitas empresas, é isso o que acontece, há um teto relativamente baixo para a carreira técnica, promoções somente são possíveis mediante essa transição de carreira. Para resolver esse problema, foi criado o conceito de Carreiras Paralelas (também conhecido como Carreira em Y). Yay!!
Esse conceito tem esse nome porque as carreiras têm uma mesma base, porém, a partir de um certo momento em sua carreira, as pessoas podem escolher seguir com uma especialização técnica ou então fazer uma passagem para a carreira de gestão.
Caso coloquemos isso em um desenho, podemos chegar em um modelo como o da imagem abaixo:
Imagem1: Diagrama exemplificando carreira em Y na área de tecnologia da Loft
As caixas de Staff Software Engineer e Engineering Manager, bem como as de Principal Software Engineer e Sr Engineering Manager (e assim por diante), estão no mesmo ponto do Y, embora em braços diferentes. Isso não é por acaso, temos para esses níveis os mesmos salários e benefícios. Isso implica dizer que, caso uma pessoa escolha passar de Staff Software Engineer para Engineering Manager, não terá nenhuma mudança no seu salário e em seus benefícios, apenas uma mudança no cargo e Job Description. Também implica em dizer que uma pessoa na carreira técnica pode ter a mesma compensação que um Vice Presidente da empresa, embora sem ter nenhuma pessoa diretamente subordinada a ela.
“Isso tudo é muito bonito na teoria, quero ver se na prática funciona… Ninguém deve subir tanto assim no braço técnico desta carreira em Y…”
#VemPraLoft e vê junto com a gente então! A excelente notícia é que todo esse processo já está implantado e bem estruturado aqui na área de Tech da Loft! Temos muitos casos de pessoas que fizeram a transição da área de engenharia para a área de gestão (e também de gestão para engenharia, essa estrada é de mão dupla!). Temos também como exemplo o caso de uma pessoa que, quando estava na reta final do seu processo seletivo para entrar na Loft, recebeu de nós uma offer para assumir uma posição de Engineering Manager. Porém, como ela já vinha trabalhando nessa posição fora da Loft e uma grande vontade que tinha era a de voltar a trabalhar como software engineer, recusou a offer e nos perguntou se seria possível fazermos uma nova proposta, visando o cargo de Software Engineer. Nesse momento, ela fez a seguinte pergunta à pessoa que o estava entrevistando “O que mudaria nessa offer se ela fosse para o cargo de Software Engineer?”. Se você chegou até aqui, já sabe a resposta que demos a essa pergunta: Absolutamente nada! Só o nome do cargo e o job description. Hoje, essa pessoa se tornou um Lofter e está trabalhando conosco no braço técnico da nossa carreira em Y, ficou todo mundo feliz: Nós, por contarmos com um excelente profissional em nosso time, e essa pessoa por poder se desenvolver nos pontos que mais tem afinidade em sua carreira! =)
Sobre o último ponto, nós recentemente inauguramos o cargo de Senior Principal Software Engineer aqui na Loft! Sim, ainda temos apenas uma pessoa nesse cargo (e nenhuma no nível de Distinguished Software Engineer), mas estamos confiantes que, logo mais, teremos mais pessoas aí, nos pontos mais altos do braço técnico de nossa carreira em Y!
“E de onde vem essa confiança toda? Hein? Hein? Hein?”
Temos alguns mecanismos que nos impulsionam (e a todos os Lofters) nessa direção. Mas segura a ansiedade aí, os detalhes disso tudo vão ficar para um próximo artigo!
Chega mais que a gente tem vaga pra caramba, bora revolucionar o mercado imobiliário junto com a gente? Em https://carreiras.loft.com.br/ tem mais detalhes sobre essas vagas! Comentários e feedback são sempre muitíssimo bem vindos!