Parque Estadual Vila Velha
Nossas passagens por Curitiba tem certa frequência pois temos grandes amigos por lá, família mesmo! Então o motivo é duplo para ir, conhecer mais daquela rica região, matar a saudade e colocar o papo em dia. Então aproveitamos para fazer roteiros interessantes, que reúnam um pouco dos principais atrativos daquela região e que tenham um gostinho de natureza, pois ambos os casais curtem este contato.
Em nossa última passagem o roteiro principal foi conhecer o Parque Estadual Vila Velha, localizado a cerca de 100 km de Curitiba, seguindo o caminho para o município de Ponta Grossa.
O Parque fica fechado somente nas terças-feiras e o valor da entrada é de R$28,00 por pessoa. Levem dinheiro em espécie, pois no dia que fomos o Parque estava sem internet (o local é isolado) e tivemos que contar as moedinhas para entrar! Ah, e o estacionamento é gratuito.
Existem passeios diferenciados que devem ser marcados com antecipação, o Cicloturismo, a Caminhada Noturna e a Trilha da Fortaleza são exemplos.
O que fizemos no Parque!
Nós fizemos o clássico passeio pelos Arenitos, as Furnas e a Lagoa Dourada. O passeio é suave, mas para aproveitar bem reserve o dia todo. Nos arenitos tem a trilha que leva direto para a “Taça”, que depois ramifica para uma que leva ao ponto de ônibus, para voltar ao Centro de Visitantes e outra que dá a oportunidade de você explorar a parte com mata nativa e os Arenitos por outra perspectiva.
Fique esperto na hora de comprar o ingresso. Como o transporte entre o Centro de Visitantes, os Arenitos e as Furnas é feito por um ônibus interno, em dias de muito movimento as atendentes do Parque acabam reservando horários muito apertados, obrigando você a fazer os percursos mais diretos e mais rápidos.
Em nosso passeio fizemos o trajeto mais longo, o que nos obrigou a solicitar a mudança do horário do ônibus a uma guia já no meio da trilha. Mas não nos arrependemos. Ver as “costas” dos Arenitos e caminhar embrenhado na mata que cerca a cidade de pedra foi fantástico, acabamos voltando caminhando para o Centro de Visitantes.
Sobre o Parque
O Parque é um sítio geológico remanescente do período Carbonífero, há aproximadamente 340 milhões de anos. Nesta época esta mesma região era o fundo de um oceano, por isso a rocha mais comum é o arenito. Nos períodos seguintes o fundo do oceano se elevou com a formação dos continentes atuais, deixando todo o terreno ao sabor do tempo.
E assim se formou a cidade de pedra, a Vila Velha, pela força da erosão, pelos ventos e pela chuva.
O Parque é composto por formações rochosas de diversos tamanhos e formatos, tendo em média 20 metros e algumas com até 30 metros. É famoso pela brincadeira de buscar imagens nas rochas, como a taça, a garrafa de Coca-Cola, a bota, o camelo, entre outras.
Furnas:
Além das trilhas pela cidade de arenito, no passeio é possível conhecer 2 furnas e a Lagoa Dourada.
As furnas são buracos no arenito formadas pela ação da infiltração da água ao longo do tempo. Com o surgimento de lençóis freáticos e a oscilação no nível da água, a rocha começa a ser escavada, formando o buraco característico da furna.
A região dos Campos Gerais tem registrada a ocorrência de 14 furnas, sendo 6 delas presentes no Parque Estadual Vila Velha, mas somente 3 são abertas para visitação.
A primeira furna tem 111 metros de profundidade e aproximadamente 80 metros de diâmetro. Ao fundo tem um belo lago azul e é povoada pelos Andorinhões de Coleira Falha.
Nesta furna há um elevador que levava os visitantes a uma plataforma flutuante no fundo da furna. O elevador foi desativado pois estava afugentando os Andorinhões, além de comprometer toda a estrutura da rocha, que é muito sensível.
Já a furna 2 tem 150 metros de diâmetro e 110 metros de profundidade, tendo seu formato mais parecido com uma fenda. As duas furnas são ligadas entre si por um lençol freático, que mantém o nível da água sempre equilibrado.
Por fim, a Lagoa Dourada é uma furna assoreada, em “estado terminal”, que tem aproximadamente 320 metros de diâmetro e 3 metros de profundidade. Seu nome é em razão da coloração da água, que reflete as luzes solares no final da tarde.
O Parque foi fundado em 1953 e foi tombado pelo estado em 1966 como Patrimônio Histórico e Artístico Estadual.