Descubra a revolução francesa através do filme Maria Antonieta

Jaqueline Peixer
Louca por História
6 min readJun 6, 2018

Existem vários filmes que contam a história de Maria Antonieta, a rainha consorte da França decapitada pela revolução francesa, mas é o filme “Maria Antonieta” (2006) dirigido por Sofia Coppola que traz um novo olhar sobre a história de vida da última rainha da França.

Cena do filme Maria Antonieta

Maria Antonieta ficou conhecida pelas suas extravagantes festas em Versalhes, onde procurava se entreter enquanto seu marido cumpria com os deveres da monarquia. Segundo alguns historiadores, um dos motivos que levaram o início da revolução francesa é o fato de Maria Antonieta promover estes grande bailes e jogatinas para a nobreza, sendo que os gastos saem direto do cofre real, enquanto que o povo sofriam com a fome e a pobreza.

O filme além de conta a história de Maria Antonieta também descreve como a rainha entrou para a história da indumentária com a migração do estilo Barroco para o Rococó. Ou seja, a seleção do figurino para o filme é extremamente rico de informação da época.

TRAILER

Trailer do filme Maria Antonieta

FICHA TÉCNICA

Título original: Marie-Antoinette
Ano: 2006
Produção: American Zoetrope
Direção: Sofia Coppola
Elenco: Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Rip Torn, Molly Shannon, Asia Argento, Marianne Faithfull, Judy Davis, Steve Coogan, Aurore Clément, Rose Byrne, Jean-Christophe Bouvet, Shirley Henderson.
Gênero: Histórico, Biografia, Drama
Nacionalidade: França, EUA, Japão

Imagens de Maria Antonieta

Quem foi Maria Antonieta?

Maria Antônia Josefa Joana nasceu em Viena, em 1755, em uma família nobre, onde recebeu uma boa educação e era treinada para ser uma perfeita lady para cumprir com o seu dever político.

Cena do filme Maria Antonieta

O seu casamento com o futuro rei da França foi arranjado pela sua mãe, Maria Teresa, para que a Áustria e a França fizessem as pazes. Em 1769, Maria Antônia fica noiva de Luís Augusto, delfim da França, com um dote fixado em 200 mil coroas. O casamento real acontece em 1770, a qual passou a ser chamada de “Marie Antoinette, Dauphine de France”.

Após o seu casamento, Maria Antonieta deixa Viena e passa a morar em Versalhes, na França. Onde teve dificuldades de engravidar por causa de seu marido Luís Augusto que não demonstrava interesse pelo ato de procriar devido a uma doença. Durante este período, Maria Antonieta sofreu com ameaças vindo de sua mãe que precisava que o matrimônio da filha fosse comprovadamente consumado, em outras palavras ela precisava engravidar para garantir a aliança entre os reinos.

Somente após o tratamento de Luís Augusto que Maria Antonieta teve quatro filhos, sendo que um deles faleceu ainda criança.

Cena do filme Maria Antonieta

Durante a sua vida em Versalhes, ela e o então rei Luís XVI nunca foram um casal feliz e apaixonados. Por ser uma mulher carismática e divertida a rainha chamava muita atenção para si, o qual despertou o interesse de um homem que mais tarde tornou-se seu amante.

Depois de alguns escândalos a envolvendo, em 1777 volta para o palácio principal de Versalhes e conheceu Yolande de Polignac, madame de Polignac(essa parte de sua história é contada com detalhes no filme “Adeus minha rainha” - 2012) que com o tempo se tornaram melhores amigas.

A sua história de vida acaba se misturando com a Revolução Francesa, pois Maria Antonieta é um dos grandes motivos que se inicio a revolta, por causa de suas festas luxuosas e pela sua nacionalidade austríaca, cuja rivalidade já existia bem antes de seu casamento com o futuro rei da França.

Imagens da revolução francesa

A revolução Francesa

A revolução francesa teve a duração de 10 anos até chegar ao fim com o golpe de estado de Napoleão Bonaparte. Por isso, tentarei resumir os pontos principais da revolução.

Em 1789, o povo francês se encontrava em meio a muitas guerras travadas entre os reis e por este motivo a população vivia em extrema pobreza passando dificuldade e, principalmente, fome. Porém os cofres da França já estava em situação de falêcia e o rei Luís XVI decide abrir uma assembleia dos estados gerais se discutir algumas mudanças para que a França recuperasse o dinheiro que tinha gastado nas guerras, onde é separado o estado da monarquia em três estados: primeiro estado (o rei), segundo estado (o clero) e o terceira estado (o povo).

Cena do filme Maria Antonieta

Enquanto o rei debatia as questões políticas, Maria Antonieta organizava festas luxuosas e jogatina para a monarquia e a nobreza. Devido a essas festas luxuosas alguns camponeses se revoltaram com os gastos abusivos da monarquia e começaram a atacar as residências de famílias nobres, esses ataques aconteceram durante um único mês, período chamado de o “grande medo”.

Foi durante este tempo que ocorreu a queda da bastilha e o rei foge da França com a sua família para evitar a sua morte. Depois de um tempo, o rei Luís XVI retorna a França, e em 1791 é aprovada a primeira constituição francesa, tornando a França uma monarquia constitucional.

“A Assembléia Nacional, desejando estabelecer a Constituição francesa sobre a base dos princípios que ela acaba de reconhecer e declarar, abole irrevogavelmente as instituições que ferem a liberdade e a igualdade dos direitos. Não há mais nobreza, nem pariato, nem distinções hereditárias, nem distinções de ordens, nem regime feudal, nem justiças patrimoniais, nem qualquer dos títulos, denominações e prerrogativas que deles derivavam, nem qualquer ordem de cavalaria, de corporações ou condecorações para as quais se exigiram provas de nobreza, ou que supunham distinções de nascença, nem qualquer outra superioridade senão aquela de funcionários públicos no exercício de suas funções. Não há mais venalidades nem hereditariedade para qualquer cargo público. Não existe mais, para qualquer parte da Nação, nem para qualquer indivíduo, privilégio algum, nem exceção ao direito comum de todos os franceses. Não há mais corporações profissionais, de artes e ofícios. A lei não reconhece os votos religiosos, nem qualquer outro compromisso que seja contrário aos direitos naturais, ou à Constituição.” (Documento traduzido pela UFMG)

Depois da criação da constituição francesa, a rivalidade entre a Áustria e com a Prússia fez com que a monarquia caísse em maus lençóis, pois houve boatos que o rei Luís XVI estava ajudando a Áustria a pedido de sua esposa, Maria Antonieta. Como a criação da constituição não contribuiu para que o povo saísse da situação de extrema pobreza, decidiram destronar o rei e os girondinos que estavam no poder colocaram o rei na guilhotina.

Com a queda da monarquia, os girondinos acabam perdendo forças políticas e em 1793 é criada a segunda constituição francesa. Logo após os Jacobinos assumiram o poder e deram início ao período do “Grande Terror”, que sob comando de Robespierre executaram milhares de pessoas que eram contra a revolução, sendo nesta época que Maria Antonieta é decapitada.

Esse período da revolução ficou marcado pelo forma como que os jacobinos resolviam tudo na guilhotina. Fato que levou a morte de várias pessoas como os girondinos, os contra revolucionários e qualquer pessoa que era suspeita de causar um movimento contra revolução. Porém, com o passar do tempo as pessoas começaram a ficar com medo do movimento dos jacobinos, e com isso o partido perdeu força até que Robespierre foi guilhotinado.

Com o tempo, a população foi se acalmando e em 1799 Napoleão Bonaparte assume o poder com um golpe de estado.

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Jaqueline Peixer
Louca por História

Desenvolvedora Front-end e publicitária apaixonada por filmes e seriados. Amante de livros e adoradora de viagens.