Amar é ser amor
“O amor não se encontra nem no sentir, nem no pensar. Ele se encontra no ser.” Foi com essa frase que eu saí do meu bate papo com a Fê Baffa, e com o sentimento cada vez mais forte que o amor genuíno só acontece quando somos amor. A Fê é gestora da Perestroika de SP e está em uma busca espiritual muito forte, e além de ser muito inteligente e sensível, é um doce de pessoa.
Na nossa conversa a Fê trouxe muitas coisas interessantes como:
- A constatação de que estamos saindo de uma era baseada em superficialidade e ilusão e indo para uma era de espiritualização, liberdade e fluidez
- A forma como podemos levar os conceitos de colaboratividade, fluidez, inteligência coletiva e busca por propósito, muito fortes nos nossos ambientes de trabalho, para as nossas relações.
- A ascenção da sensibilidade em substituição a racionalidade extrema para vivermos relações mais amorosas. E ainda, o entendimento de que sensibilidade é diferente de fragilidade, pois é a nossa sensibilidade que nos permite ter empatia, criatividade, entender o que o outro está nos dizendo, mudar e evoluir.
- O modo como as relações ainda estão muito engessadas porque as pessoas continuam pensando mais nelas mesmas que no outro, e trazendo todo nosso individualismo para o amor.
Eu poderia escrever um texto sobre cada um dos pontos dessa conversa, mas eu quis dar um zoom nessa percepção de sermos mais amor, entendendo que nós somos o outro, o que só acontece quando olhamos para as pessoas que nos relacionamos.
Se estamos falando que vivemos em uma era de superficialidade e ilusão, isso fica muito claro quando percebemos o quanto somos autocentrados. Pensamos o tempo todo em nós mesmos, em como podemos ganhar, em como podemos ser mais felizes, e com isso acabamos projetando pessoas e situações.
“Sempre que NÃO encobrimos o mundo com palavras e rótulos retorna a nossa vida a sensação de milagre.” Eckart Tolle
É muito difícil enxergar as pessoas quando passamos tanto tempo olhando para nós mesmos, ou seja, é muito difícil ser amor quando não vemos o outro. Por isso, ser amor tem tudo a ver com abandonar rótulos e conceitos sobre como o outro deve ser, e termos mais compaixão, pois é desse lugar que nos identificamos com o outro, que nos conectamos em nossa doce humanidade, com todas nossas lutas, debilidades e vulnerabilidades. Amar, como bem diz a Fê Baffa, é ter o mesmo carinho pelo outro que temos com a gente mesmo.