Amar é ser amor

Marcelle Xavier
Love Hacking
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2 min readApr 13, 2016

“O amor não se encontra nem no sentir, nem no pensar. Ele se encontra no ser.” Foi com essa frase que eu saí do meu bate papo com a Fê Baffa, e com o sentimento cada vez mais forte que o amor genuíno só acontece quando somos amor. A Fê é gestora da Perestroika de SP e está em uma busca espiritual muito forte, e além de ser muito inteligente e sensível, é um doce de pessoa.

Na nossa conversa a Fê trouxe muitas coisas interessantes como:

  • A constatação de que estamos saindo de uma era baseada em superficialidade e ilusão e indo para uma era de espiritualização, liberdade e fluidez
  • A forma como podemos levar os conceitos de colaboratividade, fluidez, inteligência coletiva e busca por propósito, muito fortes nos nossos ambientes de trabalho, para as nossas relações.
  • A ascenção da sensibilidade em substituição a racionalidade extrema para vivermos relações mais amorosas. E ainda, o entendimento de que sensibilidade é diferente de fragilidade, pois é a nossa sensibilidade que nos permite ter empatia, criatividade, entender o que o outro está nos dizendo, mudar e evoluir.
  • O modo como as relações ainda estão muito engessadas porque as pessoas continuam pensando mais nelas mesmas que no outro, e trazendo todo nosso individualismo para o amor.

Eu poderia escrever um texto sobre cada um dos pontos dessa conversa, mas eu quis dar um zoom nessa percepção de sermos mais amor, entendendo que nós somos o outro, o que só acontece quando olhamos para as pessoas que nos relacionamos.

Se estamos falando que vivemos em uma era de superficialidade e ilusão, isso fica muito claro quando percebemos o quanto somos autocentrados. Pensamos o tempo todo em nós mesmos, em como podemos ganhar, em como podemos ser mais felizes, e com isso acabamos projetando pessoas e situações.

“Sempre que NÃO encobrimos o mundo com palavras e rótulos retorna a nossa vida a sensação de milagre.” Eckart Tolle

É muito difícil enxergar as pessoas quando passamos tanto tempo olhando para nós mesmos, ou seja, é muito difícil ser amor quando não vemos o outro. Por isso, ser amor tem tudo a ver com abandonar rótulos e conceitos sobre como o outro deve ser, e termos mais compaixão, pois é desse lugar que nos identificamos com o outro, que nos conectamos em nossa doce humanidade, com todas nossas lutas, debilidades e vulnerabilidades. Amar, como bem diz a Fê Baffa, é ter o mesmo carinho pelo outro que temos com a gente mesmo.

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Marcelle Xavier
Love Hacking

"Use your art to fight" Desenho experiências que permitem que pessoas e relacionamentos se desenvolvam. Facilitadora | Experience Designer| Love activist