Gratidão gera gratidão e um sonho para a UFPE

Edmilson Rodrigues
Lovecrypto Blog
Published in
4 min readNov 20, 2021

Nesse último dia 18/11/2021 realizamos o nosso esperado dia da Pizza, no qual “botamos o Bloco na rua”, ou seja, fizemos o primeiro evento presencial do grupo de estudos Bloco sobre blockchain.

Também foi uma oportunidade para refletir sobre a trajetória da Lovecrypto e o papel do CIn e da UFPE na nossa startup. Você pode conferir o resumo nessa apresentação e nesso video do evento:

O evento também foi uma oportunidade para agradecer aos professores que fizeram a diferença na nossa trajetória, principalmente o Prof. Cristiano, que foi o receptor da plaquinha que simboliza o nosso compromisso de destinar o benefício econômico de 500 ações da Lovecrypto (1% das ações no momento da criação da mesma), para com o CIn. No futuro, esperamos que outras startups sigam o exemplo e que tenham mais placas do que parede lá no Espaço Pitch.

Como venho falando, essa cultura de destinar ações das startups no momento de sua criação para causas de interesse dos fundadores ou para as universidades nas quais as startups surgiram é comum lá no Vale do Silício. É a cultura do “Pay it forward”, como explicado por Steve Blank, uma das coisas que fazem do Vale do Silício o que é. Isto está muito baseado no ideal de filantropia estratégica de Dale Carnegie.

Contraponha isso à mentalidade da elite pernambucana… Só para exemplificar vou colocar aqui uma coisa que já se tornou um fenômeno cultural, o caso da cobertura das torres gêmeas.

Vocês querem fazer o Porto Digital crescer exponencialmente? Tragam para cá capitalistas com uma mentalidade diferente.

Um sonho para a UFPE

Como costuma dizer o nosso querido Steve Jobs pernambucano, Silvio Meira:

“Estratégia é transformar aspirações em capacidades.”

Eu não gosto muito da palavra aspiração, por que não é inspiradora. Martin Luther King não disse “Eu tenho uma aspiração”. Ele disse: “Eu tenho um SONHO”. Jorge Paulo Lemman não nos convida a “Ter grandes aspirações”, ele nos convida a “Sonhar grande”.

Mas Silvio Meira tem razão ao afirmar repetidas vezes que a gente tem que pensar estrategicamente onde e como vamos investir nossos esforços.

Quais são os grandes desafios ou oportunidades nacionais ou mundiais? Quais são as cadeias de valor locais ou globais em que podemos nos plugar para gerar e capturar valor?

Pois, caros amigos, uma das tecnologias habilitadoras (ou tecnologias exponenciais segundo a Singularity University) que têm mais potencial de causar impacto social e gerar prosperidade econômica é a do Blockchain.

O blockchain é a convergência da tecnologia com as finanças, e tem implicações para o direito, para as ciências administrativas e para as ciências econômicas.

A popularização de aplicações rodando em blockchains trará profundos impactos sociais e geração de riqueza. Nós estamos apenas no começo da transição da Web 2.0, a internet social, para a web 3.0, a internet do valor. E, comparado ao desenvolvimento da internet comercial, é como se ainda estivéssemos em 1994.

Portanto, o meu sonho para a UFPE é que nossa universidade algum dia entre para o ranking das Top 50 melhores universidades para se pesquisar ou empreender em Blockchain, segundo o Coindesk: https://www.coindesk.com/learn/2021/10/04/the-top-universities-for-blockchain-by-coindesk-2021/

E de todos os blockchains que existem na atualidade, um que, acredito, iria querer apoiar esse sonho é o da Celo. Celo significa propósito em esperanto. Esse blockchain foi desenhado para a inclusão financeira e tem como estratégia tornar a tecnologia acessível aos 6 bilhões de smartphones que existem nos países em desenvolvimento. O Brasil é um país prioritário para eles.

Eu faço parte da comunidade da Celo e tenho acompanhado as discussões desde antes de eles lançarem em main net. Eles irão dar um importante passo nos próximos meses que é a criação de DAOs regionais para distribuir parte do tesouro do blockchain deles. Então, segundo anúncio feito na live do link abaixo, um dos DAOs criados será o BrasilDAO.

Então, algumas coisas que eu visualizo que a UFPE pode conseguir captar recursos do BrasilDAO para ajudar a transformar a nossa universidade numa das melhores do mundo para empreender e pesquisar em blockchain são:

  • A universidade criar uma comunidade Impact Market para distribuir renda básica universal para estudantes humildes.
  • O Polotec conseguir recursos para transformar um dos andares da SUDENE num polo de empreendedorismo.
  • Criar-se um fundo de investimento early stage para investir o primeiro cheque em startups nascidas no Porto Digital.
  • O grupo Bloco captar recursos para financiar bolsas de estudos ou atividades educacionais.
  • Dentre outras idéias que a comunidade pode trazer.

Esse é o meu sonho para a UFPE: Que ela se torne uma das melhores universidades do mundo para pesquisar ou empreender em Blockchain. Como é que podemos chegar lá? Quem topa embarcar nessa aventura para fazer acontecer?

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