A leveza e a sabedoria que acompanham a solitude

Desbravando saberes ocultos em minha própria companhia

Luana Reis
Releituras da Vida
3 min readFeb 16, 2020

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Estar a sós comigo mesma

Mas não me sentir só

Estar em solitude

Em plenitude da minha própria companhia

Você se sente bem quando está a sós? Consigo mesmo?

Quando você se encontra sozinho/a, você procura se ocupar com alguma atividade? Como celular, filmes, lista de tarefas? Ou você se sente bem ao apenas estar, simplesmente, com você mesmo/a?

Considero esta uma grande questão para mim. Talvez seja pra você também…

Respeitando a minha índole de libriana, com ascendente em sagitário e lua em câncer (você pode estar tipo “quê?” haha, está tudo bem, pode ignorar essa parte), sou um ser essencialmente social, gosto de estar com pessoas, socializar, relacionar-me, dialogar e fazer intercâmbio de vivências e ideias.

Assim, ao longo de boa parte de minha trajetória, procurei estar mais acompanhada do que sozinha. Estive envolvida em alguns relacionamentos amorosos de longa data, pude construir afetos e amizades extremamente significativas pelos diversos locais que passei.

Acontece que, no progredir dos meus 20 e poucos anos (especificamente 26), percebi que havia uma certa sabedoria em momentos solo.

Momentos os quais, muitas vezes, eu evitava, devido a um certo incomodo interno que eu ainda não entendia bem. Como se houvesse um certo receio ao olhar para dentro… talvez por ser justamente neste lugar que eu poderia encontrar as minhas próprias sombras… “Será que já estou pronta para encará-las de frente?”

Após muito partilhar

Dentro de mim quis encontrar

Algo que só a mim poderia se apresentar

Algo que só a mim caberia o dever de desvendar

Ao longo deste mês de fevereiro (de 2020), surgiu uma circunstância que vem favorecendo todo esse processo, o qual já se iniciava dentro de mim há algum tempo.

Eu estou fazendo um estágio eletivo de Psiquiatria em São Paulo (atualmente estou no último semestre do curso de Medicina e esse estágio faz parte do meu internato optativo), e eu sou oriunda de “Beagá”. Assim, estando distante de minha terra natal, ainda que eu tenha vários amigos/as e afetos nessa incrível cidade (sim, adoro esse lugar), nos últimos dias, pude desfrutar de diversos momentos a sós comigo mesma - em solitude.

Saindo quase que sem rumo, ou sem muito propósito, apenas caminhando, conhecendo os arredores, desvendando os pontos turísticos, os pontos comuns, andando pelas ruas, pelos parques, pelas lojas… caminhando simplesmente, meditativamente. Apenas comigo mesma.

Eis que, quando eu menos esperava, pude encontrar nesses momentos, transparentes verdades sobre mim mesma.

Em introspecção, em reflexão.

Momentos únicos, de silêncio interno diante de tantos ruídos externos.

É como se sentir desnecessária para o mundo e plenamente disponível para si próprio.

É como se permitir conhecer-se verdadeiramente, tal como é.

Bem… e você? Já teve momentos assim? Ou… tem evitado esse encontro?

Foi assim que recordei, através dessas vivências, a recomendação do famoso filósofo Sócrates, quando ele dizia:

Conheça-te a ti mesmo.

Bem, isso são apenas algumas reflexões baseadas em minhas vivências. E você? O que pensa sobre?

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Luana Reis
Releituras da Vida

Releituras da vida. A arte da busca pelo equilíbrio entre o que importa e o que é necessário.