Algumas lições sobre o tempo certo das coisas acontecerem

Que pode coincidir com nossas expectativas…. Ou não.

Luana Reis
Releituras da Vida
3 min readJan 19, 2020

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Você já se pegou em estado de grande ansiedade diante de uma situação mal resolvida? Como um desentendimento com alguém querido, um problema no trabalho ou alguma circunstância bastante desafiadora na vida (questões financeiras, imprevistos, desencontros…)?

Arquitetura Psicológica da Depressão e Angústia – arte por Ivan Pitta

Bem… imagino que muitos de nós já tenhamos enfrentado situações assim, certo?

Normalmente como você age diante delas?

Você é do tipo que tenta resolver o mais rápido possível? E, caso não seja possível obter essa resolução rapidamente, você se angustia? Muitas vezes, a ponto de “descontar” em outras coisas ou em outras pessoas?

Ou de forma oposta, você é do tipo que consegue manter a calma, agir com serenidade e, por mais que deseje a resolução o quanto antes, consegue ter paciência com o processo das coisas, caso necessário?

É possível também que não seja exatamente nem uma coisa nem outra. Pode ser que você se identifique mais com um meio termo entre esses dois extremos…

Recentemente, enfrentei alguns desafios pessoais, como os exemplos citados acima. Assim, olhando para trás, recordando-me de outras situações difíceis já vividas, percebo que já estive em diferentes pontos desse possível espectro de comportamento, desde a ansiedade impulsiva até a tranquilidade serena.

Quando eu era mais jovem (o que eu ainda sou, claro, obrigada haha), eu tendia mais a um perfil ansioso, imediatista, com pressa em obter certo alívio da angústia diante de algum problema que estava sendo enfrentado.

A medida que envelheço (processo lento, tá bom? Tenho cara de novinha haha), noto que se desperta em mim, pouco a pouco, certa calmaria, certa tranquilidade diante de circunstâncias adversas, as quais antes teriam me “tirado do sério”. Até que me dei conta de que o nome dessa potencial virtude seria: paciência.

Você se considera uma pessoa paciente?

Verdade seja dita, por mim posso falar, e já entrego logo: não sou bem o tipo paciente, confesso que tendo a impaciência mesmo (essa reflexão me fez ter mais clareza disso e, bem, não é confortável admitir).

De todo modo, essa percepção veio a mim, a partir de uma situação em que fui capaz de ser um pouco mais paciente em relação ao meu próprio padrão.

E, veja só! Foi um alívio, uma satisfação observar como aquela “espera”, sem interferir no curso natural das coisas, deixando fluir, no seu tempo, me deixava mais leve!

Normalmente, eu teria brigado, insistido, forçado, na tentativa de acelerar o processo de resolução. Mas… dessa vez (que não foi a primeira – isso é um processo – mas foi a primeira vez que me dei conta com mais profundidade), resolvi deixar o tempo se acomodar e ditar seu próprio ritmo.

Tempoterapia.

Fiz o que estava em meu alcance, sim, mas não forcei a barra. Lembrei, então, de um provérbio que meus avós costumavam dizer (dai meus pais falam também):

O que não tem remédio, remediado está.

Talvez você não seja como eu, mas caso seja, vai aqui uma reflexão:

Muitas vezes queremos resolver as coisas rapidamente. Silenciar a dor. Do nosso jeito, de preferência.

Mas nem sempre conseguimos perceber todos os elementos em cada situação, é fato, somos limitados. Somos capazes de ver apenas por nossa própria perspectiva.

Assim, existem muitas coisas na vida que não dependem de nós, estão para além de nossa vontade, ou até mesmo nem estão relacionadas conosco diretamente.

É providencial, portanto, procurar ter a sabedoria para saber distinguir entre aquilo que podemos mudar e aquilo que devemos saber entender e aceitar (parafraseando Francisco de Assis).

Bem, isso são apenas algumas reflexões baseadas em minhas vivências. E você? O que pensa sobre?

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Luana Reis
Releituras da Vida

Releituras da vida. A arte da busca pelo equilíbrio entre o que importa e o que é necessário.