RESENHAS: To the Bone, O mínimo para viver.

Luana Mattos
Luana’s Portfolio
2 min readJul 19, 2017

Sou suspeita para falar, pois sou fã de Lily Collins desde Mirror Mirror, afinal atuar ao lado de Julia Roberts não é pra qualquer um. Dona de sobrancelhas expressivas e um olhar cativante, Lily se destaca por onde passa, e na produção independente comprada e transmitida diretamente pela Netflix não foi diferente.

“To the Bone”, ou “O mínimo para viver” nome que recebeu aqui no Brasil, narra de forma ímpar as lutas de jovens que lidam com algum distúrbio alimentar. Embora a personagem principal, Ellen (interpretada por Collins) lute contra a anorexia nervosa, o filme também mostra casos de bulimia e de comer compulsivo, isso para lembrar que distúrbio alimentar se trata de um tema mais amplo e complexo do que apenas perder ou ganhar peso.

Photo by Jairo Alzate

Apesar do aviso logo no inicio do filme indicar cenas perturbadoras, o filme traz um relato mais sutil sobre o tema, e de certa forma mais apropriado para o público alvo. Diferentemente de 13 Reasons Why que também tem o intuito de conscientizar jovens e adolescentes sobre temas sérios como bullying e suicídio, o drama To the Bone (Até o Osso, em tradução livre) tem como objetivo conscientizar o público dos transtornos e combater a vergonha e os mitos a cerca do tema, e em determinado momento ainda mostra os perigos de se incentivar (mesmo que de maneira não intencional) tais práticas, ou seja, ele encoraja seus espectadores a procurar ajuda!

A narrativa não busca ir a fundo nem investigar traumas e/ou culpados que possam ter culminado no estado atual da personagem, pelo contrário, ela ressalta que nem sempre há um motivo ou a quem culpar. Nem mesmo uma família disfuncional pode ser a causa da doença. O filme relembra que cada indivíduo é um ser único e que nenhuma doença de ordem fisiológica ou psíquica deve ser estereotipada ou generalizada.

Porém, como toda produção cinematográfica o filme também recebeu criticas pela sua abordagem, no entanto, para mim — uma simples espectadora, o filme cumpriu bem seu papel, não chocou ao ponto de me fazer chorar ou cobrir os olhos para não ver cenas fortes e impactantes, mas sem duvidas passou uma mensagem positiva a cerca de um tema sobre o qual poucos têm interesse ou conhecimento.

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Luana Mattos
Luana’s Portfolio

Christian • Brazilian • Freelance Writer • Columnist for http://www.hollywoodeaqui.com • English/Portuguese Speaker • Loves History!