Resenha: Scrum. Uma maneira mais eficiente de se fazer as coisas

Em Scrum. A Arte de Fazer o dobro do Trabalho na Metade do Tempo, temos um texto cuja essência pode ser aproveitada por qualquer empresa que preze por alcançar resultados com eficiência e agilidade, reduzindo desperdícios ao máximo e promovendo a unidade de suas equipes, bem como por qualquer indivíduo que apenas esteja buscando uma maneira mais eficiente de se fazer as coisas. É nítido o esforço do autor Jeff Sutherland — foi ele quem criou o SCRUM — em tentar deixar claro que O SCRUM oferece uma vantagem competitiva grande de mais para não ser usado.

O SCRUM, assim como tantos movimentos ágeis, possui muitas de suas ideias enraizadas no Sistema Toyota de Produção — criado nos anos 1950 pela Toyota Motor Corp. -, bem como no pensamento e na prática japoneses. Não é preciso dizer a ninguém o quão longe a Toyota conseguiu chegar com seu modelo de Produção enxuta (Lean Manufacturing).

“A eliminação dos desperdícios deve ser o principal objetivo de uma empresa”.

O SCRUM procura focar no desempenho coletivo, em detrimento do individual, promovendo a união das equipes para criar grandes projetos, e isso exige que todos não apenas vejam o objetivo final, mas que também façam entregas incrementais para atingi-lo. O alinhamento absoluto de objetivo e confiança é o que cria a grandiosidade.

“Um dos conceitos-chave do SCRUM é que os membros da equipe decidem, eles mesmos, como irão executar o trabalho. A responsabilidade da direção da empresa é estabelecer os objetivos estratégicos, e o trabalho da equipe é decidir como atingi-los.”

“Construído mediante insights de artes marciais, tomadas de decisão judicial, combate aéreo avançado, robótica e outras naturezas diversas, Scrum é um método prático e fascinante. Seja para inventar uma tecnologia pioneira ou para estabelecer os alicerces de prosperidade de uma família, a razão mais importante para ler este livro é que ele pode ajudá-lo a alcançar o que outros consideram inatingível.”

Um dos conceitos desta metodologia é que as equipes devem permanecer pequenas — no geral, não mais do que sete pessoas — e possuir liberdade de ação, ou seja, as equipes devem ter autonomia para tomar suas decisões sobre como o projeto deve ser conduzido. Se uma equipe for reunida para desenvolver um software específico ela deve ter autonomia para, por exemplo, decidir quais tecnologias serão utilizadas.

Não posso simplesmente dizer que se trata do mais completo livro sobre SCRUM que você vai ler, pois é evidente que não se trata disto. Mas é um livro que sem sombra de dúvidas vai conseguir entregar bastante valor ao leitor que busca compreender os princípios do SCRUM e por quais motivos é melhor adotá-lo em seu cotidiano. É um texto de leitura fácil, agradável e rápida (São 9 capítulos), que vai te apresentar um conceito completamente revolucionário sobre como conduzir projetos em equipe.

Este livro é indicado sobretudo para aqueles que pensam, ou já pensaram desta forma: Se todo mundo trabalha assim, então esta deve ser a melhor forma de trabalhar.