P&D Labs Innovation Digest #48 — Olhos e ouvidos no Web Summit, empresas no BeReal, New York City I de Mondrian
Os sites e perfis de influenciadores de inovação e tecnologia não falaram de outra coisa nesta semana: o Web Summit Lisboa. O mundo todo ficou de olhos e ouvidos bem abertos nas discussões que rolaram por lá e, nesta curadoria, não poderia ser diferente. Esta edição traz alguns dos principais destaques do evento para deixar você por dentro de tudo o que rolou. Mas a nossa newsletter não para por aí, a gente fala também sobre os primeiros passos de empresas dentro do BeReal, a nova estratégia do Walmart para atrair pequenos negócios, game do Minecraft para incentivar a destinação correta do lixo eletrônico e os projetos futuristas de cidades e favelas, além de uma retrospectiva do Google sobre os últimos dez anos de consumo de dados na internet. E a nossa recomendação do Cabeça de Lab dessa semana tem um gostinho todo especial, já que o time de P&D foi convidado para falar sobre a importância da área e a atuação aqui no Magalu.
Ficou curioso? Então vamos à leitura, que tem mais coisa ainda.
Time de Pesquisa&Desenvolvimento do Magalu
Top Trends
Equidade de gênero no Web Summit — Dinheiro Vivo
Se você é do mundo de inovação, tecnologia e empreendedorismo, com certeza acompanhou alguma notícia sobre o que rolou no Web Summit, em Lisboa, Portugal, durante esta semana. E um tema que ganhou destaque na pauta de um dos maiores eventos de tecnologia do mundo é a paridade de gênero entre participantes e convidados, que avançou em 2022.
A edição deste ano conta com a exposição de 400 startups fundadas por mulheres e um terço dos palestrantes são também do gênero feminino. Entre os participantes, a paridade de gênero foi alcançada na edição do ano passado, em que, pela primeira vez, 50,5% dos participantes eram mulheres e 49,5%, homens.
O Web Summit começou na última terça-feira e terminou hoje. Ao todo, 70 mil pessoas do mundo todo marcaram presença na feira, que contou ainda com 2.630 startups e empresas, 1.120 investidores e 1.040 palestrantes.
Brasil levou 70 negócios ao evento — Agência Sebrae
O Brasil mais uma vez é um dos países que mais leva empreendedores e negócios para o Web Summit. Ao todo, neste ano, são 60 startups e quase 20 empresas brasileiras que vão apresentar os seus negócios em terras portuguesas, com o intuito de acelerar a internalização dos negócios. Entre os eleitos para divulgar no espaço estão fintechs, agritechs, healthtech e até empresas de Inteligência Artificial e biotecnologia.
A iniciativa de exposição na feira soma esforços ao trabalho que o Sebrae Nacional já vem fazendo para exportar negócios brasileiros para o mercado português. Somente neste ano de 2022, foram 280 empresas internacionalizadas. No ano que vem, o Brasil passará a sediar um evento regional do Web Summit, no Rio de Janeiro.
Only Fans, design inclusivo e moda data driven são destaques — Exame
E como a gente amou esse destaque do portal da Revista Exame sobre o que bombou no evento, vamos deixar aqui a sugestão de leitura. Entre os painéis, o que mais chamou a atenção foi os números divulgados pelo Only Fans, que disse repassar 80% da sua receita para os criadores de conteúdo, destacando que milhares de pessoas vivem exclusivamente da renda oriunda da plataforma, que tenta desvincular a sua imagem da produção de conteúdo adulto, afirmando que todos os influenciadores podem utilizar a rede social para rentabilizar os seus conteúdos.
A forma como as empresas podem utilizar o design para ampliar o impacto positivo que geram no mundo também foi destacado no painel “Por que a acessibilidade deve ser a base do design”, de Jane Geraghty, Global CEO da Landor & Fitch, uma das principais empresas de design do mundo. Durante a fala, a palestrante trouxe dados de uma pesquisa demonstrando que 15% da população mundial têm algum tipo de deficiência no mundo e, por meio do design, é possível pensar em soluções que melhorem substancialmente as suas vidas, com iniciativas simples, capazes de melhorar as rotinas diárias.
Outro ponto que atraiu a atenção foi a discussão sobre o modelo da Shein, que coleta dados de redes sociais do seu público para ampliar a assertividade da produção das suas coleções, reduzindo de 30% para 2% a perda de inventário de produtos fabricados em excesso.
Rede de fast-food Shake Shack estreia no BeReal-Digiday
A fim de testar novas maneiras de se comunicar com o público, em especial os mais jovens, a rede americana de fast food Shake Shack está experimentando o mais novo site de mídia social de compartilhamento de fotos, o BeReal, mostrando o que está rolando nos bastidores dos seus restaurantes, incluindo na cozinha, sessões de fotos de divulgação, degustação de menus e eventos.
De acordo com a gerente de marketing da empresa, Amanda DiAntonio, a estratégia é ser uma das marcas pioneiras na plataforma, que incentiva a publicação de fotos mais autênticas e tem virado uma febre entre a Geração Z. O app está entre os mais baixados nos EUA neste ano enão permite propaganda, o que é destacado pela profissional como o principal entrave para expandir a atuação da rede dentro da plataforma.
Novos Negócios
Walmart oferece aluguel de curto prazo para pequenas empresas — Footwearnews
Com o intuito de democratizar o acesso às suas estruturas para pequenas empresas, que ainda se equilibra para manter as contas após a pandemia do Covid, o Walmart, em parceria com a plataforma de mercado pop-up Popable, lançou a modalidade de aluguel de curto prazo para pequenas empresas que, desejam expor os seus produtos no varejista, mas não têm segurança para se comprometer com um contrato de aluguel de longo prazo.
O serviço disponível para as lojas dos EUA permite que os pequenos negócios firmem com o Walmart contratos que variam de 1 mês a 1 ano. O tempo exato é definido pela pequena empresa que possui um grau elevado de autonomia na gestão do contrato, definindo inclusive se deseja mudar o contrato para um de longo prazo, caso a exposição no local demonstre indicadores positivos.
Minecraft usa game para reduzir descarte incorreto de lixo eletrônico — Springwise
O acelerado processo de desenvolvimento tecnológico, leva cada vez mais cedo a necessidade de troca de celulares, computadores e uma infinidade de outros aparelhos eletrônicos. No entanto, do outro lado desse hábito está o excesso de lixo eletrônico produzido no mundo, que vem ampliando ano após ano. Atualmente são mais de 40,5 milhões de toneladas no total, que vem aumentando a uma média de 2 milhões de toneladas por ano.
A fim de mitigar esse problema, que coloca no meio ambiente uma mistura de materiais valiosos e tóxicos ao mesmo tempo, como chumbo, mercúrio e cádmio, a varejista de tecnologia norueguesa Elkjøp Nordic se uniu à Microsoft, proprietária do Minecraft, para lançar o Urban Miner, um jogo que recompensa os jogadores do Minecraft com a moeda do jogo, Minecoins, sempre que o jogador deixa o seu lixo eletrônico para reciclagem.
Os consumidores nórdicos podem levar seus eletrônicos antigos a qualquer loja Elkjøp para reciclagem e receber Minecoins em troca. Cada dispositivo ganha um número diferente de Minecoins, com base no valor dos materiais recicláveis levados para o descarte correto. Para incentivar a aceitação, a empresa de publicidade Nord DDB criou uma campanha destinada aos 140 milhões de jogadores de Minecraft, a maioria jovens, com o intuito de incentivá-los na adoção de hábitos ecológicos de reciclagem ao longo da vida.
Algoritmos em missão de paz — DW
Durante as guerras e conflitos muitas inovações são desenvolvidas, e na era da tecnologia, o que se estuda agora são sobre como os algoritmos podem contribuir para monitorar locais de conflitos.
Com a ajuda da inteligência artificial, que analisa imagens de satélite e assim torna visíveis os movimentos em terra, a Cruz Vermelha internacional e pesquisadores do Instituto Federal Suíço de Tecnologia e da Universidade de Zurique querem identificar e monitorar crises e conflitos em um estágio inicial. O objetivo é iniciar as medidas de ajuda o mais rápido possível.
A expectativa é que no futuro, a tecnologia possa ser utilizada para ajudar nas negociações de paz.
Para oxigenar a cabeça
Cidades futuristas: do fim da pobreza em favelas às tecnológicas mundo afora — Dezeen
Se aqui em São Paulo, em São José do Rio Preto, a Favela Marte, tem ganhado o noticiário com a perspectiva de Favela 3D, no conceito de digna, digital e desenvolvida, encabeçada pela ONG Gerando Falcões, a fim de acabar com a miséria, pelo mundo afora escritórios de design, governos, milionários e empresas futuristas têm dedicado tempo para pensar em cidades autossustentáveis, extremamente tecnológicas e capazes de mitigar a crise habitacional e as mudanças climáticas.
No link da matéria você pode conhecer as 10 cidades mais futuristas do mundo, entre os projetos destaca-se a do empresário bilionário Marc Lore, que tem a perspectiva de construir no deserto dos EUA a cidade mais sustentável do mundo, que se chamará Telosa, terá cinco milhões de habitantes e será construída do zero em um local ainda não revelado no deserto. Outra iniciativa é a do governo da Arábia Saudita, que projeta construir uma cidade linear de 170 quilômetros de comprimento e 500 metros de altura.
Uma década de mutação dos hábitos de consumo na internet — Think With Google
O Think With Google é uma plataforma de insights, tendências e comportamento que reúne uma série de estudos, análise de dados e fatos que ajudam a entender para onde o mundo está caminhando e como as organizações podem se munir disso para se relacionar melhor com os seus clientes e stakeholkders. A gente aqui de P&D está sempre de olho no que anda saindo por lá e queremos deixar uma sugestão de leitura.
A plataforma da gigante de buscas completou 10 anos de existência (9 aqui no Brasil) e resolveu fazer uma retrospectiva de estudos e notícias sobre o quanto o mundo se transformou nesta última década. Ano após ano, a publicação destaca os marcos que nos trazem a esse momento com as características de consumo de dados online e como esses hábitos foram sendo transformados de 2012 a 2022.
Mondrian seguirá de cabeça para baixo — Open Culture
Na última semana, o mundo da arte foi pego de surpresa com a informação da curadora da coleção de arte da Renânia do Norte-Vestfália, Susanne Meyer-Büser, de que o quadro de Piet Mondrian “New York City I” estava pendurado de cabeça para baixo. A constatação aconteceu após a curadora analisar uma foto do estúdio do artista tirada alguns dias depois da sua morte e publicada na revista de estilo de vida americana Town and Country, em junho de 1944, que mostrava o quadro em posição oposta.
Apesar da descoberta e do choque, o quadro que está em exposição em Paris, na França, permanecerá como está, já que as tiras de fita pintada há oito décadas, com as quais Mondrian montou sua grade preta, amarela, vermelha e azul já estão extremamente soltas e penduradas apenas por um fio. A mudança de posição poderia danificar o quadro que já está extremamente frágil.
Em todas as edições da Innovation Digest, recomendamos as últimas edições do Cabeça de Lab, mas dessa vez tem um gostinho mais do que especial. Isso porque o time de P&D foi convidado para falar sobre o que é a área e qual a sua importância para a organização. A Lucilene Gomes e o Robson Santos foram os convidados da Milene Vasconcelos no episódio #163 e o papo está legal demais, então reforçamos aqui o convite para você ouvir e participar desse debate conosco.
Caso você tenha perdido…
Em um bate papo cheio de dicas e novidades sobre inovação, carreira e tecnologia, o pessoal do Luizalabs — o laboratório de inovação e tecnologia do Magalu — conversa semanalmente com diferentes convidados pra trazer um pouco de conhecimento e informação para você!
Além do podcast de P&D, recomendamos a conversa sobre o Hacktoberfest, que rolou essa semana, com o Elysson Rezende:
Ficamos por aqui esta semana! Esperamos que tenham gostado da curadoria e se quiser compartilhar as suas impressões, ficaremos felizes demais em receber. Um beijo e até a próxima!
