P&D Labs Innovation Digest #11 — Inteligência Artificial contra discurso de ódio, Sustentabilidade, Compras por Voz e muito mais…

Pesquisa & Desenvolvimento
luizalabs
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12 min readJul 28, 2020

Olá, Pessoal!

Assumindo o compromisso de dar mais visibilidade a inovação que trate questões de diversidade e inclusão, na busca de um mundo mais igualitário.

Iniciamos esta edição com um papo com A Goodbros, uma empresa focada em serviços e projetos na área de empatia e comunicação inclusiva.

Para os próximos digests teremos alguns cases de sucesso onde a Goodbros atuou. Fique ligado e acompanhe na íntegra essa iniciativa de sucesso e de grande aderência aos temas da atualidade.

Com projetos de vozes inclusivas, conheça a Goodbros, empresa focada em Empatia e Acessibilidade e Inclusão — Goodbros

Texto por: RODRIGO CREDIDIO

Fundada há 6 anos por conta de uma exclusão socioeconômica das pessoas com deficiência no universo do digital e da publicidade, a empresa do setor 2.5, ou seja, organizações com fins lucrativos mas que priorizam o impacto social, nasceu para ser uma ponte entre marcas e consumidores com alguma deficiência. Por isso, oferecem consultoria, treinamentos e realizam projetos focados em comunicação inclusiva, que se utilizam do exercício da empatia e de recursos de acessibilidade aplicados às várias formas de comunicação, seja um website, publicidade, vídeo institucional, newsletter, redes sociais, materiais impressos ou eventos corporativos. Para elaboração de sua missão, visão e valores, a empresa se apoiou em marcos legais existentes e vigentes ligados à ONU e ao exercício da cidadania e da sustentabilidade, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assim como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável(ODS).

Atualmente, somos 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência, com renda nominal anual de R$ 244,8 bilhões de reais. Somos 18,1 milhões de
pessoas em idade produtiva (entre 20 e 59 anos) e economicamente ativos. Ou seja, 40% do universo de pessoas com deficiência. Para o universo de pessoas sem deficiência, este percentual relativo é de 43%.

Dentre as várias formas de ocupação, 40,2% das pessoas com deficiência possuem carteira de trabalho assinada e são empregadas de alguma empresa. Para as pessoas sem deficiência, este percentual é de 49,2%.

Outro dado interessante é em relação à taxa de desemprego: em relação ao total de pessoas em idade produtiva e economicamente ativas, são 7,2% contra 6,9% das pessoas com e sem deficiência que não apresentam qualquer atividade
remunerada.

Em relação à renda nominal, 7,3% da população de pessoas com deficiência ganham mais de 5 salários mínimos mensalmente. O percentual para pessoas sem deficiência é de 9,2%.

Como se pode observar, os indicadores não se diferem tanto entre si.
Mas na vida real, deparamo-nos com a exclusão das pessoas com
alguma deficiência de uma vida socioeconômica plena.

Nossa história
Cansado do mundo corporativo e, ao mesmo tempo, ávido por encontrar minha vocação e propósito profissional, eu, que era até então um executivo de marketing e comunicação, decidi me desligar do segmento de mercado onde trabalhei por quase 20 anos e tentar uma nova carreira, como sócio minoritário em uma agência de comunicação.

Esta nova fase não durou muito tempo, mas foi muito importante para o passo que seria dado a seguir, uma vez que, definitivamente, estava mais que decidido que meu novo caminho era empreender. Mas não em qualquer área. Na área de impacto social.

À convite de um amigo, fui à um evento dedicado a tecnologia assistiva e acessibilidade. Ao entrar no grande pavilhão da Expo São Paulo, fui tomado por uma forte sensação diferente, uma energia que se irradiou por todo meu corpo. Uma epifania. Eu estava em meio a milhares de pessoas com alguma deficiência e me sentindo em casa, em sintonia com tudo aquilo. Foi empatia à primeira vista. A curiosidade misturada à empolgação fizeram com que eu parasse as pessoas nos corredores para saber mais sobre suas vidas e conversasse com as empresas expositoras para entender como trabalhavam com o público com deficiência.

Aquilo foi uma tremenda pesquisa qualitativa, uma imersão. Saí da feira decidido a abrir uma consultoria que pudesse ter a pessoa com deficiência como grande beneficiária de seus serviços.

Seis meses depois, a Goodbros nascia da sociedade com meu irmão, um promissor designer e gerente de projetos digitais. Ainda sem clientes e sem demanda, decidimos focar em serviços de tecnologia da informação voltados a este público. Foi então que decidimos e nos dedicamos na concepção de um aplicativo para dispositivos móveis capaz de indicar localidades com acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.

Um ano depois, era lançado o Biomob, um guia de restaurantes, bares, lojas e demais locais de entretenimento com alguma acessibilidade a pessoas em cadeira de rodas, em muletas, idosas. O momento era propício para se tentar um patrocínio para o aplicativo, já que as Paralimpíadas do Rio 2016 se aproximavam. Mesmo com várias reuniões e trocas de mensagens com pessoas e
organizações relacionadas ao evento, os patrocínios não chegaram.
Era momento de decidir o que fazer. Já se tinha investido uma boa soma de dinheiro e tempo naquele projeto, ainda que não houvesse quaisquer
indícios de uma mudança na direção dos ventos. Era hora de pivotar, de retraçar rotas. Foi quando decidimos desfazer a sociedade firmada com o time que cuidava do aplicativo e vender nossa parte.

Foi quando a empresa focou em prover soluções de comunicação inclusiva.
Tudo indicava que este deveria ser o caminho a ser tomado. E foi isso que aconteceu. Entre 2017 e 2019, a Goodbros redesenhou seu modelo de negócio e montou sua rede de consultores, garantindo amplitude no portfólio de serviços da companhia. Foi neste período também, que me associei a Geraldo Rodrigues, da Leve Companhia de Teatro, e juntos criamos a Oficina de Empatia: uma vivência de 3 horas de duração que usa jogos teatrais para o exercício da empatia.

Dada à resistência ou desinteresse de parte das empresas quanto à comunicação inclusiva, a Oficina de Empatia se mostrou uma etapa inicial fundamental para que a Goodbros pudesse trazer mais organizações e marcas que conseguissem ver valor na acessibilidade aplicada à sua comunicação. A Oficina de Empatia foi concebida para colocar os participantes sob a perspetiva das pessoas com deficiência ou quaisquer outros grupos de pessoas minorizados, inferiorizados, marginalizados ou ignorados pela sociedade. Atualmente, a empatia não apenas faz parte da metodologia de trabalho da Goodbros, que usa o Design Thinking adaptado, como também se firma como um serviço promissor e essencial para todo o fluxo de atividades compreendido no processo da comunicação inclusiva.

Reforçamos aqui nosso convite!

Para que aqueles que queiram contribuir com notícias, crônicas, podcasts, meet-ups (virtuais por enquanto), ou qualquer conteúdo inerente aos temas que aqui são tratados, entrem em contato conosco através dos comentários. Iremos responder cada um de vocês.

Dito isso, semana começando e, como prometido, apresentamos neste artigo, parte daquilo que nos despertou interesse e que chamou atenção do nosso time.

Dá uma olhada, siga nossa página e comece a semana sabendo um pouco mais do que está rolando no mundo!🤓

Top Trends

Facebook simula o mau comportamento dos usuários usando Inteligência Artificial — The Verge

Na vida real, os golpistas geralmente começam seu trabalho rondando os grupos de amizade dos usuários para encontrar possíveis marcas. Para modelar esse comportamento na WW, os engenheiros do Facebook criaram um grupo de bots “inocentes” para atuarem como alvos e treinaram vários bots “ruins” que exploraram a rede para tentar encontrá-los. Os engenheiros tentaram maneiras diferentes de interromper os bots defeituosos, introduzindo várias restrições, como limitar o número de mensagens privadas e postagens que os bots poderiam enviar a cada minuto, para ver como isso afetava seu comportamento.

Kuaishou, empresa chinesa rival da TikTok, expande vendas em seu e-commerce através de lives — SCMP

.Kuaishou lançou este ano seu próprio festival de compras, o “616 Shopping Carnival”.
A plataforma também colaborou com a gigante do comércio eletrônico JD.com para introduzir uma campanha on-line especial por 24 horas. Essa iniciativa gerou transações pagas no valor de 1,4 bilhões de yuans (US $ 200 milhões) em apenas um dia.

Uma nova experiência no campo digital se baseia no poder das estrelas, como LeBron James e Drew Barrymore, para guiar as crianças em sessões virtuais de aventura, variando de temas que vão desde artes e maquiagem a condicionamento físico. Desenvolvido pelo varejista de nicho CAMP, o objetivo do Camp by Walmart é manter as crianças entretidas e oferecer alternativas on-line para diversão nas férias de verão que foram canceladas.

Site disponibiliza fotos de pessoas negras para publicidade gratuitamente — Nappy

Nappy é um site dedicado a fornecer fotos gratuitas, bonitas e de alta resolução de pessoas negras e pardas para criativos, startups, marcas e agências. O nappy facilita para as empresas serem objetivas quanto à representação em seus designs, apresentações e anúncios.

Amazon testará o Dash Cart, um carrinho de compras inteligente que vê o que você compra — Tech Crunch

O Dash Cart é um carrinho de compras de supermercado que identifica e cobra os itens que você coloca dentro de sua cesta. O carrinho será disponibilizado pela primeira vez na mercearia Amazon, em Woodland Hills, Califórnia, no final deste ano, diz o varejista.

Novos Negócios

Amazon quer que no futuro você possa manusear aplicativos com comandos da Alexa — B9

A Amazon anunciou leva de 31 novas ferramentas para desenvolvedores que entre outras coisas inclui uma nova frente de desenvolvimento da Alexa, que busca abrir a assistente virtual para interação com aplicativos de terceiros. Intitulado Alexa for Apps, o recurso por enquanto está em fase de testes, mas na prática significa que a assistente abre oportunidades para negócios de todo tipo com todo tipo de ferramenta de outras empresas.

Isso inclui o TikTok, que a partir de hoje vai permitir que o usuário acione certas opções com a Alexa (incluindo o início da gravação). e o Uber, que além de permitir que o usuário peça uma corrida pela assistente também possibilita agora que se peça por voz para saber a localização do motorista no mapa.

Mais de 10 mil pessoas doam suas vozes para projeto de triagem de Covid-19 com IA — Mobile Times

A insuficiência respiratória é uma das principais razões para a internação de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. O problema é que, em muitos casos, antes de o sintoma aparecer, a pessoa já está com a oxigenação sanguínea perigosamente baixa sem que isso seja percebido. É o que os médicos chamam de hipóxia silenciosa. Essa característica da Covid-19 faz com que pessoas que aparentemente estão com sintomas leves precisem ser internadas às pressas por causa de uma insuficiência respiratória súbita. A resposta para saber com antecedência se alguém precisa de internação pode estar na análise da voz dos doentes. Essa é a proposta do projeto Spira (Sistema de detecção Precoce de Insuficiência Respiratória por meio de análise de Áudio), que usará inteligência artificial na comparação de vozes de pessoas internadas por Covid-19 com aquelas de pessoas saudáveis. O estudo é conduzido por pesquisadores da USP e é um dos primeiros do centro de inteligência artificial C4AI, que está sendo instalado dentro da universidade.

Produtos através da inteligência artificial visam tornar as viagens mais seguras durante a pandemia — The New York Times

A Startup israelense Pangea, anunciou seu cartão Covid-19 Pass. Ao contrário dos documentos considerados em países como Chile e Alemanha, que anunciam que o titular se recuperou do Covid-19, o Pass Card é mais como um passaporte digital com duas partes: um smart card biométrico e um mecanismo de previsão que inclui um portal acessível por computador ou smartphone.

Ele não mede anticorpos ou oferece prova de status imunológico. Em vez disso, o portal fornece requisitos de teste personalizados com base nas cidades de partida e chegada, para que os portadores do cartão saibam se precisam fazer o teste do vírus antes do voo ou depois de aterrissar e por quantos dias um teste permanece válido.

Nos passos de outras grandes organizações, Apple apresenta plano de sustentabilidade — B9

Apple apresentou o Acelerador de Impacto, projeto que consiste no investimento em empresas pertencentes a minorias e que geram resultados positivos na cadeia de suprimentos e em comunidades que são desproporcionalmente afetadas por riscos ambientais. O projeto faz parte da iniciativa de Equidade e Justiça Racial, ideia com investimento de 100 milhões de dólares anunciada pela Apple e focada em progressos na educação, na igualdade econômica e na reforma da justiça criminal. Confira o vídeo da iniciativa.

Plataforma permite que clientes paguem seus produtos ao digitalizar suas imagens — Springwise

A Scandit desenvolveu uma plataforma que oferece leitura de código de barras, reconhecimento óptico de caracteres, reconhecimento de objetos e realidade aumentada para uso em qualquer dispositivo inteligente equipado com câmera. A plataforma permite que as lojas desenvolvam aplicativos que permitem aos clientes digitalizar produtos com seus smartphones e pagar diretamente no aplicativo. Lojas como a Co-op Denmark já estão usando a solução com clientes, que agora podem fazer compras sem precisar interagir com um vendedor.

Plataforma de entrega transforma trabalhadores temporários em pequenos empresários — Springwise

A empresa americana Dumpling, fornece mini-empréstimos aos compradores pessoais para cobrir o custo inicial dos mantimentos. Também permite que eles definam suas próprias taxas, mantenham todas as suas dicas, decidam em quais lojas desejam comprar e construam sua própria base de clientes. Os compradores também recebem treinamento e ajuda de mentores sobre como criar sua base de clientes. A startup cobra aos compradores 5% para cada pedido e uma taxa mensal ou US $ 5 (€ 4,30) por transação para acessar a plataforma.

Carrefour e Google fazem parceria em compras de comércio eletrônico baseadas em voz — Springwise

Os usuários poderão dizer um comando de voz específico para iniciar a experiência no Google Assistant e criar sua lista de compras. Isso inclui palavras específicas como “leite” e nomes de produtos ou marcas.

As listas de compras podem ser compartilhadas com outras pessoas, como membros da família, que também podem adicionar os itens que desejarem. Por fim, o Google Assistant converterá a lista de compras em um carrinho de compras, propondo produtos que melhor refletem as preferências do usuário. Isso se baseará no fato de o comprador já ter comprado o produto ou porque o Google Assistant deduziu as preferências com base nos critérios gerais. hábitos de compra do cliente no Carrefour, melhor preço disponível e melhores vendedores.

Para oxigenar a cabeça

Superando o paradoxo do inovador — MIT Sloan

Todo inovador enfrenta o que chamamos de paradoxo do inovador. Simplesmente, quanto mais nova, radical ou arriscada a idéia, maior o desafio de adquirir os recursos necessários. Embora muitas pessoas digam que gostam de idéias radicais, quanto maior o risco e a incerteza, mais nervosos os defensores (investidores, chefes, parceiros e assim por diante) ficam. Muitas grandes idéias morrem no chão da sala de estar porque os empreendedores não conseguem convencer os outros de seu potencial. Antes de entrar, os apoiadores em potencial querem que as idéias sejam comprovadas ou que a incerteza seja reduzida de alguma maneira significativa. A capacidade de superar o paradoxo do inovador é essencial para se tornar um inovador de sucesso, seja você trabalhando dentro de uma empresa ou tentando iniciar um novo empreendimento.

Quando se trata de cultura, sua empresa realiza ações consistentes? — MIT Sloan

Os líderes seniores, em particular, gostam de falar sobre a cultura da empresa. Nas últimas três décadas, mais de três quartos dos CEOs entrevistados em uma importante revista de negócios discutiram a cultura ou os principais valores de sua empresa — mesmo quando não perguntados especificamente sobre isso.
Os valores corporativos oficiais são importantes apenas na medida em que moldam as atividades e as decisões dos funcionários no dia a dia. Isso levanta uma questão fundamental: quão bem o comportamento dentro de uma empresa se alinha com as aspirações culturais? Em outras palavras, quando se trata de seus valores essenciais, as empresas seguem o assunto?

5 dicas para gerenciar um desempenho inferior, remotamente — Harvard Business Review

Embora você possa supor que gerenciar um desempenho inferior em um ambiente remoto seria mais desafiador (quem quer ter uma série de conversas difíceis sobre o Zoom?), Na verdade há uma vantagem. Você pode realmente ser mais eficaz em lidar com a situação porque precisa planejar e estruturar suas interações, em vez de ficar no corredor ou esperar que elas apareçam quando estiver no escritório. Aqui estão cinco coisas que você pode fazer para ajudar o desempenho abaixo do desempenho remoto.

Caso você tenha esquecido

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