P&D Labs Innovation Digest #31 — Design por um planeta melhor, maior acesso a NFTs, vieses inconscientes e muito mais…

Pesquisa & Desenvolvimento
luizalabs
Published in
9 min readOct 29, 2021

Olá pessoal!

Na nossa 31a edição, exploramos temas bem diversificados. Junte-se a nós nessa leitura sobre diferentes assuntos dos últimos dias relacionados a design, comportamento, inovação e tecnologia.

Boa leitura!

Time de Pesquisa&Desenvolvimento do Magalu.

Top Trends

Um treinamento para endereçar nossos vieses inconscientes — Harvard Business Review

A fim de tornarem-se mais diversas e inclusivas, muitas empresas recorreram ao treinamento de preconceito inconsciente. Aumentar a conscientização sobre os atalhos mentais que levam a julgamentos precipitados não é suficiente — e pode até sair pela culatra — porque enviar a mensagem de que o preconceito é involuntário e generalizado pode fazer com que ele pareça inevitável. O tipo de treinamento que obtém resultados ensina os participantes a gerenciar seus preconceitos, praticar novos comportamentos e monitorar seu progresso. Fornece informações que contradizem estereótipos e permite que se conectem com colegas cujas experiências são diferentes das deles. E não é uma sessão única! Implica uma jornada mais longa e mudanças organizacionais estruturais. O artigo conta como alguns gigantes, como Microsoft e Starbucks treinam funcionários a superar a negação e agir de acordo com sua consciência, desenvolver a empatia que combate o preconceito, diversificar suas redes e se comprometer com a melhoria.

Amigo ou Inimigo? Neurônios que controlam nossas interações sociais — Singularity Hub

Como os humanos, os neurônios individuais são surpreendentemente únicos. Também como os humanos, eles estão constantemente em contato uns com os outros. Eles se conectam a “grupos de amigos” do circuito neural, se separam quando as coisas mudam e se reconectam em novos cliques. Não é apenas correlação. Ao modelar a atividade elétrica desses neurônios em experimentos em macacos, cientistas foram capazes de determinar, com precisão, as decisões passadas e, de forma estonteante, prever as futuras, basicamente “lendo a mente” e o próximo movimento do animal. Quando a equipe interferiu na atividade dos neurônios com uma curta explosão de eletrochoques, os macacos perderam seu julgamento social. Como um novato na nova escola, eles não podiam mais decidir com quem fazer amizade.

Museus de Viena contornam censura das redes sociais — Euronews

A estatueta “Vénus de Willendorf” foi censurada por um erro de algoritmo do Facebook por causa da nudez e o mesmo se passou no mês passado com um vídeo que incluía “Amantes”. Cansados da censura à obras de artes, museus de Viena abriram uma conta na plataforma Only Fans, onde é permitido a publicação de conteúdo explícito. Foi a maneira que acharam de inovar frente ao não acompanhamento dos programas de reconhecimento da digitalização.

A matemática da cultura do cancelamento — Wired

Considerando a lógica aritmética do “mínimo denominador comum”, conseguimos ver uma ressonância do termo quando pensamos nos cancelamos nas redes sociais, pensando em ceder aos gostos mais básicos de grandes grupos de pessoas. Portanto, os números não são pequenos. Tirar alguém (ou algo), por assim dizer, reduz o número de fatores em jogo, simplifica a equação, reduz o tempo que leva para resolvê-lo.

Como viveremos no futuro. Seis visões da Ikea — Fast Company

Nos últimos cinco anos, a Ikea tem a missão de entender melhor as relações das pessoas com suas casas, fazendo estudos sociológicos aprofundados de seus consumidores. O que a Ikea descobriu foi que nossas noções fundamentais de lar e família estão passando por uma transformação. Muitas pesquisas demográficas sugerem que grandes mudanças em onde e como vivemos podem estar acontecendo: por exemplo, as pessoas que se casam mais tarde podem passar mais anos morando com colegas de quarto. Se os casais demoram para ter filhos, podem optar por viver mais em apartamentos menores. À medida que as pessoas vivem mais, podemos encontrar mais lares com várias gerações, pois pais, filhos e netos coabitam sob o mesmo teto.

Novos Negócios

Vamos ali no Walmart comprar uns bitcoins? — Gizmodo

Não é exatamente o Walmart que está oferecendo aos clientes uma maneira de comprar bitcoin, mas seu parceiro, Coinstar. A Coinstar é mais conhecida por oferecer quiosques que permitem que as pessoas negociem seus trocos por contas ou cartões-presente. Agora, a empresa parceira permitirá que as pessoas usem seus quiosques para comprar bitcoin por meio de uma colaboração com uma empresa de carteiras criptográficas que fornece caixas eletrônicos bitcoin. O curioso é que você só pode comprar bitcoin com notas de papel, não moedas. É o bitcoin tornando-se cada vez mais popular.

Mini cérebros cultivados em laboratório podem ajudar a tratar doenças fatais — The Daily Beast

Cientistas da Universidade de Cambridge estão cultivando modelos em miniatura de cérebros humanos em laboratório para aprender como tratar doenças neurológicas raras e fatais. Em resultados publicados na Nature Neuroscience, a equipe argumenta que encontrou um avanço que poderia abrir a porta para salvar aqueles que sofrem de doenças cerebrais graves e uma série de outras doenças.

O novo assento 3D da Nebula Alpha que suaviza um passeio futurista — Design Milk

Projetado para “viagens urbanas de média e longa distância”, a silhueta curva e elegante do Nebula Alpha é definida principalmente por uma seção de apoio para os pés tricotada em 3D emergindo para cima em um assento. Uma aplicação resistente à água e à sujeira reveste todo o interior do ombré roxo a rosa do Alpha, acentuando o movimento de inclinação em direção ao banco semelhante a um banco da e-scooter e também escondendo um pequeno compartimento. É o design à favor da mobilidade mais confortável.

O colete ECG que melhora o monitoramento cardíaco — Design Week

A Design Partners lançou um colete para monitor cardíaco, que visa proporcionar uma experiência mais confortável e fornecer dados mais precisos. Mas nem só de benefícios esse colete vive. Além de dificultar o exercício e a lavagem, ele ressalta que eles não oferecem privacidade aos usuários durante um período delicado. A equipe de design tinha alguns princípios para o projeto interno: o produto deve ser não intrusivo, não invasivo e pode ser usado sem a ajuda de um profissional de saúde. Os designers também queriam criar algo que fosse “atenuado e silenciado” para que as pessoas pudessem usar discretamente.

O Instagram agora permite que todos os usuários compartilhem links em seus stories — TechCrunch

Agora, todos os usuários do Instagram, independente da quantidade de seguidores, podem acessar o Link Sticker, que permite adicionar um link no Story, o famoso ärrasta pra cima”. Tomamos essa decisão com base no feedback que ouvimos da comunidade sobre o quão impactante seria para criadores e empresas de todos os tamanhos se beneficiarem do compartilhamento de links para crescer da mesma forma que contas maiores também se beneficiam

Para Oxigenar a Cabeça

NFT do bem: um paleontologista lançou um NFT de dinossauro para financiar estudos científicos — Smart Kid Mag

Jack Horner é um renomado paleontólogo que está tentando mudar a forma como a caça aos dinossauros é financiada — vendendo imagens de dinossauros como NFTs. “Estou tentando criar uma mudança de paradigma na maneira como as pessoas imaginam os dinossauros”. A imagem de dinossauros assustadores foi popularizada pelo filme Jurassic Park, onde Horner trabalhou como consultor científico do filme junto com Steven Spielberg na representação de dinossauros. “Sabíamos que eles estavam errados quando fizemos o filme, mas Spielberg não queria deixar os dinossauros com penas ou coloridos porque ele disse que não seriam assustadores o suficiente”. A inspiração para tornar os dinossauros da coleção NFT coloridos e mais parecidos com os pássaros é baseada na evolução. Ter NFTs sendo usados ​​para financiar a ciência, muda a maneira como a ciência é feita. Não há mais concessões de redação e espera de aprovações burocráticas ou de um grupo seleto de doadores de pesquisa.

Por que agora? A SEC levou oito anos para autorizar um ETF de Bitcoins nos EUA — Cointelegraph

Oito anos em preparação, a aprovação silenciosa da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) de um fundo negociado em bolsa (ETF) Bitcoin (BTC) provocou uma onda de exuberância no espaço criptográfico e lançou o preço da chave digital moeda a uma nova alta recorde. Permitir que um Bitcoin ETF baseado em futuros finalmente aconteça pode ser visto como a maneira mais segura e limpa de dar ao setor algo que parece uma grande vitória. Além disso, há muita pressão institucional sobre a SEC para conceder às instituições financeiras tradicionais acesso fácil a essa oportunidade alternativa de investimento.

Habilitando avanços de saúde impulsionados por IA sem sacrificar a privacidade do paciente — MIT News

Há muita empolgação na interseção entre a inteligência artificial e a saúde. A IA já foi usada para melhorar o tratamento e a detecção de doenças, descobrir novas drogas promissoras, identificar ligações entre genes, doenças e muito mais. Os pesquisadores de IA só precisam acessar os dados certos para treinar e testar esses algoritmos. No entanto, os hospitais, compreensivelmente, hesitam em compartilhar informações confidenciais dos pacientes com as equipes de pesquisa. É aí que o Secure AI Labs (SAIL) entra ao propor uma tecnologia que permite que algoritmos sejam executados em conjuntos de dados criptografados que nunca saem do sistema do proprietário dos dados. A plataforma do SAIL também pode combinar dados de várias fontes, criando percepções valiosas que alimentam algoritmos mais eficazes. No geral, os fundadores estão felizes em ver o SAIL resolvendo problemas que eles enfrentaram em seus laboratórios para pesquisadores de todo o mundo.

O fotógrafo Lucas Cesario pretende se opor a falsas representações a comunidade queer negra do Rio, sua cidade natal — It's Nice That

Lucas Cesário nasceu em Realengo, um subúrbio carioca, negligenciado pelo estado e que conta com uma população, em sua maioria pobre e negra, quase sem acesso à arte e à cultura.
“Muitas vezes noto a expressão estranha no rosto das pessoas quando me veem fotografando pelos subúrbios como se não houvesse nada de interessante para eu fotografar. Isso tudo é consequência da colonização, e uma mídia que não é inclusiva e sempre olhou para esses lugares com negatividade.” E quando falamos especificamente sobre a população queer negra nos subúrbios, as coisas se tornam ainda mais problemáticas. “Por meio do meu trabalho, tento mudar a representação errônea da comunidade e dos espaços dos quais me sinto parte.”

"Design ruim é ruim para o planeta", diz Don Norman, o padrinho do UX — Design Week

Norman atuou como executivo em empresas como HP, na consultoria IDEO e como vice-presidente da Apple, onde cunhou famoso termo: “design de experiência do usuário”. O que ele enfatiza em suas provocações é o papel central dos designers frentes as mudanças e evoluções do mundo. Exemplos: “se estou projetando um hospital, será muito mais vital para mim considerar como o prédio pode atender pacientes e prestadores de cuidados do que considerar a estética.” Em relação ao papel reciclagem: “não devemos empurrar os produtos para a reciclagem, devemos ajudar a projetar sistemas que tornem mais fácil a reutilização e reparo de coisas.” O problema não é com o design de hoje — que é excelente — mas com o mundo em que está.

Caso você tenha perdido

É isso aí pessoal, nos vemos na próxima. E se você gostou ou quer conversar com a gente, é só deixar um comentário aqui!

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