P&D Labs Innovation Digest #54 Twitter à la Only Fans, resíduos de tequila vira tijolo e rádio vira podcast
Oi, leitores! Vocês mal sentiram a nossa falta e já chegamos com mais uma edição da Innovation Digest cheinha de conteúdos que movimentaram os portais de tecnologia. De nova funcionalidade no Whatsapp a carro autônomo com braço robô e startup com planos audaciosos de transformar dióxido de carbono em proteína. Como a gente não só promete como entrega tudo, está interessante demais esta edição, que foi escrita com a nobre missão de manter você por dentro de tudo o que está rolando. Vem ler o resumo com a gente ❤
Top Trends
Whatsapp lança pagamento com cartão — MobileTime
Como já era de se esperar, o WhatsApp passou a permitir que pequenas e médias empresas recebam pagamentos com cartão de crédito, débito ou pré-pago das bandeiras Mastercard e Visa de forma simples, objetiva e direta, ali mesmo no meio das conversas que as empresas estão mantendo com os seus clientes. O serviço está sendo desbloqueado gradativamente nos próximos meses, depois de autorizado pelo Banco Central no início do mês passado.
Por enquanto, apenas Brasil e Índia contam com a funcionalidade de compras com cartão disponível , justamente os dois maiores mercados do WhatsApp no mundo. A Meta, controladora do app de mensageria, ainda não informou quando a novidade será liberada para as grandes empresas que usam sua API nos seus bots de conversas. Vamos esperar!
Modelo Only Fans, Musk? — Olhar Digital
E semana após semana, Elon Musk segue nos surpreendendo com os seus planos de tirar, literalmente, o Twitter do vermelho. Assim como a rede social popular no entretenimento adulto, o Only Fans, o Twitter passa a permitir que os usuários cobrem assinatura dos seus seguidores, que desejarem acesso a conteúdos mais exclusivos, incluindo textos longos e vídeos. A medida foi anunciada no perfil do próprio Elon Musk nesta quinta-feira, 13 de abril.
Para acessar o serviço de assinatura, o usuário deve entrar na opção “Monetização” nas configurações do Twitter. O criador do conteúdo receberá todo o dinheiro pago pelos assinantes, exceto pelas taxas que as plataformas, como Android e iOS, cobram. Nos primeiros 12 meses, o Twitter não vai ficar com nenhuma porcentagem da receita, segundo Musk. O objetivo neste momento é testar o modelo.
Carro autônomo com braço mecânico — Blomberg
Cheio de pompa, a Didi Global Inc. apresentou, em um evento em Xangai, na China, um protótipo do seu veículo autônomo, o Didi Neuron, que tem uma pegada toda futurista, e conta inclusive com braço robótico que se estende para fora do carro para ajudar os passageiros a carregarem as suas malas no bagageiro.
O COO da Didi Autonomous Driving, Meng Xing, afirmou que os carros serão produzidos internamente na China e não pretende demorar muito para colocar os veículos no mercado, a perspectiva é que eles estejam rodando nas ruas de Xangai em 2 anos. “Esperamos que eles possam entrar na rede da Didi até 2025”, disse o executivo.
E não é de hoje que a Didi, controladora da 99, vem investindo no desenvolvimento de carros autônomos, a história começou lá em 2016, e desde então, a empresa vem recebendo investimento milionários, de fundos que creditam aos veículos o futuro do mercado automobilístico. Em partes de Xangai e Guangzhou, a Didi já oferece serviços de caminhões autônomos chamados Robotaxi e testa, desde 2021, caminhões não tripulados, chamados de KargoBot, entre Tianjin e a Mongólia Interior.
Microsoft leva ChatGPT para teclados Android e iOS — Mobile Time
E claro que não passaríamos uma edição sem falar sobre o ChatGPT, da OpenAI. O novo Bing, baseado na mesma tecnologia, chegou a teclados de aplicativos de dispositivos móveis, nesta quinta-feira, 13 de abril. O feito ocorreu por meio do SwiftKey, um teclado inteligente da Microsoft, que pode ser integrado a outros aplicativos compatíveis.
A integração com o novo Bing, que já conta com 100 milhões de usuários ativos mensais, segundo a Microsoft, ocorre por meio das funções chamadas de Pesquisa, Chat e Tom. O logo do Bing fica na parte de cima do teclado. Ao clicar no botão, aparecem as três opções, que auxiliam o usuário a escrever o texto por meio de IA generativa. O SwiftKey, pode ser definido como padrão do sistema operacional para ser usado em qualquer app que tenha suporte a teclado de terceiros e até cinco idiomas podem ser integrados.
Novos Negócios
Nada se cria, tudo se copia mesmo! — New York Magazine
A fórmula de ter vídeos curtos, legendados, com algum conteúdo pouco complexo e que fixa a atenção do público chegou com a rede social das dancinhas, mas não é mais uma exclusividade. A fórmula de sucesso a que nos referimos é do TikTok, mas no atual momento, de crise de identidade das redes sociais, poderia ser de qualquer outro aplicativo. É isso mesmo, não importa a rede, parece que o feed é o mesmo do TikTok.
E é nessa afirmação que esse artigo na New York Magazine é baseado, demonstrando que o TikTok conseguiu um feito: levou sua concorrência (incluindo Instagram, Snapchat e Youtube) a dançar conforme a sua música. E, independente das barreiras que possam ser impostas pelo governo americano, a empresa já venceu. Os grandes aplicativos sociais agora parecem cada vez mais iguais porque estão replicando a mesma fórmula do TikTok: recomendando conteúdo que seus usuários não pediram, feito por pessoas que não conhecem. A pergunta que fica agora é: onde os usuários vão ver postagens de pessoas que conhecem e interagir com elas?
Spotify transforma rádio em podcast — Techcrunch
E seguindo no mote do nada de cria, tudo se copia, vamos falar da nova tecnologia do Spotify que permite às emissoras de rádio transformar seu conteúdo de áudio em podcasts, que podem ser distribuídos pelas plataformas de streaming, o que está sendo chamando de “broadcast-to-podcast”. A solução é lançada em um mercado que teve um aumento de 50% no tempo em que as pessoas passaram ouvindo rádio transmitido online.
A solução é viabilizada pela tecnologia adquirida pela empresa no final de 2021, da australiana de tecnologia de podcast Whooshkaa. O conjunto de recursos será integrado à plataforma de tecnologia de podcast empresarial Megaphone do Spotify, onde já está sendo usado pela Fox Audio Network e outros clientes. O streamer explica que a tecnologia permite que as emissoras alcancem novos públicos em meio à mudança para o streaming de áudio, que agora pode estar afetando sua audiência.
Para oxigenar a cabeça
Bagaço da produção de tequila transformado em tijolo — Modern Farmer
A engenheira de origem indígena Martha Jimenez Cardoso, do México, resolveu usar a alta quantidade de resíduos da produção de tequila para transformar bagaço em tijolo para construções sustentáveis. Os tijolos não apenas reaproveitam os resíduos da produção da bebida, mas também são um excelente material de construção para o clima quente e temperado do México.
A solução foi desenvolvida levando em consideração que uma garrafa padrão de 0,75 litro de tequila produz mais de 11 quilos de bagaço (os restos fibrosos do agave piña após cozimento no vapor, esmagamento e fermentação) e cerca de 10 litros de vinhaça (o escoamento líquido do processo de destilação).
Em 2016, o Conselho Regulador da Tequila estimou que a indústria gera mais de 4,7 milhões de toneladas de bagaço e 2,5 bilhões de litros de vinhaça anualmente e essa quantidade deve crescer, com a popularização da tequila, que hoje é uma indústria de US$10 bilhões e que exporta para mais de 170 países. No entanto, há uma expectativa que a demanda internacional se amplie, chegando a mais de US$15 bilhões antes do final desta década.
NovoNutrients quer transformar CO2 em proteína
Não tem quem não diga que a prioridade deste século não seja encontrar alternativas para mitigar a quantidade de dióxido de carbono que é lançado na atmosfera. Há quem esteja desenvolvendo formas de bombeá-lo para o subsolo, outras empresas que veem potencial de transformá-lo em combustíveis líquidos e ainda as que tentam mecânicas para transformar em concreto para a construção civil, reduzindo o uso de cimento. A startup NovoNutrients, no entanto, foi além e realiza estudos para transformar o mal do século em proteína.
A empresa recebeu um investimento de US$3 milhões da Woodside Energy, uma das maiores empresas de petróleo e gás da Austrália, e se descreve como uma plataforma de fermentação, que é alimentada por micróbios e biorreatores. Os organismos transformam as emissões, juntamente com o hidrogênio e o oxigênio, em ingredientes de proteína de célula única completos, seguros e naturais para alimentos e rações.
Caso você tenha perdido…
Em um bate papo cheio de dicas e novidades sobre inovação, carreira e tecnologia, o pessoal do Luizalabs — o laboratório de inovação e tecnologia do Magalu — conversa semanalmente com diferentes convidados pra trazer um pouco de conhecimento e informação para você!
A gente espera que você tenha curtido a nossa news. Ficamos por aqui, mas a gente se vê na próxima edição. Um beijo!
