P&D Labs Innovation Digest #62 Cérebro da LU com IA e IA no Whatsapp, pagamento com a palma da mão, maquiagem virtual e muito mais na edição da semana

Pesquisa & Desenvolvimento
luizalabs
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10 min readJul 31, 2023

E aí, já colocou a roupa rosa e foi ver o filme da Barbie? Se tem um assunto que dominou a internet nesta semana foi o mundo cor de rosa da Barbie, mas como seria afinal viver em um ambiente monocromomático? A gente discute isso lá na sessão “Para Oxigenar a cabeça” e não para por aí: tem pesquisador usando fungo para criar produtos à prova de fogo, a nova moda da Geração Z que condena o uso do indicador nos smartphones e startup que está produzindo leite de vaca sem a exploração animal.

Vem ler o resumo desta semana :)

Top Trends

POC aqui de P&D testa IA para criar o cérebro da Lu — Estadão

Já pensou ter uma IA que te ajuda a escolher o melhor aparelho celular ou outro equipamento eletrônico durante a sua jornada de compra? Em breve você terá e será a Lu! Nesta semana, o time de P&D aqui do Luizalabs apresentou ao mundo, no Fórum Ecommerce Brasil, os esforços para criar o cérebro da maior influenciadora digital do mundo.

O projeto piloto, em que a Lu usa a Inteligência Artificial para recomendar o melhor celular para o usuário, a partir dos seus principais objetivos e necessidades, também foi detalhado em uma reportagem no Estadão nesta semana, contando um pouquinho de como a ferramenta funciona, utilizando tecnologia Vertex do Google. O time agora tem a missão de evoluir a ferramenta para recomendações de outros produtos, além de celulares, e também de incorporar a recomendação por voz.

Fique de olho nas próximas edições desta Newsletter que a gente vai compartilhar um pouquinho sobre as tecnologias envolvidas para desenvolver os próximos passos da ferramenta.

IA no whatsapp transcreve áudio e monta roteiro de viagem — Techtudo

Quantas vezes já bateu aquela preguiça de ouvir áudios longos dos amigos e familiares nos apps de mensageria? Usando a IA, a Luzia, promete facilitar a vida de quem não tem tempo para escutar áudios grandes demais, além de fornecer todo tipo de informação que pesquisamos no Google. A autora dessa Newsletter testou o serviço e ficou impressionada com a qualidade da transcrição dos áudios, que respeitou pontuação e entonação.

A partir de agora, os usuários do WhatsApp e Telegram têm o serviço à disposição, basta salvar o número (11) 97255–3036 no celular e iniciar uma conversa com a Luzia. Ao testar o serviço, enviamos um áudio de 3 minutos e ela imediatamente iniciou a transcrição que levou poucos segundos e apresentou texto idêntico ao áudio enviado. A ferramenta também transcreve e resume gravações e pode fornecer informações, semelhante ao chat GPT, como um roteiro de viagem. A gente pediu para ela organizar uma viagem de 3 dias pelo Peru, e as informações foram enviadas com um nível rigoroso de organização.

A ferramenta foi desenvolvida na Espanha e chegou ao Brasil nesta semana e você já pode começar a utilizá-la. Adiciona o número no seu telefone, comece a interagir, depois não esquece de contar pra gente o que achou da experiência de ter um robô assistente no seu whatsapp.

Geração Z e a condenação ao dedo indicador — New York Post

Depois de abolir o uso do emotion de “joinha” com o polegar e a carinha de feliz, a geração Z ataca novamente e agora o alvo é o uso do dedo indicador, que, segundo eles, é indicativo de pessoas velhas, os babys boomers. O comportamento foi explorado em uma pesquisa realizada pelos criadores do jogo Candy Crush , que tinha o objetivo de compreender as diferenças nas maneiras como diferentes gerações usam os dispositivos móveis.

O estudo descobriu que 80% dos integrantes dos Zers — aqueles nascidos entre 1997 e 2012 — usam seus polegares para navegar nos seus smartphones. Entre os millenials, os nascidos entre 1981 e 1996, o percentual é de 65%. A preferência pelo dedo é baseada no medo de ser ridicularizado, desencadeado por um aumento nos memes que zombavam dos boomers pela forma como utilizavam os seus aparelhos.

Como dito, a rolagem com o dedo indicador não foi a primeira atividade a ser criticada pelos jovens. No ano passado, a geração insistiu no cancelamento dos emotions de polegar para cima e rosto sorridente, alegando que eles representavam comportamentos “passivos agressivos” e “performativos”.

Rival do Twitter, Bluesky, lança novo modelo de feed — TechCrunch

Com a crise sem precedentes do Twitter, que nesta semana teve até uma mudança no nome e logo, do passarinho azul para um X, alvo de memes na internet, o Bluesky, uma das redes na lista de substitutas do microblog, adotou um novo feed personalizado e algorítmico.

Anteriormente, o aplicativo Bluesky apresentava postagens populares em um feed chamado “What’s Hot” — com conteúdo que seus usuários aspiravam encontrar. Agora, esse feed está sendo substituído pelo “Discovery”, que utiliza algoritmos personalizados para apresentar mais do que apenas conteúdo de tendências, mas também conteúdo de postagens de contas que o usuário segue e interage.

O sistema de recomendação não é novidade. Na verdade, é bastante similar aos feeds algorítmicos usados ​​por outras redes sociais, incluindo Twitter, com a linha do tempo For You; a página For You do TikTok, o Explore do Instagram ou feed de notícias renovado do Facebook. A ideia é que a combinação de postagens focadas em seus interesses e as de seu gráfico social mais amplo, crie um feed envolvente exclusivo para cada usuário.

Novos Negócios

Amazon expande pagamento por leitura da palma da mão — Ris News

Nada de celular, cartão e muito menos dinheiro para pagar as contas. A nova onda é usar a palma da mão para realizar os pagamentos das compras de supermercado. O método próprio de pagamento da Amazon, a partir da digitalização pela palma da mão, está sendo implementada em 65 lojas do Whole Foods em toda a Califórnia. Os dispositivos de checkout foram introduzidos em 2020 como parte do serviço de pagamento Amazon One, permitindo que os clientes paguem com o escaneamento da mão.

Para usar no supermercado que faz parte do conglomerado da Amazon, os clientes podem configurar o Amazon One registrando sua impressão em um quiosque ou em uma estação de ponto de venda nas lojas participantes. Para se registrar, é preciso fornecer um cartão de pagamento e número de telefone, concordar com os termos de serviço da Amazon e compartilhar uma imagem das palmas das mãos. Depois de concluído, o cliente pode levar os itens para o checkout, sem precisar usar a carteira ou celular, basta passar a mão sobre o dispositivo para pagar e sair.

Teste de maquiagem virtual na Dufry — Retail TouchPoints

De olho em como usar a tecnologia para resignificar a experiência de compra nos aeroportos, a Dufry se associou à solução de tecnologia AR Perfect Corp. para oferecer testes de maquiagem virtual às clientes na loja e na web para produtos de 15 marcas. A experiência já está disponível nas lojas da Dufry nos aeroportos de Heathrow e Stansted, em Londres, e também nos aeroportos de Manchester, Reino Unido e Barcelona, ​​na Espanha.

A solução surgiu para atender a uma necessidades das consumidoras que têm pouco tempo para realizar as suas compras em viagens, garantindo assim que elas poderão experimentar os produtos rapidamente. A expectativa da Dufry é levar a experiência virtual para mais aeroportos no futuro. Ao todo, a empresa atinge 2,3 bilhões de passageiros anualmente em 5.500 pontos de venda localizados em 1.200 aeroportos, rodovias, linhas de cruzeiro, portos marítimos e estações ferroviárias em todo o mundo.

“Temos trabalhado nessa colaboração com a Perfect Corp. como parte de nossa estratégia digital para revolucionar a experiência do passageiro”, disse Lee Adams, chefe de loja digital inteligente global da Dufry em um comunicado. “Essa tecnologia baseada em IA e AR faz parte da jornada de compras de nossos passageiros, ajudando-os a escolher facilmente os produtos perfeitos para eles, além de economizar tempo no aeroporto.

Leite de vaca sem exploração animal — Brazil Journal

O veganismo está escalando no Brasil. Ao todo, o país já soma quase 30 milhões de brasileiros, cerca de 14% da população. Apoiado nesses números, a quantidade de startups que tem empenhado esforços para criar opções a produtos de origem animal com tecnologias plant-based (que usa vegetais para simular o gosto da proteína) e o cell-based, que extrai uma única célula de um animal e a replica diversas vezes, também não para de escalar. A Future Cow está apostando num terceiro caminho: a fermentação de precisão para reproduzir o leite de vaca.

A startup brasileira pega o DNA da vaca, encontra a sequência genética com instruções de como fazer o leite, insere esses genes num hospedeiro (uma levedura ou fungo, por exemplo), e depois leva tudo para um tanque de fermentação e o leite está pronto — segundo a startup, com uma estrutura molecular exatamente igual à do leite de vaca tradicional.

A empresa já passou da fase de P&D e está produzindo seu leite num pequeno laboratório com um tanque de fermentação de 15 litros. “Estamos treinando e otimizando as células. A próxima etapa é escalar a produção e começar a testar o produto com fabricantes do setor,” afirmou o cofundador Leonardo Vieira. A startup trabalha no paralelo para conseguir as aprovações regulatórias na Anvisa para começar a vender seu produto no Brasil. Nos EUA, por exemplo, o FDA já aprovou esse tipo de produto.

A expectativa é finalizar os dois processos em até doze meses, quando a Future Cow pretende construir uma fábrica para escalar sua produção. A ideia da startup é ser apenas um fornecedor para a indústria, e não uma empresa de marca.

Para oxigenar a cabeça

Como seria viver em um mundo monocromático? — Scientific American

Há uma semana, o filme da Barbie chegou aos cinemas e tem sido um verdadeiro fenômeno de bilheteria. Mas você deve estar se perguntando: o que afinal o longa tem haver com a nossa Innovation Digest?! Vamos lá que já explico porque esse artigo da Scientific American foi o escolhido para abrir a nossa sessão de “Para oxigenar a cabeça” da semana.

Cientistas provocaram sobre como seria realmente viver em um mundo rosa monocromático? A neurocientista da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, Anya Hurlbert é categórica ao responder que não seria tão agradável aos olhos. Se uma pessoa fosse exposta a uma única cor durante toda a vida, essa cor seria processada como cinza ou neutro. A cor ajuda o cérebro a processar estímulos visuais e filtrar as informações. As várias tonalidades e tons podem diferenciar objetos e aumentar a memória.

Pesquisas sugerem que o cérebro dedica tanto espaço para processar cores quanto para reconhecer rostos. Para criar um mundo coeso, ele combina duas coisas: a cor do objeto que você está olhando, como uma casa ou um carro, e a luz ambiente ao seu redor, como a luz do sol. O objeto e a luz têm cor e interagem para produzir o caleidoscópio de matizes que vemos.

Fungos são testados para produzir material à prova de fogo — Springwise

Uma equipe de pesquisadores da Austrália está usando fungos para produzir materiais sustentáveis ​​à prova de fogo, que poderá ser utilizado na construção civil a fim de evitar tragédias ocasionadas por incêndio. Os cientistas passaram a cultivar fungos, usando materiais orgânicos renováveis ​​como matéria-prima para formar folhas finas que poderiam ser usadas para produzir revestimento retardador de fogo.

O material final é leve, fino e versátil, tornando-o adequado para várias aplicações automotivas, marítimas, aeroespaciais, e na construção civil. Ao ser exposto às chamas, o micélio forma uma camada protetora de carvão que resiste ao fogo e à transferência de calor e protege qualquer material inflamável. A expectativa é substituir os painéis de revestimento compostos que geralmente contêm plásticos, que produzem fumaça tóxica e espessa quando expostos ao fogo.

De acordo com os pesquisadores, o material à base de micélio queima de forma limpa, liberando apenas água e CO2 naturais. A equipe pretende desenvolver um tapete à prova de fogo ecológico capaz de ser usado para revestimento de edifícios. E para tornar o revestimento potencial sustentável e escalável, os pesquisadores também estão explorando colaborações com a indústria de cogumelos para usar resíduos de fungos na produção.

Caso você tenha perdido…

Em um bate papo cheio de dicas e novidades sobre inovação, carreira e tecnologia, o pessoal do Luizalabs — a área de inovação e tecnologia do Magalu — conversa semanalmente com diferentes convidados pra trazer um pouco de conhecimento e informação para você!

Um beijo e até a próxima :)

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