P&D Labs Innovation Digest #77 Google lança edital para negócios sociais, Linkedin de olho na lacuna do Twitter, o futuro dos modelos de IA, além dos robotáxis em NY

Nesta edição da nossa Innovation Digest, trazemos uma análise dos avanços dos modelos generativos, capazes de compreender contextos mais longos e intricados. Além disso, destacamos uma startup que utiliza inteligência artificial para analisar extensos conjuntos de dados, incluindo texto, imagens e emojis, visando identificar tendências emergentes e prever quais produtos terão maior aceitação no mercado.

E, por fim, também apresentamos uma notícia empolgante sobre os cientistas da Coreia do Sul, que desenvolveram uma abordagem inovadora para unir carne e arroz, resultando no que eles chamam de “arroz bovino”. O produto consiste em células de carne e gordura de gado incorporadas nos grãos de arroz, criando um grão branco-rosado que oferece uma mistura de sabores e nutrientes.

Top Trends

Google lança programa para apoiar IA em ONGs — Techcrunch

Alô, galera dos negócios de impacto, essa notícia é para vocês. O Google.org, braço social do Google, anunciou o lançamento do programa “Google.org Accelerator: Generative AI”, com um investimento inicial de US$ 20 milhões para apoiar organizações sem fins lucrativos que desenvolvem tecnologias baseadas em IA generativa. O programa oferecerá financiamento, treinamento técnico e orientação para 21 organizações, incluindo a Quill.org (uma ferramenta gratuita de alfabetização desenvolvida por uma comunidade de educadores e desenvolvedores de código aberto e sem fins lucrativos) e o Banco Mundial.

Além disso, equipes de funcionários do Google trabalharão em tempo integral com algumas organizações selecionadas, como Tarjimly, Benefits Data Trust e mRelief, por até seis meses. Essas organizações estão desenvolvendo ferramentas baseadas em IA para tradução de idiomas para refugiados, apoio na inscrição em benefícios públicos para pessoas de baixa renda e simplificação do processo de solicitação de benefícios SNAP nos EUA.

Annie Lewin, diretora de defesa global do Google.org, enfatiza que a IA generativa pode aumentar a produtividade e eficácia das equipes de impacto social, reduzindo significativamente o tempo e os custos. Embora a maioria das organizações veja o potencial da IA para melhorar suas operações, muitas enfrentam barreiras como falta de ferramentas, conscientização, treinamento e financiamento. No entanto, há um aumento no número de startups sem fins lucrativos focadas em IA, evidenciado pelo interesse crescente em iniciativas éticas, como o laboratório de ética de IA AlgorithmWatch.

LinkedIn está de olho na lacuna deixada pelo Twitter” — Newspointapp

O LinkedIn está expandindo suas funcionalidades para incluir jogos e vídeos curtos no seu feed, com o objetivo principal de atrair usuários que estão órfãos do antigo Twitter. Com a fragmentação das redes sociais após mudanças como a compra do Twitter por Elon Musk e sua subsequente transformação em “X”, o LinkedIn está tentando preencher um espaço deixado pelo passarinho azul. Enquanto o Twitter perde usuários e enfrenta concorrência de outras redes como Mastodon e Bluesky, o LinkedIn busca se destacar como uma alternativa, especialmente para aqueles que buscam uma experiência mais profissional.

Com um investimento significativo da Microsoft na rede social profissional e um crescimento constante em sua receita, o LinkedIn está buscando expandir seu público sem comprometer sua identidade como uma rede voltada para negócios e networking profissional. O Techcrunch divulgou recentemente que o LinkedIn confirmou a fase de testes para a introdução de um feed de vídeo curto, mudando assim o seu cenário convencional. Esta mudança sinaliza uma mudança em direção ao conteúdo dinâmico e ao envolvimento interativo dentro da comunidade da plataforma. É importante lembrar que a plataforma já chegou a implementar a funcionalidade de storys há um tempo, mas sem resultado, descontinuou a funcionalidade.

E todo esse murmurinho está acontecendo após a descoberta de Austin Null, diretor de estratégia da McKinney, que se deparou com um protótipo de feed de vídeo na interface do LinkedIn. O recurso projetava oferecer aos usuários o acesso a um fluxo vertical de vídeos sucintos, porém impactantes, revolucionando potencialmente a forma como as informações são consumidas e compartilhadas na plataforma hoje.

O futuro dos modelos generativos de IA — Techcrunch

A indústria da IA está avançando rapidamente, isso é inegável, e o próximo passo do avanço dos modelos generativos está na compreensão de contextos mais longos e complexos, no entanto os especialistas do tema já sabem que isso iria exigir muita computação para a sua efetividade. De olho nisso, a startup de IA AI21 Labs lançou o Jamba, um modelo generativo que promete eficiência mesmo em grandes janelas de contexto.

As janelas de contexto referem-se aos dados de entrada considerados pelo modelo antes de gerar a saída. Modelos com contextos maiores tendem a compreender melhor o fluxo de dados, mas também requerem mais poder computacional. O Jamba, no entanto, pode lidar com até 140.000 tokens em uma única GPU, oferecendo uma abordagem eficiente para a geração de texto em vários idiomas, incluindo inglês, francês, espanhol e português.

O que torna o Jamba uma ferramenta que merece atenção é a combinação de duas arquiteturas de modelo: transformadores e modelos de espaço de estados (SSMs). Enquanto os transformadores são conhecidos por sua capacidade de raciocínio complexo, os SSMs são mais eficientes computacionalmente e capazes de lidar com sequências de dados mais longas. O Jamba utiliza o Mamba, um modelo de código aberto desenvolvido por pesquisadores de Princeton e Carnegie Mellon, como parte de sua arquitetura.

Segundo Dagan, líder de produto da AI21 Labs, o Jamba oferece três vezes mais rendimento em contextos longos em comparação com modelos baseados apenas em transformadores de tamanhos comparáveis. Embora lançado sob a licença Apache 2.0 como uma versão de pesquisa, o Jamba não possui salvaguardas para textos tóxicos ou preconceituosos. No entanto, uma versão aprimorada e mais segura está prevista para as próximas semanas.

Novos Negócios

Robotáxis: os carros autônomos em Nova York — The Verge

A cidade de Nova York está dando as boas-vindas aos robotáxis, mas com uma condição: eles devem ter motoristas de segurança humanos presentes o tempo todo. O prefeito Eric Adams anunciou um novo processo de licenciamento para empresas interessadas em testar veículos autônomos nas ruas da cidade, em um esforço para garantir a segurança e a eficiência desses testes. O programa de licenciamento exigirá que as empresas demonstrem experiência anterior em testes de veículos autônomos e forneçam detalhes sobre qualquer incidente ou acidente ocorrido durante os testes anteriores. Além disso, as empresas deverão ter motoristas de segurança presentes nos veículos durante todo o teste, com o objetivo de evitar problemas semelhantes aos enfrentados em outras cidades, como São Francisco, em que veículos autônomos sem condutores causaram preocupações com segurança e congestionamento.

Embora algumas empresas, como a Waymo e a Cruise, tenham implementado veículos autônomos de nível 4 (totalmente sem motorista) em outros lugares, a cidade de Nova York não permitirá esse tipo de teste em suas vias públicas. A presença de motoristas de segurança será uma exigência, e os veículos autônomos deverão cumprir todas as leis de trânsito e regulamentos de segurança. A expectativa é que o novo programa de licenciamento em NY atraia montadoras e empresas de tecnologia interessadas em entrar em um dos maiores mercados de táxis do mundo.

Boa ideia ou não?A IA responde — Springwise

A nova onda da IA é analisar vastos conjuntos de dados, incluindo texto, imagens e emojis para identificar tendências emergentes e prever quais produtos terão maior aceitação no mercado. O uso de análise preditiva, processamento de linguagem natural e visão computacional permite que a Ai Palette compreenda e interprete as preferências dos consumidores em diferentes idiomas e contextos culturais. Isso proporciona às marcas uma vantagem competitiva ao criar conceitos de produtos e estratégias de marketing alinhadas com as demandas do mercado.

A capacidade da plataforma de avaliar os conceitos de produtos quase em tempo real oferece às marcas insights valiosos para tomar decisões informadas sobre quais ideias têm maior potencial de sucesso. Isso pode resultar em economia de tempo e recursos, ao evitar investimentos em produtos que não atendem às expectativas dos consumidores. Como primeiros resultados da funcionalidade, a AI Palette está lançando as novas linhas de produtos, Concept Genie e FoodGPT,

Arroz Bovino: proteína animal produzida em laboratório — DW

Cientistas da Coreia do Sul desenvolveram uma nova abordagem para combinar carne e arroz, criando o que eles chamam de “arroz bovino”. O produto consiste em células de carne e gordura de gado incorporadas nos grãos de arroz, resultando em um grão branco-rosado que oferece uma mistura de sabores e nutrientes. A ideia por trás do experimento é oferecer uma opção alimentar que combina os benefícios da carne e do arroz, ao mesmo tempo em que aborda preocupações ambientais e de saúde associadas ao consumo excessivo de carne vermelha.

A carne cultivada em laboratório, inserida nos grãos de arroz, promete uma fonte rica de proteína e gordura, complementando os nutrientes já presentes no arroz. Embora alguns questionem o valor nutricional, apontando que a quantidade de carne cultivada presente no produto final é relativamente baixa em comparação com o arroz, os cientistas por trás da inovação destacam seu potencial como um superalimento futuro. Eles afirmam que o processo de cultivo do arroz híbrido produziria menos gases de efeito estufa do que a produção convencional de carne bovina, tornando-o uma opção mais sustentável para o meio ambiente.

O arroz junta-se a uma crescente lista de produtos de carne cultivada em laboratório, representando uma tendência na indústria alimentícia. Com mais pesquisas e desenvolvimentos nessa área, a expectativa é que alternativas para as fontes tradicionais de proteína animal continuem a surgir, oferecendo opções mais sustentáveis e éticas para os consumidores.

Para oxigenar a cabeça

Superciclo tecnológico, já pensou sobre isso? — Meio e Mensagem

O “superciclo tecnológico” de Amy Webb se refere a um período de expansão impulsionado por três tecnologias principais: inteligência artificial, ecossistemas conectados e biotecnologia. Nesse contexto, o superciclo não é definido por uma única tecnologia, como ocorreu em ciclos tecnológicos anteriores, mas sim pela interseção dessas três tecnologias. Esse foi o assunto central da futurista Amy Webb e que foi um dos pontos centrais do SXSW (South by Southwest), que ocorreu este mês, em Austin, no Texas.

O primeiro ponto destacado por Webb é o avanço da IA, que está se tornando cada vez mais sofisticada e capaz de realizar tarefas complexas, como a criação de pensamentos complexos a partir de ideias básicas. Ela também alerta para os riscos associados à disponibilização desenfreada de modelos de código aberto, que podem ser utilizados de forma negativa. O segundo destaque trata-se fos ecossistemas conectados, resultando na evolução dos large language models para large actions models. Essa seria uma tendência capaz de permitir uma interação mais avançada entre humanos e máquinas. A futurista também aponta para o surgimento de dispositivos “conectáveis”, como aparelhos vestíveis capazes de captar dados visuais e sensoriais humanos em tempo real.

Por fim, a speaker apresentou a biotecnologia como uma área que está expandindo os limites da tecnologia tradicional, incluindo a criação de sistemas baseados em material biológico e culturas de células cerebrais humanas para reproduzir o processamento de informação. Isso pode levar ao desenvolvimento de tecnologias de interface cérebro-máquina mais avançadas. Durante a fala, Webb criticou também a abordagem dos “Messias da tecnologia”, que tentam abordar os desafios do superciclo tecnológico de maneiras variadas, muitas vezes com foco no livre mercado. Ela destaca a necessidade de uma intervenção cuidadosa para lidar com os possíveis impactos negativos dessas tecnologias e garantir que elas sejam utilizadas para o bem da sociedade como um todo.

“Paul Rhodes: A Jornada Cômica Rumo ao Adult Swim” — Its Nice that

O texto descreve a jornada do diretor e ilustrador australiano Paul Rhodes para chegar ao Adult Swim, um canal de televisão conhecido por sua animação engraçada e irreverente. A história começa quando Rhodes envia um e-mail para o Adult Swim com uma proposta para um curta-metragem de animação, sem grandes expectativas de resposta. Surpreendentemente, o Adult Swim aceita a proposta e nasce assim o curta-metragem “Best Friend Style”.

O curta faz parte da seção Smalls do Adult Swim e segue dois amigos tentando entrar em uma boate com identidades falsas. Rhodes se inspirou em suas próprias experiências de juventude para criar a história, e o estilo característico de sua arte é evidente no curta. Ele trabalhou em parceria com Haein Kim, um artista e animador com quem já colaborou em projetos anteriores. Além disso, o texto destaca a participação do vizinho de Rhodes no curta, adicionando um toque pessoal e autêntico à produção. Rhodes descreve o processo de criação como uma mistura de suas próprias memórias e momentos engraçados, que ele transforma em piadas para o curta.

Caso você tenha perdido…

Em um bate-papo cheio de dicas e novidades sobre inovação, carreira e tecnologia, o pessoal do Luizalabs — o laboratório de inovação e tecnologia do Magalu — conversa semanalmente com diferentes convidados pra trazer um pouco de conhecimento e informação para você!

Esses são os dois últimos episódios:

É isso aí pessoal, espero que vocês gostem da nossa ID, deixem as suas palminhas para dar aquela ajuda no engajamento.
Um beijo e até a próxima :)