Projeto de extensão da UEPB promove exposições fotográficas em escolas na Semana da Consciência Negra
Durante a Semana da Consciência Negra, o projeto de extensão “Luz Negra”, vinculado ao Departamento de Comunicação Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), está promovendo exposições fotográficas e ações de valorização da cultura afro-brasileira em duas escolas na rede pública municipal de Campina Grande. As atividades começaram quarta-feira (20), na Escola Otávio Amorim, nas Malvinas. A escola Padre Antonino, no bairro de Bodocongó, recebe a programação no sábado (23), a partir das 9h.
Estão sendo expostas as fotografias produzidas pelos estudantes das duas escolas que participaram do ciclo de oficinas de fotografia do projeto “Luz Negra”. Ao todo, participaram mais de 200 estudantes de sete turmas. As oficinas aconteceram no período de setembro a novembro deste ano, com encontros semanais. Participam do projeto estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental que aderiram à proposta mediante autorização dos pais.
As exposições integram a programação de cada escola para a Semana da Consciência Negra. Cada turma escolheu um tema, sempre relacionado à cultura afro-brasileira. Os ensaios fotográficos produzidos pelos estudantes abordam questões como a percussão nos ritmos afro-brasileiros, editorial de moda sobre turbantes, maquiagem com influência afro, fotografia esportiva, fotografia artística e as religiões afro-brasileiras.
Além da apresentação das fotos, o projeto também monta um estúdio fotográfico em sala de aula, similar ao usado durante as oficinas. Na Escola Padre Antonino, por exemplo, a equipe do “Luz Negra” levará turbantes para que os participantes da programação de sábado possam usar, do mesmo modo como foi feito durante os ensaios fotográficos. Já na Escola Otávio Amorim, o projeto contou com a participação da maquiadora Michelly Gonçalves, especialista em estética para pele negra.
“Com a fotografia podemos discutir temas que muitas vezes são vistos como tabu, principalmente entre os adolescentes. É possível promover a valorização dos vários tipos de beleza e contribuir para a construção da identidade e da melhoria da autoestima, numa fase onde essas questões estão no cotidiano dos estudantes. Eles conseguem se expressar de modo mais livre com uma câmera na mão”, avalia o professor Rostand Melo, coordenador do projeto.