Encontro Inter-Religioso acontece na Aldeia ‘Marakànã’
No último domingo, 05 de dezembro, realizou-se um encontro inter-religioso à convite da Universidade Indígena Aldeia Maracanã, como desdobramento do encontro feito no dia 20 de Outubro, com o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Don Orani Tempesta, com o objetivo de chamar atenção do governador Claudio Castro para a demanda dos povos indígenas ao território da Aldeia, e de demais ocupações coordenadas pela Frente Internacionalista dos Sem Teto — FIST.
Claudio Castro, governador do estado do Rio de Janeiro em exercício desde o afastamento de Wilson Witzel — afastado por escândalos de corrupção envolvendo verbas para o combate a pandemia — se coloca como um cristão católico sensível as demandas por moradia do povo fluminense.
No dia 16/09/2021, o Governador anunciou lançamento do programa “Casa da Gente” (encurtador.com.br/hPV17), que viabiliza a construção de 50 mil imóveis no Estado do Rio de Janeiro, para moradias populares.
O programa anunciado tem previsão para uma frente de obras em 2022, ano em que ocorre as eleições gerais no país.
Levando tal anúncio em consideração, a Aldeia Maracanã, assim como a FIST, vem buscando chamar a atenção do governador através de diversas manifestações, com ações como este ato inter-religioso que contou com a presença de vários representantes religiosos, assim como seguidores de religiões diversas.
O objetivo do encontro foi o combate a intolerância religiosa e reivindicar o repasse do território da Aldeia Maracanã para a criação da Universidade Indígena, assim como repasse às ocupações Carlos Lamarca e Antônio Louro que são do estado com concessão real de uso.
Nesse sentido o encontro ocorreu em clima de fraternidade: ainda antes das celebrações, o pajé da Aldeia Maracanã já ministrava a medicina ancestral aos convidados que chegavam e ajudavam na arrumação, assim integrantes da Fist puderam tratar cabeça e outros sintomas da epidemia de influenza que assola a cidade capital do Estado, com alguns resultados instantâneos.
Os anfitriões da Aldeia escolheram uma área mais arborizada para receber os convidados que aos poucos chegavam na manhã quente.
Uma vez acomodados, deu-se inicio as celebrações, e com a palavra o Cacique Urutau Guajajara, que após explicar o sentido do nome Maracanã da Aldeia, entoou cânticos seguido por seus parentes.
Estavam representadas as religiões católica, evangélica, mulçumana, umbanda e wicca. As falações giraram em torno dos temas de igualdade de fé enquanto irmandade e diversidade, justiça, espirito de luta e ancestralidade.
