Como assim a Fátima e o William se separaram?
Sinal de que o fim do mundo realmente se aproxima a.k.a “será que eu era fã da Fátima?”
Antes da gente começar, dá uma lida nesse editorial aqui. O evento acontece no Brasil também e tem prioridade na história política do país.
Depois volta aqui!
Gente, juro que fiquei triste com a notícia da separação do casal global Fátima Bernardes e o William Bonner. Será que isso significa que sou fã dela? Ou será resquício da infância moderada pela babá eletrônica?
Não estou preparada para me confessar fã. Acho uma definição muito séria que infere muita credibilidade ao ser admirado. Mas sim, fiquei triste. Também desconfio de quem pensa o contrário. Sério mesmo!
O lance é que, para mim, esses dois meio que representavam um relacionamento feminista que deu certo. (Eu sei que estou viajando aqui, but bare with me fora second!)
Concordo que o William Bonner é mega coxinha e dirige o editorial mais tendencioso do planeta. Concordo que a Fátima Bernardes não tinha nada que ser apresentadora de programa matinal (o treinamento é diferente, e ela ainda tem escrúpulos que atrapalham o fluxo do programa). Mas a gente sabe como a vida é. Provavelmente, a Fátima nem queria apresentar o tal do programa e o William queria se assumir PTista, mas aceitaram as “oportunidades” para poder escolher a marca do leite das crianças. Limitações da vida real...
Eu acreditava que os dois eram o seriado romântico da vida real, bem na veia Shonda Rhymes.
Ela suburbana entrou em faculdade pública, estagiou na Globo e virou uma das jornalistas mais populares do país. Ele o sujeito galã inteligente, mas meio dorky do jeito que a gente gosta.
Quantos "Arquivos Confidenciais" assistimos domingo à tarde? Quantos "Arquivos" documentaram como eles se conheceram? A forma honesta eles assumiram a infertilidade quando os gêmeos nasceram?
Fátima e William eram a personificação de um conto de fadas feminista. Eu cresci acreditando na fábula da menina "pobre" e inteligente (nerd, né? Vamos assumir o bullying, meu povo!) que conquistou o país de forma honesta e merecida. Eu assisti essa novela (quem nunca?) e torcia para que eles ficassem velhinhos juntos. Eu queria ver a versão Hebe da Fátima, eu queria ver o William Faustão! Mas juntos, como casal, Happilly Ever After...
Eu sei que tudo isso que eu estou dizendo é mega cafona...
(- Minha filha, como assim? Dois diplomas em comunicação e mesmo assim te enganaram?)
... Mas também vejo o Silver Linning nessa separação.
O lance é que a vida real é difícil pacas, que ser feminista não é resposta para tudo e as pessoas... você sabe... mudam! Casamento dá trabalho. Quando digo que não quero tomar aquele drink depois do trabalho porque quero curtir o meu marido...
(- Vocês estão casados há dez anos? Já passaram muito tempo junto. Se vocês tivessem filho, aí era diferente!)
... É porque a gente se curte muito e gosta de conversar para se manter são. É porque a gente acredita em votos de casamento e sabe que a manutenção da instituição é trabalhosa e as pressões externas — carreira, filho, família, neve, etc. — são capazes de separar o mais leal dos casais.
Talvez seja esse mesmo o conto de fadas da vida real... Amar é entender seus próprios limites e, de forma elegante, assumir que falhou, que se perdeu. É entender o tal do de-coupling e simpatizar com os amigos que decidem to decouple. É parar de ficar triste quando as pessoas se separam. É ver o crescente número de divórcios como um símbolo de libertação feminina.
Então, Fátima, sua linda! Me liga se a deprê bater. Te dou umas dicas sobre como dar a volta por cima e acreditar em amor à primeira vista outra vez!
William, liga pro Myke! Ele topa jogar golfe e vocês até podem ir na Gentlemen’s Expo! Te empresto o meu brô…
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