Terrarios: Aprenda a cuidar do seu jardim

Veronica Heringer
MadameHeringer
Published in
3 min readJul 28, 2015

Desde pequena, eu achava que era a menina do dedo verde. Sim, o livro foi um dos primeiros que li na vida, mas também porque no Brasil tudo que se planta dá. Já no hemisfério norte, descobri que as estações impactam diretamente a floresta particular de qualquer um. E se você, assim como eu, realmente ama as suas plantinhas, férias numa estufa local é uma alternativa a se considerada quando o termômetro marca -40 graus.

Depois de algumas lágrimas e decepções, eu resolvi me aprofundar e aprender mais sobre paisagismo antes de “sair matando mais por aí.” Sabendo que baixa manutenção e alta resistência é um pre-requisito, encontrei o curso perfeito numa floricultura local especializada em terrarios e plantas aéreas (pense samambaias, não na personalidade das plantas).

As experiências frustradas mostraram que só as mais fortes sobrevivem o meu “dedo verde.” No entanto, a possibilidade de expressão artística foi o que me motivou a investir os salgados $150 dólares num workshop de duas horas em terrarios. Como dessa vida a gente só se leva as experiências e boas memórias, lá fui eu pro West End aprender sobre terrarios.

Plantas aéreas: A solução de 99.99% dos seus problemas

No ensino fundamental aprendemos que TODA planta precisa de solo e que as raízes são a parte mais importante e frágil da saúde das nossas amiguinhas, certo? Se você ainda pensa assim, eu preciso te apresentar às minhas amigas aéreas. Com mais de 650 tipos documentados, as plantas da família Bromeliaceae Juss. recebem a nutrição que precisam através das folhas. As raízes geralmente surgem quando elas precisam criar raízes num único lugar. Parênteses para as biólogas de plantão: Se vocês começarem, eu assino o abaixo-assinado para trocar o nome das plantas aéreas para Expat Plants.

Bromeliaceae Juss-plantas aereas

As vantagens de se trabalhar com as Bromeliaceae Juss. estão diretamente relacionadas à plataforma criativa que essas plantinhas possibilitam. Já que o solo deixa de ser um pré-requisito, areia, terra, pedras passam a ser bases aceitáveis na criação de um terrario. Outra vantagem é a leveza da planta (se assoprar voa!). Para um habitante leve um vazo mais robusto é desnecessário e por isso vê-se muitas plantas aéreas em globos de vidro que podem ser pendurados ou não.

Água, mas com moderação

Como você já sabe Bromeliaceae Juss. são facinhas, mas elas reclamam (ou desistem) quando são afogadas. E como são também delicadas, o afogamento acontece de forma bem sutil. É indicado usar água destilada em spray para regar o terrario. Se depois de 5 minutos da regada a sua plantinha ainda estiver molhada, vale retirar o excesso de água com papel toalha.

As plantas aéreas gostam de luz, mas não curtem o sol de meio-dia direto nelas. Luz indireta mas abundante é sempre a melhor pedida. As Bromeliaceae Juss. também não gostam muito de frio. Mas se na sua cidade o clima registrado é sempre positivo ao longo do ano, você pode cultivá-las ao ar livre.

Terrario por Veronica Heringer

Próximos Passos…

Agora que eu posso fingir que sei algo sobre terrarios, já sei que a nova moda vai virar obsessão. A empolgação é tão grande que agora até curso de design em vidro eu quero fazer… E se você não quer entrar na minha, mantenha a distância de qualquer link ou recomendação do trabalho da Paula Haynes.

Veronica Heringer

A Madame Heringer original, Veronica Heringer é Estrategista Digital, feminista e expat assumida. Viciada em mídias sociais, Veronica começou o blog como um diário pessoal em 2006.
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Veronica Heringer
MadameHeringer

1/2 Brazilian, 1/2 Canadian, Digital Strategist, proud Gen Y-er. Opinions are my own! writes @madameheringer & @halfhalf2016