Literatura Açoriana
Colecção Transeatlântico — Companhia das Ilhas
A Companhia das Ilhas, editora livreira independente sediada na ilha do Pico, aposta num vasto repertório de obras escritas por autores que são, a grande maioria deles, açorianos.
O catálogo da editora está, portanto, dividido em várias colecções. É a própria editora que afirma: “Os nossos autores, os “géneros” e as colecções são escolhas de gosto pessoal. Articulam-se com a opção de editar “géneros” negligenciados por grande parte das editoras portuguesas — poesia, teatro, ensaio, conto.”
De entre as várias colecções, começamos por destacar a Transeatlântico, sendo esta constituída pelas seguintes obras (entre outras) de poucas páginas:
“Às Vezes é um Insecto que Faz Disparar o Alarme”
de Nuno Costa Santos
Género: Poesia
Um livro de poesia de um dos mais destacados autores dos Açores. Às Vezes é um Insecto que Faz Disparar o Alarme aborda temas do quotidiano, ou do modo como transformar as nossas vivências em palavras partilháveis. Uma linguagem simples e depurada, mas segura e rigorosa, que nos cativa para a leitura.
“O Boato. Introdução ao Pessimismo”
de Alexandre Borges
Género: Aforismo
«Uma sinopse é uma promessa eleitoral. Uma declaração de amor eterno. O candidato numa entrevista de trabalho. O agente imobiliário vendendo a casa. A candidata a Miss Mundo falando do sonho de salvar as crianças de África. É o melhor de nós, em poucas linhas — a perfeição que não resiste a algo maior do que um affair. E não há qualquer mal nisso — desde que feito entre adultos. Esta é a sinopse d’ O Boato, uma introdução ao pessimismo em 187 aforismos. Ou desaforismos. Entre Deus e um moinho de café.» (Alexandre Borges)
“Outros Nomes, Outras Guerras”
de Urbano Bettencourt
Género: Poesia
«O presente volume contém uma selecção de poemas que vêm desde o seu primeiro livro, Raiz de Mágoa (1972) até ao recente África frente e verso, e inclui ainda uma breve sequência de inéditos.
A poesia de Urbano Bettencourt requer o nosso reencontro de tempos a tempos, uma sucessão de olhares e pensamentos. Não se trata tanto aqui de uma poesia de conceitos ou ideias, mas sim de uma ideia ou conceito de poesia onde tudo cabe ou tudo poderá ser sugerido e insinuado, onde o melhor da nossa tradição literária converge para que possamos redefinir constantemente quem somos e donde vimos.» Vamberto Freitas (do Prefácio)
“Estórias Açorianas”
de Carlos Alberto Machado
Género: Ficção (Short Story)
“Estórias açorianas” é uma colectânea de contos com temáticas açorianas. Costumes e comportamentos de gentes dos Açores, através de uma escrita que está na linha da grande tradição secular do humor e da visão poética dos nossos quotidianos.
“Tratados”
de Mário T Cabral
Género: Poesia
“Tratados” é um delicado livro de poesia de um autor já firmado nas letras açorianas. Este novo livro é organizado em similitude com os Livros de Horas cristãos. Repartido em Dia e Noite, os seus poemas, de um belo rigor formal, falam de temas que lhe são caros, como a salvação ou o tempo (a isto não será alheia a sua formação religiosa e filosófica).
Outros livros da mesma colecção:
- “O escuro anterior” de Luís Carlos Patraquim
- “Os filhos de Mussa Mbiki” de José Pinto de Sá
- “Signos de Camões” de Luís Maffei
- “Ainda há a chuva a cair” de Manuel Tomás
- “Porto do mistério do norte” de Dimas Simas Lopes
- “Novas estórias açorianas” de Carlos Alberto Machado
- “Rufina” de Miguel Soares Albergaria