DOC | “A Condessa Sangrenta ” — Mais Horror.

Sadismo e homicídios orquestrados pela realeza.

E ai galera do terror, todos vivos ainda??

Se dependesse dessa garota em questão não estriam haha.

Hoje venho contar um pouco da história de uma das várias pessoas sádicas que aparecem durante a história da humanidade, a condessa de uma família renomada, chamada Isabel Báthory, também conhecida como a “Condessa sangrenta”, entre outros apelidos carinhosos.

Nascida em 07 de agosto de 1560 no castelo de Csejte, reino da Hungria
(atual Eslováquia), de família nobre e muito bem de vida, diga-se de passagem, Isabel viveu em uma época em que turcos haviam conquistado a maior parte do território húngaro, esta servia de campo de batalha entre os exércitos do Império Otomano e a Áustria dos Habsburgo. A área era também dividida por diferenças religiosas (na verdade tudo sempre foi assim, não é mesmo?) a família Báthory se juntou à nova onda de protestantismo que fazia oposição ao catolicismo romano tradicional (sensatos ao meu ver).

Sofria várias convulsões que podem ter sido provocadas por epilepsia quando criança. Na época, um dos tratamentos da epilepsia consistia em passar sangue de um alguém saudável nos lábios do doente (amém a medicina moderna haha), ou injetar um misto de sangue de uma pessoa saudável e um pedaço de osso quando as convulsões acabavam.

Isabel, ficou noiva aos 11 anos de idade (cara, que coisa errada) e fo morar no castelo dos Nádasdy, família de seu futuro esposo (ainda acho errado haha), aos 14 anos, ela engravidou de um camponês, assim teve que esconder a gravidez até o final, era uma garotinha de nome Anastácia, a qual foi dada a um casa de camponeses supostamente pagos para fugir com o bebe.

com uma cerimonia de mais ou menos 4.500 convidados, ela se casou em 1.575 ao auge de sues 15 anos (se não me engano boy dela tinha uns 19), como ela tinha um “título” real maior que o de seu esposo, ela não assumiu o sobrenome da família dele, não que essa informação seja interessante aqui agora, e viveu com seu esposo até 1604, quando ele morreu em batalha.

Antes desse acontecido, iniciaram-se as ondas de sadismo da nossa protagonista, quando ela começou a usar de seus modos de “disciplinar” seus empregados, o que na época até que era um ato comum entre as famílias nobres, porém ela ia além, não puna apenas os que descumpriam as ordens, ela geralmente inventava desculpas para dar seu show de torturas, em alguns lugares dizem que ela espetava alfinetes em vários pontos sensíveis do corpo das suas vítimas, executava suas vítimas fazendo-as se despir e andar pela neve, despejando água gelada nelas até morrerem congeladas. Quando estava no castelo, seu marido juntava-se a ela nesse tipo de comportamento sádico, e até lhe ensinou algumas modalidades de punição, por exemplo, tirar a roupa de uma mulher e cobrir o corpo de mel, deixando-o à mercê de insetos.

Uma homenagem BR a história, o filme Countess Erzebeth Bathory (2004)

Após a morte de seu marido, ela arrumou uma companheira de encrencas, uma mulher chamada Anna Darvulia (supostamente uma praticante de magia negra, mas isso são apenas boatos porque não tem muita coisa sobre ela por ai) essa viveu com ela por cerca de 5 anos, como amantes, até sua morte, foi quando a condessa se junto a Erzsi Majorova, viúva de um fazendeiro local, Majorova parece ter sido responsável pelo declínio mental final de Isabel, incentivava ela a incluir algumas mulheres da nobreza entre suas vítimas e bebiam o sangue delas, ainda em 1609, ela matou uma jovem nobre e encobriu o fato dizendo que havia sido um suicídio. também se conhece outros quatro fieis cumplices dela, Janos (ou “Ficzko”), um doente mental que ajudava no ocultamento dos cadáveres, Helena Jo, cuidadora dos filhos de Isabel, Dorothea Szentos (ou “Dorka”), uma velha governanta e Katarina Beneczky, uma jovem lavadeira.

Isabel foi presa no dia 26 de dezembro de 1610, eu imagino o como era complicado uma investigação naquela época galera, alguns meses antes tinha-se dado inicio as investigações, porem, o verdadeiro objetivo das investigações não era conseguir uma condenação( acho que eles nem procuravam por homicídios), e sim tomar seus bens e suspender o pagamento da dívida contraída ao seu marido pelo rei Matias II. A investigação foi conduzida pelo seu primo , o Conde Thurzo (conveniente não?) que teve duas sessões, sendo que na segunda, foi apresentada como prova um diário encontrado, onde constavam os nomes de mais ou menos 650 vítimas escritos com a letra da condessa, sádica o suficiente até para contabilizar as vítimas. A própria Isabel não participou dos julgamentos e as mortes de seus cumplices foram determinadas pela sua participação nas torturas.

A Condessa Drácula, de 1971

Dorka, Helena e Erzsi tiveram seus dedos cortados e foram queimadas ainda vivas enquanto Ficzko foi decapitado e queimado e Katarina foi liberada (provavelmente devido ao seu romance com um juiz).

Isabel foi condenada à prisão perpétua, viveu seus últimos tres anos em um aposento do castelo de Čachtice, sem portas ou janelas, a única comunicação com o exterior era uma pequena abertura para a passagem de ar e de alimentos. foi encontrada morta 21 de agosto de 1614 e sepultada nas terras dos Báthory.

Em resumo, seu julgamento em si não tinham prova, além do diário feito por ela, na realidade, as pessoas que serviram de testemunhas, tiveram que responder sobre intensa tortura (legal você condenar uma pessoa que torturava outas pessoas, torturando mais pessoas ainda, os ser humano é um lixo mesmo), o rei Matias II proibiu que se mencionasse seu nome nos círculos sociais e os registros de todo o processo foram escondidos para que evitassem algum tipo de escândalo entre seu povo.

O Castelo Čachtice foi abandonado em 1708 e continua em ruínas, porém foi restaurado alguns partes e reaberto ao público em 2014. Os visitantes podem fazer uma caminhada de 45 minutos até as ruínas da cidade de Čachtice, onde há também um pequeno museu na praça principal e há também a ser visitado a igreja onde seu corpo foi inicialmente enterrado.

Então galera, espero que tenham curtido a até aqui e se vocês já ouviram falar do caso, ou tem informações que não constam aqui, chamem no Twitter ou no Instagram, ficarei feliz em complementar aqui com sua interação, sem falar no puta feedback que da a nossa equipe.

Agora vem a parte massa das referencias!!

Devido aos supostos crimes, a condessa virou uma personagem histórica com uma senhora influencia na arte, temos obras literárias, no cinema e em músicas, os dois últimos itens foram os que me renderam a pesquisa rápida para entender o porque tantas referencias a essa mulher malvada, como por exemplo, meu querido Creadle of Filth, o qual fiz uma matéria sobre seu filme trash a pouco tempo atrás, lançou em 1998 um álbum chamado “Cruelty and the Beast”, todo dedicado a ela, suas capas oficiais estão retratando uma mulher banhada em sangue, eles fazem referencias a ela em vários álbuns.

Alias, como a lista de bandas e músicas é muito extensa, vou deixar aqui um mix pra vocês, com direito até a BR fazendo sua homenagem a ela.

A principio, fazem uma referencia a ela em um jogo mobile, como duas personagens jogáveis, sendo esse o “Fate/Grand Order”.

Também temos as referencias no cinema como no filme “Cerimônia Sangrenta” de 1973, ou o mais famoso o clássico “Countess Dracula”, filme feito pela Hammer em 1971 entre outros ao longo dos anos. Ela também é usada como inspiração para a personagem interpretada pela Lady Gaga na quinta temporada de “American Horor History” (série foda!) O mesmo seriado recriou a cena do suposto banho de sangue de Báthory, na 4ª temporada (Freak Show), na qual Dandy, entra em uma banheira com o sangue de sua própria mãe.

A é, as ruínas de seu castelo foram utilizadas como cenário no clássico de terror Nosferatu de 1922 do diretor Friedrich Wilhelm, que teve uma refilmagem em 1979, dirigido por Werner Herzog.

Realmente o sadismo dela rendeu muito para a cultura haha.

E você? É tão apaixonado por terror quanto nós? Apoie o nosso trabalho, Siga a Mais Horror no: Youtube, Instagram, Facebook e Twitter