Mais que Jogo | Fim de campanha
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O mais jogado
A pandemia não deu trégua para ninguém. E forçando a galera a ficar em casa, nada melhor que um jogo cooperativo em modo campanha para ser explorado ao máximo!
Gloomhaven (Galápagos Jogos) caiu como uma luva. Além disso, confirmou-se envolvente desde seus mecanismos até sua história… embora terminada sem uma conclusão pontual.
Sim! Terminei Gloomhaven contados 2 meses, 90 partidas, 67 cenários e mais de 156h acumuladas. O que uma quarentena não faz? De fato foi uma experiência incrível a cada desbloqueio de personagens e decisões!
Não posso deixar de lembrar do uso do aplicativo de ajuda que agilizava o controle da partida. Mas ao fim, esgotando as possibilidades de cenários, senti que merecia uma forma mais épica de fechar a campanha no estilo “Parabéns por ter chegado até aqui. Vocês são os heróis de Gloomhaven!”
Lógico que isso não tirou o brilho desse jogão! Conseguiu passar Terraforming Mars (Meeple BR Jogos), até o momento com 103h de partidas em 2 anos — e meu favorito até hoje!
Por outro lado, terminar Gloomhaven reabriu caminho para outras caixas voltarem à mesa e me incentivaram a investir em novos acessórios. Entre eles, os pouco conhecidos overlays.
Os overlays
Bem… Eu já conhecia alguns jogos com esse tipo de acessório — no Great Western Trail (Conclave Editora) de um amigo e no meu querido Terraforming Mars.
Overlays simulam os tabuleiros de jogador de duas camadas que alguns jogos possuem e até trazem beleza já que normalmente são feitos de acrílico. Só dificulta tirar foto com o reflexo que fica… (Risos)
Peguei para o Endeavor, Projeto Gaia (ambos Grok Games), Century: Maravilhas do Oriente (Devir Brasil) e Clãs da Caledônia (Meeple BR Jogos). Nada indispensável, mas ajuda bastante na organização e naquelas esbarradas acidentais.
O overlay do Endeavor veio com uma área pequena para a disposição de tokens coletados que não encaixavam. Achei que deveriam ser do tamanho da área desenhada no tabuleiro, mas a loja onde comprei fez questão de me enviar um novo com o espaço suficiente para o encaixe.
O destaque fica pelo overlay do Projeto Gaia que inclui adaptações para raças que possuem alteração na disposição de prédios ou bacia de poder. Ficou perfeito!
A saída da coleção
Mas nem tudo são cubos… Alguns jogos podem não funcionar com a gente, ou com o grupo de jogatina. Para essas ocasiões nada melhor que fazê-los ter um novo dono — aquele que joga e cuida bem!
Prehistory (Meeple BR Jogos) entrou na minha estatística de jogos vendidos, porém sem sofrimento. Após três partidas me convenci que não era para mim. Levemente confuso da iconografia aos seus mecanismos — e como eles se relacionam.
Notem: a proposta de uso de cubos que são recursos em momento e pontos de ação em outro me atraiu fortemente! E muitos reviews falam muito bem do jogo. Só que a proposta revelou-se atemática e desordenada.
Eu sentia um esforço grande para entender as estratégias de aproveitamento das ações e não me sentia na Idade da Pedra. Tudo bem. O jogo não precisa ser temático para ser bom. Entendo perfeitamente! Mas quando a mecânica torna-se um trabalho sem sentido, não vejo prazer nisso.
Ressalto a coloração muito parecida dos pequenos cubos — podem ser um pesadelo para quem tem daltonismo. Resolvi passar esperando que faça a alegria em outra casa. Importante é entender que nem todo jogo é para a gente ou para sua galera. Ainda bem que existe todo um universo de jogos por aí!
E você? Algum jogo não foi o que você esperava?
