Para inovar, vencer vícios geracionais é fundamental
Na Psicologia, o conceito de “transgeracional” aponta para o caminho trilhado por sucessivas gerações. Isso quer dizer o seguinte: costumes, crenças e padrões que são comuns para um grupo de pessoas. Essas marcas podem não ser notadas claramente, mas estão presentes e se repetem ainda que de maneira inconsciente.
No universo das empresas, algo muito parecido acontece. Quando se analiza uma “cultura empresarial”, verifica-se modelos que se repetem no ambiente, no tempo e em círculos sociais de trabalho. A hereditariedade não é de todo ruim porque demonstra que a família — ou a empresa — adaptou-se e criou formas de se reinventar e sobreviver. O problema aparece quando vícios são levados adiante de geração em geração porque isso pode representar um choque entre antigos e futuros grupos de colaboradores.
A cultura das startups é focada em atender muito bem o cliente, e elas não medem esforços para promover soluções — mesmo que isso custe o fim do negócio e a criação de um inteiramente novo.
Veja o exemplo das gerações Y e X, que entram nos ambientes das companhias e começam a questionar tudo o que encontram pela frente. Os “novos integrantes” da empresa não tem medo de expor os problemas com naturalidade e se recusam a aceitar o silêncio e as respostas vagas — como as do tipo “é assim que fazemos”.
Outro exemplo: a ascensão das startups, que começam a dominar mercados com agilidade nos processos. Essas novas empresas são motivadas em fazer diferente para resolver problemas internos — e entregar a melhor solução para os consumidores. A cultura das startups é focada em atender muito bem o cliente, e elas não medem esforços para promover soluções — mesmo que isso custe o fim do negócio e a criação de um inteiramente novo.
A chave para romper com os vícios geracionais está na inovação. Por ela, startups conseguem evoluir quebrando um passado ineficiente. Logo, procurar os padrões não-ditos e ineficientes numa cultura empresarial é o caminho para processos inovadores e, consequentemente, para garantir a continuidade de uma corporação.
Por: Igor Botelho