TRÊS DIFERENÇAS DA GESTÃO TRADICIONAL E ÁGIL

Leonardo Matsumota
Management and IT Innovation
4 min readAug 7, 2019

Como os projetos são gerenciados na sua organização? Qual o melhor modelo de gestão? Tradicional, ágil ou híbrido? Este tipo de discussão já não é nenhuma novidade em eventos, artigos, treinamentos e internamente nas empresas. Ambos trazem ótimos resultados, claro que o contexto e a aplicabilidade são determinantes para eleger o que utilizar dentro do seu ambiente.

Os métodos ágeis ganharam notoriedade há algum tempo na área de gestão de projetos e desenvolvimento de sistemas, vide a necessidade de time to markete adaptação as mudanças (principalmente na forma em fazer negócios). E assim, a adoção de modelos que habilitam estas mudanças na mesma intensidade estão sendo cada vez mais alavancados dentro das organizações.

Além dos valores do manifesto ágil, outros princípios como teamwork, time boxing, colaboração e a flexibilidade para responder a mudanças rapidamente são abordagens importantes utilizadas em desenvolvimento de sistemas. O planejamento iterativo e incremental, dividido em Sprints, caracteriza períodos de trabalho curtos e inspeção frequentes para melhorar a previsibilidade e controle de riscos.

Já na gestão de projetos tradicional, o ciclo sequencial, composto das fases de iniciação, planejamento, execução, monitoramento/controle e encerramento, enfatiza o processo linear, documentações e o upfront planning. A tríplice restrição em projetos tradicionais é estruturada com o tempo e custo variáveis, já o escopo fixo (com alterações via change request). O PMBOK descreve as principais técnicas e ferramentas utilizadas por gerente de projetos.

Após esta breve contextualização da Gestão Ágil e Tradicional, compartilho abaixo três diferenças que considero determinante:

1. TRADICIONAL X ÁGIL: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Entre as características de cada gestão (figura abaixo), pode-se destacar a definição dos requisitos e o escopo que de um lado (tradicional) exige maior esforço no início do projeto, e por outro lado (ágil) ao longo do projeto com possibilidade de ajustes contínuos.

2. TRÍPLICE RESTRIÇÃO: ESCOPO, TEMPO E CUSTO

A tríplice restrição é outro aspecto que caracteriza a Gestão Tradicional e Ágil de forma bem distinta. Se na gestão tradicional, o escopo é fixo, tempo e custo são variáveis, na gestão ágil, o tempo e custo são fixos, e o escopo é variável (continuamente refinado e discutido nas cerimônias).

3. BUILD INCREMENTALLY: ACCELERATE VALUE

Tradicional

  • Estágios lineares e sequenciais
  • Planejamento no início e documentação detalhada
  • Envolvimento do negócio no início e no final

Incremental Delivery

  • Ciclos contínuos
  • Times colaborativos, pequenos e alto desempenho
  • Desenvolvimento incremental
  • Evolução contínua
  • Envolvimento do negócio do começo ao final

Em outra visão comparativa dos gráficos abaixo:

  • Visibilidade e transparência em todo o ciclo.
  • Adaptabilidade: em métodos ágeis, o planejamento iterativo facilita a adaptação em caso de mudança de requisitos.
  • Business Value: o planejamento e feedback contínuo trazem entrega de valor desde o início do projeto em gestão ágil. No modelo tradicional, o compromisso maior é com o cumprimento do plano.
  • Risco: os built-in controls, utilizados em gestão ágil, minimizam o risco de produzir desperdício.

Alguns números interessantes sobre o esforço despendido em elaboração de requisitos, mudanças em relação ao escopo e utilização das features colocadas em produção (que raramente são utilizadas).

CONCLUSÃO

Por fim, observamos que ao utilizar a gestão tradicional (waterfall), os requisitos são bem detalhados na fase inicial do projeto, possuindo um maior custo de mudança. É recomendável para projetos de baixa incerteza nos quais a solução já é conhecida (poucas mudanças de escopo) ou quando não faz sentido implementações incrementais, por exemplo, em sistemas com módulos altamente dependentes.

Por outro lado, a Gestão Ágil, segundo pesquisa, destaca-se nos seguintes aspectos:

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