Escoando o estresse em palavras

Porque todos temos dias ruins…

Elaine Gouvea
Manual da Vida Prática
2 min readDec 1, 2016

--

Estou cansada. Toda vez que não estou feliz ou não me sinto bem, se estou estressada ou qualquer outra coisa que não seja tão simples quanto dizer amém para o que os outros falam — e com um sorriso no rosto — tudo se repete. Aquela onda de irritabilidade dá um caldo no meu ser.

Me incomoda quando sinto que tentam me calar. Gera revolta, estresse e rugas, o que não é bom para a saúde e nem para a aparência. Aparência. Quando passamos a dar tanta importância a ela? Não sei. Tento me lembrar aqui e me parece que foi desde sempre. Temos que ser perfeitos, atenciosos e pacientes a todo instante, pois todos ao nosso redor são feitos de vidro, daquele bem frágil e vagabundo. Somos tão fúteis! *a começar por esse post. :)

Não sou paciente, só para ver filmes chatos que, supostamente, têm conteúdo. Meditação, num passado nem tão distante, me gerava uma ansiedade maior que a angústia que nos leva a recorrer a ela. Equilíbrio. Uma busca infinita. Incansável. Incomensurável.

A loucura me atrai. Talvez seja por isso que alguns me confundam com uma pessoa zen. Tenho consciência do meu pavio curto e tento controlar isso. Tento ouvir mais que falar, nem sempre consigo (quase nunca, quando estou perto dos mais próximos, confesso). Morar “em outra língua” facilita ouvir, talvez por faltar palavras… Mas não é só isso: observar mais quando o meio é diferente torna-se mais fácil e natural. Observar pessoas. Silêncio.

Não vou me anular, nunca! E também não vou fazer coisas só para agradar os outros. Será que não se tem mais o direito de viver uma TPM?

p.s.: não gosto de cheiro de comida no quarto, imagina o de curry…

--

--