Hello, world!

Ou como começarei a contar umas histórias

Elaine Gouvea
Manual da Vida Prática
3 min readDec 2, 2015

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Há anos venho alimentando a ideia de escrever um blog, mas ela nunca se concretizava. Que mensagem eu quero passar? Será que consigo manter um ritmo constante de escrita? Qual seria meu tema? Como escolher um nome original, que já informe sobre o que vou escrever? Eram tantas dúvidas, minha cabeça fervilhava e nada saía.

Ontem decidi que de hoje não passaria: fiquei surpresa ao me dar conta de que já tinha a primeira história praticamente acabada há pelo menos uns 15 dias. Por que é que não a publiquei antes? Deve ser o incômodo de sair da sua zona de conforto para encarar o desconhecido…

Quando saí da casa dos meus pais, pensei em escrever um blog sobre decoração: era o que eu mais lia na época e que fazia meus olhinhos brilharem. Até hoje é um tema que me agrada e me faz perder a noção do tempo, mesmo não tendo mais um teto para chamar de meu — doido, não?!

Outra ideia seria escrever sobre Qualidade de Software para, quem sabe, alavancar minha carreira profissional. Vislumbrava em escrevê-lo em inglês, idioma universal e que me daria projeção ao tentar uma oportunidade fora do país, sonho! E isso sempre me soava como continuação de um trabalho sério — algo nada atrativo para se fazer nas horas de descanso.

Minha maior pretenção era escrever crônicas do cotidiano, tipo uma coluna de jornal com fatos aleatórios que viessem à cabeça, puras invenções ou fragmentos de observações da vida alheia. Na verdade, foi assim que comecei a escrever. Meu namorado na época me apresentou ao 750 words e foi amor à primeira vista! Mas, além de não conseguir manter a promessa de escrever todos os dias durante um mês, nada que escrevi se parecia com crônicas de jornal. Era mais um despejo de ideias, pensamentos e palavras soltas até, para se esvaziar um pouco a mente (mais ou menos como essa história aqui está ficando). Bastante terapêutico por sinal, recomendo a todos!

Percebi que o que mais me distanciava da criação do meu blog era definir um tema para ele. Até que me mudei. Prometi ser mais participativa nas redes sociais, para família e amigos continuarem com a sensação de me terem por perto. Não fiz isso!

As amigas me deram a ideia de escrever um blog sobre como é viver nos States. Não gosto muito: não sou nada prática para dar conselhos sobre como fazer isso e aquilo. Imagina eu, falando sobre como tirar visto de permanência, autorização para trabalho, número do seguro social… Ui!

Daí comecei a pensar no quão difícil seria a minha adaptação em terras estrangeiras, especialmente num país onde tudo é para ontem. Foi quando me lembrei de um nome que escolhi ainda no ano passado, para o meu blog de decoração: “Manual da vida prática”. Seria uma coletânea de dicas de decoração no estilo DIY e repaginada de coisas antigas, para mesmo sem grandes investimentos financeiros, se conseguir decorar sua casa com muito estilo, do seu jeito. Resolvi manter o nome, mas com uma pegada diferente. Queria mesmo era usar a sigla MVP (sim, bem Lean, meio nerd!). De repente ficou claro sobre o que eu escreveria. Vou montar um manual para a pessoa mais sem prática do mundo sobre como conviver com as diferenças culturais de um povo tão objetivo.

Então vai ser isso: uma mistura de desabafo, estilo de vida, relatos de viagens e as dificuldades e alegrias dessa minha nova vida. Espero que vocês gostem!

Beijos da Nani

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