Olho a foto e vejo a menina.

Menina que muitas e muitas vezes se calou.

Menina que tantas outras vezes se soltou.

Pode essa menina lidar assim com a vida? Ora furacão, ora brisa leve…

Um dia ela me contou que era sereia e que nas profundezas se escondia. Escondia os prantos não derramados e os cantos não cantados.

Sabe ela que tudo que não sai machuca por dentro.

Sabe ela que o medo pode parecer mais forte, mas é só disfarce, ele é o medo oras! Tem mesmo medo de tudo!

Um dia ela vai deixar rolar os prantos não derramados e vai cantar os cantos não cantados e vai ser mar agitado e vento soprado.

Um dia ela vai.