Entrevista com a escritora: Elizza Barreto
Elizza Barreto lançou seu novo livro de poesias, “Afetos em Ruínas”, em março de 2020, pela editora Penalux. Esse é o segundo livro da autora que também já publicou um romance intitulado “Cappuccino de Chocolate com Creme”.
A escritora baiana tem 24 anos, é psicóloga e ama escrever. Inclusive, Elizza explora sua formação em seus livros: sua primeira personagem é estudante em psicologia, algo que à aproxima bastante da autora.
Ela também é curadora do projeto Mulheres e Literatura, que promove eventos no meio literário.
Exultante com seu novo livro, Elizza me concedeu uma entrevista. Vamos ler?
Nome completo: Elizza Santana e Silva Barreto
Nome de autora: Elizza Barreto
Elizza me conta um pouco sobre o seu novo livro? Sobre o que ele é? De onde veio a ideia dele?
É um romance de formação em prosa poética. Acho que é assim que posso definir, mas talvez, tecnicamente, esteja errado. Ele conta um pedaço pequeno da minha história, em poemas, elucidando a construção e transformação dos meus afetos, passando pelos contextos familiar, social, amoroso e pessoal. Eu sempre quis publicar um livro com meus poemas, desde os mais antigos, de quando eu tinha 14 anos, no entanto percebi que o arquivo que estava desenvolvendo me convidava para algo maior. Fui me dando conta de algumas repetições nas temáticas e como elas sempre me levavam à infância, acessando afetos antigos, presentes e futuros, idealizados. De alguma forma o livro ganhou forma e foi pro mundo assim, em Ruínas.
Quando você percebeu que queria ser escritora? E como foi para você perceber que já é uma?
Acho que nunca quis ser escritora, mas me dei conta de que era, aos 14 anos, quando publicava poemas, textos e fanfics na internet. Saber que eu tinha leitores e que minhas palavras repercutiam, de alguma forma, do outro lado da tela, me deu um conforto enorme. Eu fazia literatura através da escrita, logo, era escritora.
Qual foi a sensação de ter seu primeiro livro em mãos?
O Cappuccino de Chocolate com Creme foi a concretização do meu maior sonho: publicar um livro. No dia do lançamento eu estava eufórica, nada podia derrubar meu sorriso estonteante. Meu livro estava ali, nas mãos de outras pessoas, era o que importava.
Como tem sido a recepção do público a você até agora?
Positiva, graças a Deus! Sinto que meu público é variado, desde adolescentes a adultos mais maduros, o que me deixa muito contente. O público de Afetos em Ruínas é um tanto diferente, confesso, ele chama mais atenção de jovens adultos. Porém, o que conta para mim é o potencial transformador da literatura que faço. Se ela não provoca algo, qual o sentido? Que permaneçam apenas 3 leitores, mas que eles sintam algo ao ler o que tenho para contar. Números nunca foram a minha praia, embora eu tenha me iludido uns meses atrás.
Me conta: o que você acha do mercado editorial brasileiro para os autores brasileiros?
Ainda bastante restrito e privilegiado.
Quais os planos de escrita para o futuro?
Estou trabalhando no próximo romance: vai ser diferente de tudo que já publiquei.
Quais gêneros você gosta mais de ler?
Romance, poesia, contos e crônicas.
Me conta seus 3 autores favoritos e que lhe influenciaram como escritora?
Colleen Hoover, Míria Moraes e Iris Figueiredo
Faz um convite para o público conhecer seu novo livro.
Oi gente, se vocês quiserem chorar um pouco (ou muito) e olhar para feridas que estão abertas, mas vocês acham que estão fechadas, procurem um psicólogo. O meu livro provoca movimentos e viagens no tempo, é parecido, mas não é.
Quem quiser comprar seus livros, como podem fazer?
Estão à venda no site da Amazon e da Editora Penalux OU direto comigo, no Instagram @elizzabarreto — nesse caso vai autografado e com mimos.
SINOPSE de Afetos em Ruínas: A primeira coisa que a poesia pode fazer pela pessoa que a escreve é salvá-la. A segunda, é salvar aquela que lê. Os afetos em ruínas de Elizza Barreto nos oferecem essa sensação de salvamento, de cuidado e de atenção frente ao que nos machuca. Uma poesia que nos traz uma infinidade de medos, angústias, rejeições e solidão, ao mesmo tempo em que nos relembra sobre a força que guardamos dentro de nós. […] Seus versos tocam nossos sentimentos mais profundos como uma música nostálgica de infância: ao fundo dos nossos ouvidos, das nossas cabeças, das nossas histórias. Os afetos de Elizza estão em ruínas, não porque desmoronaram, embora caiam vez ou outra com o balanço da vida. Estão em ruínas porque a vida exige uma reconstrução toda vez que achamos que não podemos ser inteiros novamente. Míria Moraes