Quando o amor morreu

Adriana Souza
Maria do Ingá
Published in
Jan 26, 2022

Quarta-feira é primavera
A árvore da sua sacada deve ter florido.
Sibipiruna majestosa, sinto saudades.
O amor é flor amarela e confusão de sentimentos.
Me lembro dos beijos sem vontade
A confiança inabalável de que éramos iguais.
Nunca fomos.
Cutuco ferida ainda aberta.
Fácil de sangrar
A traição é sola de sapato com grude
Flor pisada, colada no calcanhar
Meu rosto continua salgado
Quarta-feira é primavera.
Não te amo.

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