O que é Earned Media?

Éber Gustavo
MarkeTHINKers
4 min readApr 10, 2020

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Foto de fauxels no Pexels

Earned Media (também conhecida como Mídia Espontânea) é quando sua empresa ou marca consegue a atenção de veículos de comunicação, clientes e outra pessoas sem que tenha que pagar para isso.

As estratégias de mídia espontânea geralmente são lideradas pela equipe de assessoria de comunicação e relações públicas. No entanto, seus clientes exercem um papel fundamental nesta estratégia.

O boca-a-boca é a melhor e mais barata maneira de divulgar seus produtos e serviços. Quanto um cliente recomenda sua empresa para amigos e conhecidos pela alta satisfação com seus sobre seu produto e serviço para outro cliente, ele está espontaneamente ajudando-o no processo de venda. E a melhor e mais fácil venda é quando seu cliente recomenda seus serviços.

Além do boca-a-boca, há outros canais de comunicação a ser usado na mídia espontânea:

  • Jornais
  • Revistas
  • Programas de televisão
  • Programas de rádio
  • Parceiros de negócio
  • Blogueiros

Por que é interessante?

O custo de trabalhar a mídia espontânea é baixo e pode gerar bons resultados financeiros. O alcance é outra vantagem. As redes sociais possibilitam que uma informação seja apresentada rapidamente para um grupo exorbitantemente grande em pouquíssimo tempo.

A recomendação de seus produtos através de clientes é uma grande vantagem competitiva. Encurta o processo comercial e não há custo envolvido — o custo é manter a satisfação dos clientes existentes e os novos sempre alta.

Uma equipe qualificada de assessores de comunicação ou relações públicas ajuda a explorar da melhor maneira como usar os veículos tradicionais de comunicação como programas de televisão, jornais, revistas e rádios. Estes veículos estão em contato com milhões de pessoas diariamente e contribuem para alavancar a marca de sua empresa, serviços prestados e venda de produtos.

Desafios

A facilidade divulgar informações positivas sobre sua empresa ou marca para milhões de pessoas é semelhante para comunicar algo negativo ou distorcido.

A comunicação tem que ser muito clara para evitar ruídos ou entendimentos contrários ao esperado. É preciso ter uma equipe que saiba gerenciar uma crise rapidamente caso ela aconteça.

A exposição em mídia espontânea é massiva. As redes sociais e sites especializados em reclamação dos consumidores deram voz para que os consumidores reverberem suas insatisfações. Em segundos, milhares de pessoas podem ter acesso a uma informação negativa sobre sua empresa.

Resultados

Vamos analisar duas empresas que trabalharam muito bem a mídia espontânea, economizam milhões ao usar os veículos de comunicação e seus clientes para divulgar seus produtos.

Apple

A Apple é o melhor caso de empresa que se beneficia de mídia espontânea. Famosa por lançar produtos inovadores ano após ano, os veículos de comunicação, blogueiros e influenciadores especializados em tecnologia estão sempre investigando qual será o produto a ser lançado antes do evento anual da empresa, Worldwide Developers Conference (WWCD) da Apple.

O evento WWDC da Apple cria um mistério sobre o que será lançado. Aguça a curiosidade dos clientes e cria expectativas no imaginário de especialistas. Quando o evento acaba, é iniciado automaticamente um alvoroço para saber o que será lançado no próximo ano.

Com o passar do tempo, os clientes se tornaram fãs e parte da equipe de assessoria de comunicação. Falam em nome da empresa, defendem a marca, ajudam a vender o produto para compradores incertos e consomem os serviços associados aos produtos com felicidade.

A comunidade é tão representativa que existem um ecossistema que mantém os clientes fiéis informados das novidades da marca. São blogueiros, revistas especializadas, influenciadores e outros que usam as notícias sobre a Apple para atrair a atenção de seus consumidores.

Rei do iPhone

O segundo caso está associado ao primeiro. Não pela marca, mas pelo produto e altíssimo nível de serviço prestado ao cliente: Rei do iPhone.

A vida de Wissam Atie, dono da loja Rei do iPhone, mudou completamente quando o publicitário Caio Rossoni entrou em seu boxe na Santa Efigênia.

Caio achava que precisava trocar a bateria de seu iPhone e foi na rua Santa Ifigênia, em São Paulo, para encontrar uma opção mais barata para a manutenção de seu celular. No primeiro quiosque que consultou, a mudança da troca da bateria teria o custo de R$ 180,00. Caio decidiu continuar a busca por um quiosque que tivesse um custo menor.

Foi quando parou no quiosque do Rei do iPhone. Atie, dono do quiosque, observou que o celular tinha entrada do carregador estava suja. Limpou e entregou a Caio funcionando. Quando Caio perguntou o valor do serviço, Atie respondeu que não iria cobrar; solicitou apenas que o recomendasse.

Caio publicou em sua conta no Facebook uma foto de seu celular funcionando com o cartão da loja. O resultado na época foi o seguinte:

  • Aproximadamente 73.000 compartilhamentos;
  • 333.000 curtidas;
  • Mais de 200 pessoas querendo ser atendidas no dia seguite.

Uma “simples” publicação que mudou a vida de um empreendedor. Com aproximadamente 120 cliente sendo atendidos diariamente e cerca de R$ 500.000,00 por mês.

“Atender bem é o primeiro mandamento para prosperar nos negócios” — Wissam Atie, dono da loja Rei do iPhone

Hoje Wissam Atie conta com um espaço maior para atender seus clientes e, seguindo a filosofia de atender bem, Wissam Atie mima seus clientes da seguinte maneira:

  • 25 cadeiras no estilo sala VIP de aeroporto
  • Televisão de 50 polegadas
  • Cafezinho
  • Avaliação técnica gratuita
  • Promessa de ter o problema resolvido em até 2h e na sua frente

Incrível o poder que um cliente bem atendido e satisfeito tem, não é?!

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Éber Gustavo
MarkeTHINKers

Ajudo empresas na América Latina a desenvolverem estratégias e comunicações hiper-personalizadas com seus clientes.