Diálogo — A importância da pausa.
Algumas pessoas me dizem que faço pausas prolongadas durante as conversas.
Após ouvir isso de 2 ou 3 pessoas de círculos diferentes, passei a ficar atento a esse momento, durante as minhas falas.
Notei que o motivo principal é o cuidado com as palavras. Dou importância ao significado de cada uma delas e como posso ser interpretado. E quando percebi isso, passei a estar mais presente, cuidando das palavras e suas interpretações e as minhas pausas ficaram mais longas ou mais breves, mas elas quase sempre estão lá.
Entendo que a pausa, muitas vezes, gera desconforto ao interlocutor. Creio eu que seja por hábito.
Afinal, culturalmente uma conversa tem pouca escuta ativa, porém esperamos por algum feedback. Seja o “aham” ou “eu também”, ou qualquer sinal de que estamos sendo ouvidos. E essa necessidade de pronta resposta, provoca a falta de atenção ao o quê está sendo dito.
Há algum tempo comecei a estudar sobre diálogo, escuta, empatia, atenção plena, presença e outros assuntos relacionados. E cheguei a um autor que fala sobre a pausa como estratégia de inteligência emocional, no livro: EQ Applied: The Real-World Guide to Emotional Intelligence.
Justin Bariso é autor, palestrante, consultor e colunista, Justin atua em áreas como liderança, gestão e inteligência emocional e desenvolveu a “regra do silêncio incômodo”.
“Costumo falar muito rápido e me meti em problemas por isso”
“Essa regra sempre foi uma ferramenta valiosa de inteligência emocional porque permite equilibrar raciocínio e emoção, em vez de reagir baseado apenas em sentimentos”, diz o autor, que aponta alguns benefícios que a prática regular dessa regra pode proporcionar:
- Silenciar o mundo externo
- Exercitar seu raciocínio
- Chegar à raiz do problema com maior eficácia
- Dar respostas mais bem pensadas e mais profundas
- Equilibrar suas emoções
- Estar em harmonia com seus valores e princípios
- Dizer o que realmente quer dizer
- Aumentar sua confiança
Jeff Besos (Amazon) e Tim Cook (Apple) são líderes de grandes corporações e também fazem uso da estratégia de prestar muita atenção às palavras que dizem.
O autor enfatiza que nos momentos de pressão pensamos e agimos de forma diferente de quando temos mais tempo. Daí eu reflito e convido a você a fazer o mesmo.
Quanto tempo é necessário para refletir e potencializar algum dos itens apontados acima?
O que pensa sobre as pausas, e a importância das palavras?
Você exercita sua inteligência emocional?
Conta pra mim...
Justin Bariso foi repetidamente reconhecido pelo LinkedIn como “Top Voicer” em gestão e cultura de trabalho. E no link aqui você pode ver um trecho sobre a regra criada por ele.