Podemos contar com você para disseminar o que aprende pra sua própria quebrada?

Foi assim que meu então futuro tutor no MoL — Master Of Leraning (Mestre da Aprendizagem) iniciou a mensagem onde me disse que eu havia sido selecionada para uma das 40 bolsas nesse curso de nome bonito.

Eu fiquei muitíssimo feliz e minha felicidade tinha motivos. Dez dias antes de receber essa notícia, eu iniciava um projeto de leitura, só com a cara e a coragem, mentira, eu tinha também meu sobrinho com um bom celular na mão e bons conhecimentos em redes sociais, tinha meu marido que disse; “que bonito”. Tinha minha família. Nossa, eu tinha muito mais que cara e coragem né.

Me chamo Alessandra, tenho 32 anos, de São Paulo/Capital-Zona Oeste. Sou educadora e tia de 7 sobrinhos e 1 sobrinha. Durante a pandemia do Covid — 19, que fez o mundo parar, ou quase, fui passar a quarentena na quebrada (nome que damos as periferias de SP), na casa da minha sogra.

Aqui no bairro não temos muitas opções de lazer (mesmo antes da quarentena) então eu costumo ir pra laje pra tomar um sol e ler meu livros, ver as crianças brincando. Um dia bateu uma angústia sabem (essas que geral sentem às vezes) fui ler poesia, que me fez muito bem! Aí senti vontade de compartilhar com umas amigas a leitura, pedi pra um dos sobrinhos gravar e disseram que ficou legal, então, pensei; “ah, porque não ler mais uma, e mais outra, e tem aquele texto que amo, e aquele outro, etc. etc. E assim, criamos o projeto familiar “PoesiaNaLaje”📚🧱🥰.

E quando recebi a pergunta; “Podemos contar com você para disseminar o que aprende pra sua própria quebrada?”, eu disse, SIM!! Fácil, já até comecei, só preciso aprender como melhorar, disseminar e continuar.

Agora estou aqui, já compartilhando o pouco que aprendi. Aprendi que vencer a vergonha e o receio já é meio caminho andado. Aprendi que a prática qualifica a teoria. Aprendi que sair do mundo das ideias, que tirar do papel e ir para as ações é possível e prazeroso.

Estou em um grupo incrível, com pessoas incríveis, tentando aprender mais sobre; Instagram, TikTok, e essas “paradas aí” de edição de vídeos. Eu mal mexia nisso, eu achava que isso era “besteira”, “tempo perdido”. Eu muito presunçosamente, achava que tempo bom era tempo investido nos meus livros, nas minhas leituras.

Mas, querem saber?

É mais legal ler meus livros favoritos em voz alta. Aprender em VOZ ALTA (né Alex Bretas). E como eu tenho aprendido. Meu sobrinho de 13 anos grava e edita os nossos vídeos, eu nem sabia que era possível editar vídeo de um celular. Estou mega feliz por inspirar eles a lerem mais. Um já leu Fernando Pessoa, outro Manoel Bandeira, o terceiro Carlos Drummond de Andrade. Isso já me faz suspirar de orgulho e alegria.

E por isso estou aqui nessa jornada, pra aprender como inspirar mais e mais essa e outras molecadas!

Vamos nessa!?