Por trás da procrastinação

Malu Paulino
Masters of Learning
3 min readJul 24, 2020

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O autoconhecimento é o motor que move nossa vida pessoal e profissional. Por meio dele, podemos fazer escolhas mais conscientes e com isso sermos mais assertivos, autoconfiantes, produtos e felizes.

A minha questão de procrastinar aquilo que não quero, não gosto de fazer ou considero um "desvio" do meu projeto de vida anterior à pandemia, mostra-me claramente, quanto estava na minha zona de conforto, fazendo escolhas por fuga, prazer imediato, comodidade ou seja, defesa para meus medos e insegurança.

Descobri, por meio do CEP + R, que atividades que procrastino têm a ver com a necessidade que se impôs pela pandemia e transformação digital, de caminhar sozinha, fazer as coisas sem uma estrutura por trás ou estar vinculada a alguém ou alguma empresa ou instituição: uma necessidade de empreender a mim mesma para sobreviver, manter minha prole e qualidade de vida (bens, prazer e conforto). Ou seja, lançar programas profissionais solo, me expor e usar as redes sociais para, ao invés de trabalhar para outros (não que eu não possa continuar trabalhando para outros), trabalhar por minha conta, manter tudo o que consegui. Superar o medo de fazer as coisas sozinhas, de não ser bem sucedida, de explorar e aprender campos não conhecidos (marketing digital, por exemplo), inclusive, o de utilizar meus melhores recursos.

Como tenho caracteres orais e rígidos, sou uma excelente comunicadora, falo em público com naturalidade, me adapto rapidamente quando preciso e executo o que é solicitado com maestria, mas sempre vinculado a outrem. Tudo o que tenho que fazer por mim, procrastino.

Não sei fazer por mim, mas sempre por outros, me sujeitando em prol de uma suposta estrutura, por medo de abandono, solidão, erro, perda de amor, reconhecimento e admiração. Então, tenho que fazer para o outro e sempre perfeito. Noites sem dormir, preocupação, dedicação e comprometimento, em prol da excelência. Não gosto de "mimi", nem vitimização, nem prolixidade. Sou ágil, objetiva, clara, vou direto ao ponto e tenho uma escuta perspicaz. Escrevo bem, falo bem, pesquiso, faço e aconteço, mas nunca apareço !! Sempre vinculado a outrem… agora chegou a hora, a necessidade e o desejo (acima de tudo) de fazer por mim e caminhar por minhas pernas, criar meus próprios negócios, me projetar e fazer acontecer por mim.

Eu me descobri como uma facilitadora on-line aplicada e eficiente, usando uma tecnologia de uma maneira que nunca acreditou ser capaz, sem necessidade de uma estrutura física ou emocional ... EU e quem me vê e escuta, EU ou Meet ou Zoom, EU , meu público e o computador. Mas como gerar negócios? Como me projetar nas redes sociais (não gosto e nunca apareci)? Como conseguir contatos, parceiros e clientes (são sempre o de outros)? Como ser bem sucedido, sozinha? Sei que até o término do MOL chego a essas respostas e, neste momento, "me jogo, porque aqui tem rede"!!!

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