Quanto tempo de gestação tem as suas ideias?

A minha Jornada de Aprendiz

Thiago Ribeiro E Freire
Masters of Learning
4 min readAug 11, 2020

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A pergunta de aprendizagem que eu criei para me nortear durante a jornada do Masters of Learning, do querido Alex Bretas, foi:

O que preciso para concluir o jogo de aprendizagem e lançá-lo?

Photo by Danielle MacInnes on Unsplash

Percebe que não é por acaso que a palavra concluir está na frase?

Isso mesmo. Comecei e não terminei.

Desde cedo, tenho a percepção de mim mesmo como uma pessoa curiosa e criativa, me considero a pessoa das ideias! Adoro ler, conversar, conhecer gente!

Ok, legal. Isso pode ser extremamente valioso em diversas etapas da vida, ao longo de uma carreira, em muitas profissões. E de fato isso aconteceu comigo.

Me formei em jornalismo, me especializei em comunicação corporativa, depois em marketing e além disso em Gestão de Varejo e Serviço. A minha trajetória profissional balizava minhas especializações, para cada novo desafio, uma nova pós-graduação, MBA ou curso de extensão.

Aprendi logo nos primeiros meses de faculdade, que eu aproveitava muito mais o estudo e absorvia os conhecimentos, para gerar aprendizado, quando eu colocava em prática o que eu estava aprendendo. Os estágios na agência de publicidade, no jornal impresso, na rádio e no canal universitário, da NET, foram laboratórios maravilhosos pra mim. E dessa forma, conhecendo pessoas, atrelando minhas atividades diárias à minha bagagem teórica, fui mudando de carreira, me transformando e seguindo a vida.

Porém, eu tenho o hábito de ter ideias, fazer a curadoria de conteúdo, desenhar estratégias e planos de ação e… deixo no papel.

Photo by Nick Fewings on Unsplash

O tempo de gestação

A ideia desse jogo nasceu durante os meus estudos no mestrado, sobre aprendizagem e formação da força de trabalho criativa, na linha de pesquisa de design de experiência e estratégias de inovação, para o Lab3i (Inovação, Informação e Interação) do Programa de Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa, na ESPM Rio. Ao longo do caminho me debrucei nas teorias de educação, aprendizagem, neurociências, metacognição e autorregulação, motivação e autonomia, e muito mais.

Porém, conciliar as atividades da pesquisa e as disciplinas do mestrado não foi fácil, e durante 1 ano consegui desenvolver a estratégia, as dinâmicas, mecânicas, narrativa, personagens e tudo mais. Ou quase tudo.

Faltou experimentar, testar o jogo. Uma das etapas mais importantes para qualquer uma das minhas jornadas de aprendizado. Mas, era em junho de 2019, chegava a hora da qualificação e era preciso fazer escolhas.

Então, optei por concentrar minha dissertação na linha da Facilitação de Aprendizagem aplicada na formação continuada de docentes para a formação — qualificação e requalificação (upskilling e reskilling) — de profissionais da Economia Criativa.

E o desejo de ver o jogo ganhar vida ficou adormecido.

Foi por isso que me desafiei a tirar o jogo do papel e trouxe essa ideia que ficou em gestação por tanto tempo para o MoL.

Além de elaborar a pergunta que me guia por esse caminho de aprendizagem autodirigido, no MoL a gente é convidado a encontrar um Buddy — uma pessoa que voluntariamente aceita ser sua parceira de jornada — e os tutores. Cada grupo de pessoas (somos mais de 180) tem uma pessoa que cuida da nossa tutoria. A minha é a Su Verri.

E essas são algumas das belezas do aprendizado em comunidade.

Junto com esse convite chegam outros como os desafios da semana, onde você lista as tarefas que se propõe a fazer e mandar para o seu grupo de tutoradas. Que podem incluir ou não um encontro semanal com a pessoa parceira e com o grupo. E esses convites tem sido muito valiosos pra mim.

A pessoa parceira, na minha jornada é o Davi Rodrigues, um cara que, por minha “sorte” ou por serendipidade, tem uma trajetória com varias similaridades que a minha e com experiências práticas semelhantes às eu imagino trilhar com o desenvolvimento do jogo.

E não por acaso, ao longo dos encontros tivemos compartilhamentos de vivências de vida e conhecimento que me acenderam vários clarões de ideias, clareza! E isso contribui diretamente para o aprendizado em desenvolver objetividade e foco, que estão no meu planejamento e me ajudam a definir as etapas necessárias para a conclusão do jogo.

Os encontros dos grupos tutorados, as conexões que fazemos e indicações que as pessoas recomendam, fizeram e fazem toda a diferença na minha aprendizagem. Ou seja, pessoas! E uma das minhas frases preferidas que o Alex fala é:

A aprendizagem autodirigida é individual, mas não precisa ser solitária.

E assim, 40 dias depois de iniciada a minha jornada de aprendiz, o jogo nasce a primeira versão do que está se transformando o jogo de aprendizagem.

O Canvas da Jornada do Aprendiz

Canvas da Jornada do Aprendiz 1.2 de Thiago Freire está licenciado com uma Licença Creative Commons — Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

Agora, eu convido você a fazer parte dessa jornada.

Acesse o link para se inscrever em um workshop gratuito para praticar e desenvolver sua aprendizagem autodirigida. Participe!

Acompanhe aqui se quiser saber mais sobre esses e outros assuntos.

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Thiago Ribeiro E Freire
Masters of Learning

Professor | Mestre em Gestão da Economia Criativa | Pesquisador em Design de Experiências e Estratégias de Inovação | Facilitador |Designer de aprendizagem