Beleza e Arquitetura em Vitrúvio

Mateus Duarte
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4 min readJul 16, 2018

No ano I a.C um arquiteto romano chamado Marco Vitrúvio Polião, colocou a arquitetura como algo intelectualmente palpável, e tecnicamente explicável, em De Architectura Libri Decem ( Dez Livros sobre a Arquitetura ), o único livro sobre arquitetura da Antiguidade Clássica que sobreviveu até os nossos dias. Depois disso o número de tratados sobre a arquitetura, e a discução da teoria do belo na construção se multiplicaram. E seus ensinamento continuam norteando a base do pensamento em arquitetura do Oriente ao Ocidente.

É importante intender que Vitrúvio defendia que o arquiteto deveria ter uma ampla educação, que incluísse conhecimentos em matemática, física, filosofia, história, literatura, música e outras áreas do conhecimento.

Em seu tratado “De Architectura”, ele escreve:

“O arquiteto deve ser versado em muitas artes e ciências, para que seu trabalho possa abranger toda a extensão da arte da construção. Pois é necessário que ele tenha uma compreensão não apenas da natureza e do caráter dos materiais que ele usa, mas também das diversas funções para as quais os edifícios são projetados.”

Com isso, Vitrúvio enfatiza a importância de um arquiteto ter uma educação ampla e abrangente, que abranja não apenas a arquitetura, mas também outras áreas do conhecimento, como matemática, física, filosofia, história, literatura e música. Ele acreditava que essa formação multidisciplinar era fundamental para que o arquiteto pudesse projetar edifícios que fossem duráveis, funcionais e esteticamente agradáveis.

Do ponto de vista filosófico, e por assim disser “religioso”, Vitrúvio bebia da fonte do pensamento de Platão e Anaximandro, introduzindo a analogia do macrocosmo-microcosmo. A mesma refere-se a uma visão histórica que postulou uma semelhança estrutural entre o ser humano (o microcosmo, ou seja, o pequeno universo) e o cosmos como um todo (o macrocosmo, o grande universo). No inicio do seu terceiro livro do tratado ele escreveu “Deve haver correlação prescisa entre seus componetes, assim como ocorre no caso de um homem com formas perfeitas”. Leonardo Da Vinci, Pintor, Engenheiro, entusiasta de Arquitetura, foi talvez o maior estudioso de Vitrúvio, e foi o que melhor descreveu seu homem de fomas perfeitas descritas nos tratados que viria a ser chamada de “Homem Vitrúviano”, onde a ilustração representa o ideal de beleza e a harmonia nas proporções.

Homem vitruviano de Leonardo da Vinci

Em seu tratado Vitrúvio toma como alicerce três princípios básicos, venustas (beleza), firmitas (solidez) e Utilitas (utilitário), e no pensamento de Vitrúvio finalmente arquitetura seria o produto palpável do alcance do resultado excelência dessas três qualidades.

É solido afirmar que a preocupação com a forma era o alicerce da tríade vitruviana, visto que a forma é aquilo que distingue á arquitetura de construção ou edicula. É aquilo que da sentido ao objeto em questão. Onde a arquitetura prove como um canal de transmissão do grande cenário da vida, como retrata a razão da proporção áurea, e a pureza e complexidade da natureza que nos rodeia.

Onde asimplificação da concepção do belo dentro de um pensamento objetivista, são simplificados a seguir a seguinte ordem:

1.Volume; Espaço e Superfície.

2.Proporção; Ritmo e Simetria.

3.Figuras, Cores, Linhas e Massas.

Dentro das concepção do pensamento objetivista, o belo se caracteriza na excelência em que o Arquiteto/Artista, dispõe e promove esses elementos matematicos/geométricos dentro da concepçao de suas obras.

Enquanto o objetivismo provém linhas de razão, o diálogo relativista promove o subjetivismo na arquitetura, como um objeto acepção negativa ao conhecimento acumulado, a beleza fica refém unicamente de seu expressionismo, tendo o ser valor medido por movimentos culturais, ou pela pseudo autoridade promovida ao artista da obra.

Taj Mahal — Índia

Enquanto o objetivismo provém linhas de razão, o diálogo relativista promove o subjetivismo na arquitetura, como um objeto acepção negativa ao conhecimento acumulado, a beleza fica refém unicamente de seu expressionismo, tendo o ser valor medido por movimentos culturais, ou pela pseudo autoridade promovida ao artista da obra.

Em resumo, Vitrúvio defendia uma abordagem holística para a arquitetura, que combinasse conhecimentos técnicos com uma visão estética e filosófica, a fim de criar edifícios que fossem duráveis, funcionais e bonitos. Seu tratado “De Architectura” teve uma influência duradoura na arquitetura ocidental, e muitos dos seus princípios ainda são relevantes hoje em dia.

Gherki — Nornan Foster — Inglaterra
Museum louvre — França

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