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Natura e ACE criam coragem e firmam parceria para formar empreendedores
Gigante brasileira dos cosméticos investe em um processo de seleção diferenciado, a partir da experiência real dos candidatos, para criar uma equipe com espírito empreendedor. Inscreva-se!
Foi um prazer cocriar o lançamento do CorageNatura, um projeto em parceria com o núcleo corporativo da aceleradora de startups ACE. A partir de um encontro de (des)aceleração conduzido pela Waves of Life, a Natura desenvolveu uma campanha para divulgar a iniciativa, que visa selecionar pessoas com espírito empreendedor para um programa de formação, usando métodos e estratégias adotadas pelas startups.
A campanha foi produzida pela Air Branding, por meio do seu setor de experiências em recursos humanos. Confira o resultado, com depoimentos muitos bons do Renato, da Bruna e da Bárbara, em coragenatura.com.br. O teaser tem ainda insights bacanas, lançados pela Amanda, João, Letícia, Monique, Alex, Jorge e bons pitacos do tiozinho aqui.
E do que se trata? Em resumo, o CorageNatura é um programa de 20 meses, para acelerar e criar projetos de inovação, nos moldes e com metodologias de uma startup, a partir do conhecimento acumulado e compartilhado por pessoas que tenham o perfil empreendedor que a Natura procura. De forma crua, é um programa de recursos humanos, com as etapas de seleção de candidatos e um processo de capacitação e aculturação. Só que diferente — e o processo de cocriação, “buscar pessoas reais e seus conflitos”, como me explicou o líder interno do projeto, é apenas uma expressão dessa diferença.
A campanha foi lançada em 4 de setembro e as inscrições se encerram no derradeiro minuto de 30/09/2018. Outras diferenças destacadas no projeto: os escolhidos serão contratados com um salário de sete mil reais e não há pré-requisito escolar. Basta ter mais de 18 anos para se inscrever. Repetindo o link para mais detalhes e inscrições: http://bit.ly/2NLJMbv
ACE acelera grandes empresas: gigantes ágeis
O programa é uma parceria com a ACE e reflete o movimento de levar para empresas consolidadas o pensamento encontrado nas startups. Não sei quais serão os indicadores de resultado que a Natura espera obter após 20 meses de investimento. Em tempos líquidos, fluidos e escorregadios tudo é experiência, não? O fato é que tudo se resume a uma estratégia simples: para enfrentar um mundo em rápida transformação, é necessário que os gigantes aprendam a dançar com agilidade, ao som da reinvenção. A Natura quer encontrar novas formas de fomentar seu modelo de negócios e espera encontrar essas respostas com a ajuda e o conhecimento das startups.
A iniciativa da Natura, adicionalmente, é uma saudável novidade nos processos de identificação de colaboradores. Os processos de recrutamento de recursos humanos parecem estar passando pelas mesmas crises de reinvenção que abatem o planeta inteiro, desde a virada do século 21. Encontrar pessoas geniais que queiram trabalhar em empresas enormes não é uma tarefa simples. Também nos setores de RH precisam aprender a dançar.
Pensando bem, requer um pouco de coragem investir em novos caminhos. Se é o seu caso, como é o meu, a recomendação é uma só: explore todas as possibilidades, sem parar. Em algum momento, as coisas se alinham como devem ser. E quem disse isso foi esse cara aqui, o genial Derek Sivers. Ou:
Success comes from persistently improving and inventing, not from persistently doing what’s not working.
— Derek Sivers, do livro Anything you want
Por outra: ao invés de buscar as empresas, crie um jeito de fazer as empresas buscarem você. Será mais fácil para todos e menos desgastante, ao fim e ao cabo. Se quiser uma mentoria sobre como encontrar sua marca pessoal, entre em contato! Estamos perdidos aqui também para ajudar as pessoas a se encontrarem. E quando isso acontece o resultado é lindo! E sempre acontece :) Use os fones e email abaixo.
Um dia experimental: como criar um discurso
Agradeço ao pessoal da ACE o convite e a oportunidade para integrar o grupo que ajudou a criar a campanha, finalizada com base nos nossos depoimentos. O trabalho foi conduzido segundo uma visão antroposófica, sob a batuta de Ricardo Mezardi e com avaliações da Bia Voitt, a dupla que navega com a Waves of Lifes. Só essa manhã já teria valido a pena, pela experiência inédita e o networking incomum, com mais de 20 pessoas diferenciadas e qualificadas!
Mas foi muito além: após alguns exercícios de “desaceleração”, nas palavras de Mezardi, o grupo seguiu uma metodologia antroposófica para o resgate das histórias de cada um, que foram em seguida compartilhadas com todos. Poucos não entraram no jogo — e fui testemunha de que havia outras pessoas brilhantes por lá.
Finda a rodada, foram cerca de 15 depoimentos; esse material foi depois captado em vídeos e o resultado é a campanha batizada de CorageNatura, citada no início. Acabei virando um “empreendedor da comunicação”. O rótulo é bom e, reclamão que sou, posso dizer que talvez seja apertado. Mais do que comunicação, estou no momento evoluindo para ser um facilitador de negócios. É a tal quinta reinvenção que cito rapinho no teaser. Tudo bem.
digressão longa para chegar no gatekeeping nosso de cada dia
Assim são as coisas: embora estivesse arando a terra imponderável de quase 20 potenciais depoimentos, a Natura tinha, por certo, um roteiro prévio bastante claro, mas creio que o exercício da cocriação protagonizada pelo grupo influenciou positivamente o resultado final. A campanha ficou muito boa — e, sim, podemos conversar num café sobre como construir um discurso entre coragem e negócios e como ligar isso a uma indústria de cosméticos. Imerso na chuva que escolhi entrar, este sujeito algo discreto que escreve estas linhas borrava a cara de vermelho e tremia ao imaginar o resultado plástico que poderia advir disso. Às vezes, é preciso muuuuita coragem :))
Do ponto de vista de produção de conteúdo, é como a história do viajante que segue a estrela Norte: você sabe para onde está indo, embora não saiba exatamente o que vai encontrar no caminho. O resultado é sempre bom, pois é o caminho que importa. A arte está em colher as flores e evitar as pedras — e, sim, as pedras têm seu valor intrínseco, pois a arte está em saber se o que importa são flores ou pedras: tudo tem aplicação ou serventia, basta definir o contexto. A cada momento, flores e pedras podem ser úteis ou inúteis.
Anoto essa longa digressão porque nem todas as boas histórias do grupo entraram na boa história que está pública na campanha. A “edição” feita pela Natura e parceiros não faz juízos de valor sobre o que ficou escondido em um dia de agosto de 2018. Apenas é a peneira necessária e inevitável dos nossos processos de gatekeeping. Tema, aliás, da minha tese de mestrado e subliminar no meu livro Matriz de Marketing, Comunicação e Negócios.
os bisões e o gerenciamento da informação. Um pouco sobre meu livro Matriz de Marketing, Comunicação e Negócios, numa ampla discussão envolvendo as redes sociais, internet, poder, hierarquia, gatekeeping e outras questões.
— por aqui: bit.ly/matriz_bisões1
Construir processos corporativos que saibam lidar com essas realidades é o meu “empreendimento de comunicação” e requer altas doses de coragem e reinvenção para seguir adiante. Esta digressão é apenas mais um passo, né?
Abs!
— c., setembro de 2018
Cassiano Polesi
011 9 6929–8888
cassio@matrizmkt.com
Planejamento de marcas e facilitação de negócios é um dos trabalhos que este atendimento mkt:vendas entrega. Entre em contato e vamos conversar!
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