Por que pejotinhas e bifes nascem do mesmo canteiro?

Daí, vejo comercial de diversas empresas do ramo de pape… digo, frigoríficos, fazendo anúncios sobre suas responsabilidades com a população e de como “só colocamos na mesa alimentos que serviríamos para as nossas famílias”.

Depois, explodem nas timelines textões sobre a lei da terceirização, uns reclamando, outros lembrando que no mundo de comunicação — e muitos outros — há anos já é assim.

E, de repente, me toco. Os comerciais sobre a qualidade da carne (e do leite, e da soja, e da educação, e do governo, e do que mais você quiser) foram feitos, muito provavelmente por duas empresas — agência + produtora — , nos quais os times são 99,9% formados por pejotinhas.

E, de repente, me ocorreu — recordei na verdade -, que a realidade é um agendamento imenso. Com jornais televisivos dando boa noite de forma irônica e encadeando notícias que levem o brasileiro-médio a conclusões nubladas, com pancadas esparsas e gols da rodada.

Pessoas submetidas à traumas crânio-encefálicos em alguns casos desenvolvem zumbidos intermitentes durante toda a sua vida. Quando penso nessas coisas, esse zumbido vem, na forma de pensamentos esparsos e mal encadeados, que podem ser resumidos em uma frase:

“O que esses filhos da puta estão fazendo na verdade para criar tanta cortina de fumaça nos meios de comunicação?”