IA Generativa: produtividade, impactos e ética na comunicação corporativa

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3 min readJun 5, 2024

IA Generativa nada mais é do que o conjunto das ferramentas com motor de busca GPT para as quais damos um comando em linguagem natural

Por Natália Diogo*

Crpedito de imagem: Freepik

A Inteligência Artificial Generativa (IAG) está crescendo em presença e poder no mercado global. No Brasil, pode representar, até 2030, de 6 a 8% do PIB — de acordo com a Statista. No mesmo ano, a Statista mostra que a IAG pode atingir USD$ 3,28 bilhões.

Para quem não está familiarizado, a IA Generativa nada mais é do que o conjunto das ferramentas com motor de busca GPT para as quais damos um comando em linguagem natural (também conhecido como prompt) e ele nos devolve, baseado em buscas na internet, informações estruturadas em formato de respostas. É como se você pudesse ter acesso ao bibliotecário da maior biblioteca do mundo e ele tivesse uma memória inesgotável.

Estas ferramentas prometem ser revolucionárias e serem impulsionadoras do trabalho estratégico. Suas funções vão além de responder perguntas básicas. Por muitas vezes já estarem 100% integradas aos programas de apresentação de slides ou de planilhas, elas se mostram úteis para apresentar resultados. Se você tiver essa solução integrada na empresa em que trabalha, pode pedir auxílio ao software, por exemplo, para “criar um slide novo com base em uma planilha, com o objetivo de mostrar resultados à equipe”.

De acordo com um levantamento do MIT Sloan Management Review, 34% das organizações estão utilizando a IA para criar novos Key Performance Indicators (KPIs) para seus negócios e, destes, 90% vê melhoras nos indicadores, seja em eficiência, precisão, tempo ou inclusive benefícios financeiros. Sua usabilidade nas organizações é imensurável.

Na comunicação corporativa, o dia a dia dos profissionais está sendo afetado na prática por sua existência. A IAG passa a resumir textos, transformar o tom de um conteúdo para deixá-lo mais formal ou traduzi-lo para uma linguagem mais suave, positiva ou amena, por exemplo. Ela também pode resumir notícias para clipping, auxiliar a traduzir um texto de outro idioma praticamente de imediato, ou mesmo recheá-lo com pesquisas e levantamentos de mercado — que ainda necessitam ser validados por humanos, é preciso dizer. E tudo isso com poucos comandos.

Todas estas facilidades fazem com que a IA Generativa seja apontada, pelo National Bureau of Economic Research (NBER), como a responsável por aumentar, em média, 14% da produtividade do trabalhador.

Cuidados com a IA Generativa

No entanto, existem algumas ressalvas importantes que nós, profissionais da comunicação, precisamos ter com essa tecnologia. Boa parte das atividades que desempenhamos em agências de comunicação são protegidas por acordos de não-divulgação (NDA) e são extremamente sigilosas. Muitos de nós também trabalham em redações e lidam com “furos de reportagem” que podem alterar as ações da bolsa de uma empresa ou impactar diretamente em sua reputação.

Sabendo destes pontos, é fundamental respeitar a ética profissional e, com o auxílio da empresa em que trabalha, entender quais ferramentas são válidas para o negócio. É necessário, inclusive, contar com sua pré-autorização para a utilização no dia a dia.

Por fim, é fundamental não simplesmente utilizar o texto tal qual a ferramenta gera, afinal de contas, o conteúdo gerado pela IAG tem como base outros tópicos com direitos autorais que estão expostos na internet, por isso, sempre é importante dar seu toque pessoal, adaptar e mexer. O motor generativo deve ser um apoio para coleta de informações e para inspiração.

A Inteligência Artificial Generativa veio para apoiar as atividades técnicas e tornar a vida dos profissionais da comunicação mais simples, menos morosa e operacional. Vale apenas ficar atento aos fatores éticos envolvidos para aproveitar a tecnologia da melhor maneira.

Afinal, como o Google Gemini me disse: “A IAG ainda está em desenvolvimento, mas tem o potencial de transformar a comunicação corporativa. À medida que a tecnologia continua a se desenvolver, as empresas que adotarem a IAG estarão em uma posição de vantagem competitiva”.

Com mais de 15 anos de experiência no mercado de comunicação corporativa, Natália Diogo é gestora de contas na Maya PR e consultora de comunicação freelancer. A jornalista passou por agências de comunicação focadas em negócios globais e do mercado latino-americano de tecnologia, finanças, varejo, startups, telecomunicações e saúde. É mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero.

Se quiser falar mais sobre o assunto, escreva para contato@mayapr.com.br

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