O que é o efeito placebo?

Antonio Bertollo
Me explica ciencia
Published in
2 min readJan 18, 2021

Para exemplificar esse tema, vamos utilizar uma história que se passou durante a Segunda Guerra Mundial. Um médico não tinha mais estoques de morfina para aliviar a dor dos soldados e não sabia o que fazer. Até que teve a ideia de colocar água com sal em ampolas e as injetar nas vítimas, simulando que estava aplicando morfina. E, pasmem, os soldados começaram a relatar que os incômodos estavam diminuindo! Afinal, o que é o efeito placebo? E o que está por trás dele?

É definido como placebo a substância sem atividade farmacológica que pode ser administrada como controle em tratamentos clínicos com medicamentos, ou pode ser dado ao paciente para efeitos benéficos.

O placebo é uma intervenção projetada para simular a terapia médica, mas não acreditada para ter um efeito específico na doença ou na circunstância a que está sendo aplicado.

Os efeitos dos placebos se mostram eficazes no tratamento para pacientes altamente ansiosos. O efeito do placebo pode ter efeitos psicológicos e aumentá-los para funções imunes.

Esses efeitos podem ser positivos, neutros ou negativos. Os efeitos positivos são chamados de placebo, quando são apresentados efeitos negativos, ou seja, consequências negativas da aplicação, o efeito ganha o nome de nocebo.

Sugere-se que as endorfinas estão envolvidas nesse processo. A liberação dessas substâncias pode explicar as mudanças no comportamento, modulando o sistema imune que pode conduzir à saúde melhorada.

Artigos sugerem que aproximadamente um terço dos pacientes terá uma resposta do placebo em toda a experimentação clínica e os efeitos do placebo são necessariamente breves. Além disso, como dito anteriormente, determinados tipos de personalidade são mais prováveis de responder ao placebo. Nos casos de resposta positiva, significa que não havia nada de errado com eles, e dar um placebo é o mesmo que não fazer nada.

Referências:

BENSON. H; FRIEDMAN, R — Harnessing the power of the placebo effect and renaming it “remembered wellness””. Annu Rev Med; 47:193–199, 1996.

CINDY, S — Trends in Pharmacological Sciences, jul 22(7):342, 2000.

SHER, L. “The placebo effect on mood and behavior: the role of the endogenous opioid system”. Med Hypotheses;48(4):347–349, 1997.

TURNE,R J.A; DEYO, R.A; LOESER, J.D; VONKORFF, M; FORDYCE, W.E. “The importance of placebo effects in pain treatment and research [see comments”. JAMA; 271(20): 1609–1614, 1994.

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