5 longas gringos maravilhosos lançados em 2018 para Shico Menegat

Foto: Miguel Soll

O ator, produtor e DJ gaúcho Shico Menegat, que dá vida ao protagonista Pedro, no premiadíssimo “Tinta Bruta”, lista seus 5 longas internacionais prediletos, lançados em 2018.

1.“Faca no Coração” // Yann Gonzalez

“Filme queer francês super original, a trama foca em Anne, uma produtora da indústria pornográfica que começa a investigar a morte misteriosa de atores pornôs reencenando as cenas em versões suspense/trash/pornô. A fotografia e trilha sonora são incríveis e a atriz protagonista Vanessa Paradis tá maravilhosa. Ah, e tem um monte de boy gato também.”

2. “Infiltrado na Klan” // Spike Lee

“Especialmente em tempos de ódio, o filme norte-americano vem com grande força para fazer o público sair do cinema com vontade de (re)agir, sabe? A obra escancara o racismo, acompanhando um policial negro que se infiltra na Klu Klux Klan durante o boom dos movimentos raciais dos EUA nos anos 70. Com humor mordaz e escrachado, o diretor Spike Lee mostra, mais uma vez, como ser resistência no cinema.”

3. “Matangi/Maya/M.I.A.” // Stephen Loveridge

“Um dos melhores documentários sobre música que já assisti, esse doc acompanha a trajetória da incrível artista inglesa M.I.A., que traz pro holofote do pop sua descendência do Sri Lanka, suas inquietações políticas e abre seu processo criativo. Muita imagem de arquivo que a própria M.I.A. captou, ótima montagem e uma importante reflexão sobre artista X mídia, afinal ‘como controlar uma artista incontrolável?’.”

4. “Seu Rosto” // Tsai Ming-Liang

“Esse filme de Taiwan é uma das coisas mais sensíveis que já vi no cinema. O documentário dilata o tempo e as nossas percepções ao trazer os rostos de 12 pessoas diferentes, em longos planos close-ups, onde conseguimos observar seus poros e cada respiração enquanto contam suas memórias de vida. Uma proposta poética linda sobre o envelhecimento.”

5. “Rafiki” // Wanuri Kahiu

“A ousadia de fazer um filme de ficção lésbico em um país onde a homossexualidade é crime já valeria por si só um destaque aqui. Mas o longa queniano, além da importância política, traz uma linda estética colorida e atuações hipnotizantes. A diretora Wanuri Kahiu coloca a própria vida em risco para contar a história de duas mulheres — filhas de inimigos políticos — que se apaixonam. Essa versão africana lésbica de Romeu e Julieta é um grito de amor e liberdade de expressão. ❤”

As indicações fazem parte da edição #026 do MECAJournal.
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