O olhar atento sempre funcionou como bússola na sua caminhada até aqui. Ilustrador e animador paulistano, ele faz do desenho a sua ferramenta mais preciosa e medicinal.

"Época" de Fabrizio Lenci. (Crédito: Divulgação/@falenci)

As formas inconstantes e a vivacidade das cores do trabalho do ilustrador e animador paulistano Fabrizio Lenci, 32 anos, impressionam. O traço foi algo natural desde a infância e o acompanha pelos caminhos mais densos da sua história. “Minha primeira memória é desenhar numa tira de papel de impressoras antigas deitado no chão da sala durante as Olimpíadas de Barcelona em 1992. Eu tinha 4 anos”, relembra.

Celebrar as diferenças é o mote do trabalho de Fabrizio. “Nada é mais prazeroso do que a diferença. Gosto de explorar lugares pouco conhecidos da cidade. O desenho me leva a olhar coisas que nunca parei para contemplar e me ensinou que preciso respeitar o tempo”, pontua o arquiteto, formação que buscou para entender a pulsação frenética da capital paulista. “Aprendi muito sobre desenho e valores importantes que vou carregar para sempre.”

"Fuga" de Fabrizio Lenci. (Crédito: Divulgação/@falenci)

Uma das maiores lições que a arte traçou em sua vida foi a superação de uma depressão. Ele lembra das horas desenhando anatomia ao lado do pai, médico e sua fonte de inspiração “Foram anos difíceis e minha recuperação aconteceu em paralelo com o descobrimento do desenho. Me ajudou muito. Guardo com carinho as horas andando de bicicleta a procurar lugares na cidade para desenhar.”

"Minhoca" de Fabrizio Lenci. (Crédito: Divulgação/@falenci)

As principais referências do ilustrador Fabrizio Lenci:

1. Lena Mattar

“Ela é minha companheira há 6 anos e me incentiva a viver do desenho. Com ela, pude descobri o lado mais doce da vida.”

2. Willian Santiago

“Um artista brasileiro maravilhoso e super gente boa. Seu trabalho é muito inspirador e forte, com uma linguagem única e brasileira.”

3. Fuga Clube de Ciclismo

“Clube de ciclismo de São Paulo que teve papel fundamental na minha vida, tanto na formação do meu caráter quanto para curar feridas.”

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Esta reportagem faz parte do MECAJournal #29 e foi escrita pela repórter Débora Stevaux. Segue a gente no Instagram? E no Twitter também?

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Débora Stevaux
MECA // Informação, cultura, criatividade e festivais: um radar da cena cultural do Brasil e do mundo. @mecalovemeca

repórter de cultura & social media do @mecalovemeca que escreve porque acha que a arte é transformadora o suficiente para gerar impactos sociais positivos