Entrevista: A juventude estelar que acompanha Marcos Valle

O cantor e compositor carioca tem a preciosidade da troca como matéria-prima para seu trabalho e a juventude como estado de espírito.

O cantor e compositor Marcos Valle durante o MECANewYear@Inhotim. (Crédito: Luara Baggi / Shake It BSB).

Muita gente diz que a juventude é um estado de espírito e a gente está de acordo. Ser jovem é estar em constante movimento, diz muito mais sobre estar aberto ao novo do que propriamente sobre ser mais novo. O compositor, cantor, instrumentista e arranjador carioca Marcos Valle sabe disso e leva consigo esse pensamento estelar. Do alto dos seus 76 anos, ele faz da troca uma das matérias-primas mais preciosas da sua música dançante e suave.
Não à toa, quem subiu ao seu lado no palco do MECANewYear@Inhotim foi sua esposa, backing vocal e integrante da banda, Patrícia Alvi, num show impecável e inebriante para todas as faixas etárias.

Marcos Valle e a repórter Débora Stevaux durante entrevista no MECANewYear@Inhotim. (Crédito: Luara Baggi / Shake It BSB).

Logo após a passagem de som, Marcos recebeu no maior astral a repórter Débora Stevaux para uma breve entrevista em que ele conta sobre a importância de estar em contato com a galera mais jovem, sobre o que vai ficar para sempre e também sobre sua amizade com o músico e produtor inglês Tom Misch.

O cantor e compositor Marcos Valle durante seu show no MECANewYear@Inhotim. (Crédito: Luara Baggi / Shake It BSB).

Você já foi sampleado até pelo Jay-Z, né? Como é pra você influenciar uma nova geração?

“Pra mim é tudo. Basicamente eu preciso disso para continuar. Eu gosto muito dos trabalhos que eu fiz, mas eu gosto sempre de estar fazendo coisas novas.
E essa aproximação da juventude, de outros estilos, de outros gêneros, acaba trazendo uma energia muito boa para mim e para a minha música.”

Marcos Valle e Patrícia Alvi dando boas vindas a uma nova década da melhor forma: repletos de amor! ❤ (Crédito: Dynelle Coelho).

O seu novo álbum se chama “Sempre”. Pra você, o que vai ficar para sempre?

“Olha, eu botei o nome de sempre porque eu não penso muito em passado, presente e futuro. Penso sim na continuação das coisas, de você permanecer nesses meandros do tempo, sabe? Mas, agora, o que eu acho que vai ficar para sempre são as coisas positivas que você fez, as boas energias que você deixa, o amor, as boas mensagens para os filhos, para os fãs. Tudo que você fez de positivo vai ficar para sempre.”

A gente viu que você encontrou o Tom Misch na Suécia, por um acaso num kebabi, e vimos também que vocês se encontraram novamente aqui no Brasil. O que você pode adiantar pra gente desse encontro sonoro?

“Eu e o Tom ficamos amigos, né? O Tom veio para o Rio e a gente se encontrou e pensou se não rolava de nos encontrarmos num estúdio para fazermos algo juntos. Foi então que ele veio, foi jantar lá em casa, chamei meus filhos e uma turminha da idade dele. E aí fomos para o estúdio, fizemos três músicas juntos, e agora ele pretende voltar para que a gente grave mais músicas para um projeto bem legal que estamos fazendo juntos.”

Segue a gente no Instagram? E no Twitter também?

--

--

Débora Stevaux
MECA // Informação, cultura, criatividade e festivais: um radar da cena cultural do Brasil e do mundo. @mecalovemeca

repórter de cultura & social media do @mecalovemeca que escreve porque acha que a arte é transformadora o suficiente para gerar impactos sociais positivos