Giovani Cidreira: Um artista brasileiro que você precisa ouvir em abril

Todo mês, uma novidade brasileira fresquinha pra você aumentar o volume do seu fone com gosto e se abrir para uma descoberta musical.

Giovani Cidreira // Bahia

Crédito: Filipa Aurelio.

Por que ficar de olho?

A melancolia do cotidiano dá vida às composições do cantor, arranjador e instrumentista soteropolitano Giovani Cidreira. As letras profundas do jovem de 28 anos que formou sua primeira banda, “Velotroz”, aos 14 anos de idade, são acompanhadas por uma roupagem contemporânea de batidas eletrônicas e vocais distorcidos.

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Os vídeos também têm um papel importante na construção das narrativas do artista, mostrando conversas digitais e efêmeras sobre sentimentos profundos que Giovani canta com sua apaixonante voz suave e dócil.

Seu último EP, “Mix$take” (2019), foi lançado em um grande dia da sua carreira: 27 de março, quando ele abriu o show do saxofonista norte-americano Kamasi Washington e sua banda em São Paulo. Giovani impressiona pelo talento e pela sensibilidade de sua música e não seria diferente com seu mais recente trabalho, sucessor dos bem-recebidos pelo público e crítica “Japanese Food” (2017) e o homônimo “Giovani Cidreira” (2015).
As referências para a criação das sete novas músicas vão do cantor e compositor norte-americano Frank Ocean, passando pelo mestre Milton Nascimento até o escritor Carlos Drummond de Andrade.

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A música que nós amamos: “Pode Me Odiar”

Com brincadeiras na hora de escolher o nome das músicas, o nosso coração se aproximou mais de “Pode Me Odiar”, uma balada fria e pós-romântica que fala sobre ser introspectivo na hora de amar, espaço na hora de dialogar e entendimento na hora de sentir.

Um clipe para assistir: “Vai Chover”

O vídeo de três minutos mistura cenas dos anos 1980 com remakes contemporâneos de amigos pelas ruas de São Paulo. Um ótimo clipe para você ver sozinho em uma madrugada qualquer.

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Uma pergunta para o artista: Qual foi o maior erro da sua vida?

“Foi não ter ido na casa do meu amigo Maicon, como eu disse que faria, uma semana antes dele morrer. “A gente fica nas coisas quando a gente ama”, essa frase de “Ngm + Vai Tevertrist” (quarta música do novo EP) diz muito sobre isso. E as pessoas ficam na gente. Maicon e eu ficávamos juntos desde muito jovens e influenciávamos um ao outro como em toda boa amizade. A maioria das músicas de “Japanese Food” foram arranjadas com ele na batera… Infelizmente, ele não gravou o EP, mas o jeito dele tocar ficou e busquei isso com alguns músicos até rolar. Ele me ensinou a pensar na parte rítmica daquele jeito e até hoje estamos aí. Volta e meia ele sopra uns arranjos ou eu dou um sopro como ele faria.”

Esta seção foi escrita pelo nosso curador musical e DJ residente, Dimas Henkes. Segue a gente no Instagram? E no Twitter também? ❤

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MECA // Informação, cultura, criatividade e festivais: um radar da cena cultural do Brasil e do mundo. @mecalovemeca

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