Lovefoxxx: “Quando se tem mais paciência ficamos ricos. Pois podemos esperar pelas coisas”
Vocalista da Cansei de Ser Sexy, Luísa Matsushita fala sobre o retorno da banda, amor-próprio, sua nova forma de encarar & viver a vida e muito mais!
“Superafim, superafim, superafim de mim”. Foram incontáveis as vezes em que esse versinho ecoou na cabeça e foi usado como tijolo da autoestima de muitos jovens que sentiam o calor na espinha de se (re)descobrirem sexual e afetivamente nos anos 2000. A banda Cansei de Ser Sexy (CSS) nunca foi cansativa, como o nome pode sugerir. Muito pelo contrário: as músicas altamente dançantes eram embaladas por letras encorajadoras, dos sentimentos mais genuínos e inéditos de quem estava descobrindo o mundo e fazendo uma porção de coisas pela primeira vez.
Depois de um hiato de 6 anos, o grupo paulistano formado em 2003, que ganhou o mundo com um rock de pitadas agridoces de pop e picantes de música eletrônica, se reúne para a felicidade de quem ansiava pela reconstrução das suas memórias mais preciosas da juventude . Formada por Luiza Sá, Ana Rezende, Carolina Parra, Rodrigo e Luísa Matsushita, a Lovefoxxx, a banda se apresenta dia 15 de Novembro no
Popload Festival, que traz nomes chiquérrimos como Hot Chip, Patti Smith e Luedji Luna (que também toca conosco no MECANewYear@Inhotim).
Em entrevista à repórter Débora Stevaux, a vocalista Luísa fala sobre-amor próprio, sobre o que ainda faz seu ❤ bater como uma pedrinha, sobre sua nova forma de encarar & viver a vida — muito mais consciente e sustentável — e sobre mais uma porção de coisas que você só vai descobrir lendo, ok?!
De que forma a energia do Cansei de Ser Sexy ressoa em você hoje?
“Pra mim é a energia da pintosa, da ‘bibozinha’ que eu sou. Bom, a energia do Cansei de Ser Sexy é a egrégora de todas nós juntas, né? Ela reverbera em forma de saudades dos rolês com as meninas, de dancinhas…”
O que bate em você como uma pedrinha?
“Na música ‘Hits Me Like A Rock’ eu referencio uma música, mas não falo qual é. A música é ‘Birds’, do Eletreclane. Essa música ainda bate no meu coração como uma pedrinha.”
Como foi conhecer a Paris Hilton e sobre o que vocês conversaram?
“Na primeira vez que tocamos no Coachella ela foi lá ver o nosso show. Foi super fofa e disse ‘I guess I say ‘bitch’ a lot’. Ela nos ensinou uma pose que ela gosta de fazer para fotos que é o ‘V- for Victory’. Ela foi muito querida!”
Você mudou completamente sua vida e embarcou numa viagem rumo à reconexão humana com a natureza. Quais foram os maiores aprendizados?
“O maior aprendizado foi em relação à paciência. Em ter mais paciência e tolerância. Quando se tem mais paciência ficamos ricos. Pois podemos esperar pelas coisas. Pode ver: gasta-se muito capital quando queremos algo pra ‘ontem’.”
O que você tem ouvido no repeat ultimamente?
“‘Langage’ (feat. Wednesday Campanella), do Moodoid.”
Qual é o sentimento que a gente pode esperar do retorno maravilhoso — e muito aguardado — de vocês no Popload Festival?
“Awwww, obrigada… Espero que vocês sintam um quentinho. Estamos muito felizes em fazer esse show. Nós estamos trabalhando com o Raphael Erichsen, diretor de vários documentários políticos como o ‘Ilegal’. Ele está fazendo os vídeos que vão passar no telão. Sempre sonhamos em ter vídeos no nosso show e agora o Rapha está realizando esse desejo. O Rapha é demais! O que a gente mais gosta de fazer em conjunto é rir… espero que esses vídeos despertem o humor de vocês nesses tempos sombrios.”
Do que ou de quem você está “Superafim” hoje?
“De agrofloresta, agricultura sintrópica. Revolução Agroflorestal!”
Se pudesse voltar no tempo e dar um recado para o seu eu que estava começando, o que você diria para a Luísa de 2005?
“Aw… que fofura essa entrevista. Eu diria: Eu te amo desde sempre.”