MECARadar: artistas brasileiros para você conhecer

O curador musical Dimas Henkes indica quatro artistas brasileiros promissores que estão se destacando no cenário cultural do país ao romper padrões e usar linguagens musicais disruptivas, cada um à sua maneira

VENTURA PROFANA (Minas Gerais)

Crédito: Rafael Kennedy

Profetizando a vitória de um corpo transexual em um mundo machista, a mineira se inspira no gospel para transmitir uma mensagem poderosa de fé e esperança. Com a colaboração de Jhonatta Vicente, produtor musical mineiro, a cantora dá o pontapé inicial em uma carreira promissora. A voz aguda de Ventura prende nossa atenção e faz a gente imergir em um culto à vida da cantora. “Resplandescente” é um anúncio prévio da vitória do seu corpo em um mundo hostil. @venturaprofana

JLZ (Distrito Federal)

Crédito: Fernanda Tiné

Um pedaço promissor do futuro da música brasileira está nas mãos do cantor brasiliense. Com batidas aceleradas e um ritmo de rave, JLZ cria uma atmosfera poderosa, misturando rap, macumba e funk em suas produções autorais e remixes. Já colaborou com Linn da Quebrada, DJ Lycox e carimbou seu nome no Boiler Room em São Paulo. Suas múltiplas experiências se refletem em diferentes produções, da sarrada romântica em “Pra Você” ao baile funk de “Uh Uh Balançou”. @jlzmusic

RICARDO RICHAID (Rio de Janeiro)

Crédito: Frederico Santiago

O cantor e compositor carioca é sobrinho-neto de Carmen Miranda e reinventa a música popular brasileira com guitarras e sopros, autointitulando sua obra de “tropicalismo industrial”. Seu recente e primeiro disco, o inteiramente autoral “Travesseiro Feliz”, conta com participações especiais de Ana Frango Elétrico e mistura jazz com psicodelia. “Largado Nu” e “O Velho Cai” são músicas que deixam nossos ouvidos molhados e fazem nossos corpos remexerem. @ricardorichaid

NEGO BALA (São Paulo)

Crédito: Roncca

Criado na Cracolândia e com passagens pela Fundação Casa, Nego Bala driblou o futuro incerto e aportou na música para se expressar com palavras verdadeiras de amor. Ele mistura funk com jazz, blues e maracatu, e traz letras de consciência sobre passado e presente, denunciando injustiças e trilhando um caminho de luz. O documentário “Da Boca do Lixo”, dirigido por Danilo Arenas e com roteiro do próprio artista, mostra suas origens caóticas. Ouça o quanto antes a música “Cifrão In’Pé”. @negobalamc

Esta matéria faz parte da edição #029 do MECAJournal e foi escrita pelo curador musical Dimas Henkes. Segue a gente no Instagram? E no Twitter também?

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MECA // Informação, cultura, criatividade e festivais: um radar da cena cultural do Brasil e do mundo. @mecalovemeca

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