Quatro artistas e bandas do nosso Brasil para você conhecer e ficar de olhos e ouvidos bem abertos!

ANA FRANGO ELÉTRICO (Rio de Janeiro)

Ana Frango Elétrico. Crédito: HICK DUARTE

Ana Frango Elétrico é um sopro promissor na música popular brasileira. Com seu último álbum, “Little Electric Chicken Heart”, ela assumiu a vanguarda da cena contemporânea carioca tendo apenas 21 anos. Depois de se aventurar pelo punk, Ana volta bem mais popular: sopros, pianos e baterias marcadas definem seu novo trabalho, e sua voz doce canta sobre ironias e sarcasmos do cotidiano. Ouça “Se no Cinema”, um rock com toque de Carnaval que nos faz lembrar de Rita Lee.

POTYGUARA BARDO (Rio Grande do Norte)

Potyguara Bardo. Crédito: LUIZO UGUI

“Simulacre”, álbum da cantora, atriz e drag queen natalense Potyguara Bardo, cria uma atmosfera satírica sobre uma situação hipotética em que, por acidente, a cantora come cogumelos alucinógenos e delira sobre diversas questões cheias de ironia, ritmos e até filosofia. O álbum mistura reggae, lambada, pop e até trance. Potyguara é uma epifania na música brasileira. Comece sua imersão por “Karamba”, música em parceria com a drag queen Kaya Conky, e prepare-se para dançar!

MURICA (Brasília)

Murica. Crédito: HENRIQUE CORREIA

Faminto por justiça, o rapper e MC brasiliense Murica reuniu todas as suas referências brasileiras em “Fome”, seu disco de estreia. Um álbum cru e ao mesmo tempo chique. As batidas suaves acompanham delírios e desejos do cantor em letras sobre as ruas e a sua liberdade. “Esquinaparanóiadelirante” traz um teclado groovado e um solo de saxofone em que Murica faz reverência à música como seu templo — e Tim Maia, Elis Regina e Rita Lee como seus gurus.

ARQUELANO (Ceará)

Arquelano. Crédito: JORGE SILVESTRE

Benjamin Arquelano mistura invisibilidade e minimalismo com música experimental no álbum “Ponto”. É com voz melódica e instrumentais intensamente suaves que o artista cria uma atmosfera profundamente híbrida sobre perdas e dramas. O “ponto” é o início (e o fim) de tudo, representando a criação da narrativa de seu trabalho, que traz histórias da comunidade queer e lembra artistas como Arca e até The XX. “Paraíso”, primeira faixa do EP, nos faz relaxar profundamente em pensamentos intensos.

Esta coluna faz parte da edição #028 do MECAJournal. Segue a gente no Instagram? E no Twitter?

--

--

Dimas Henkes
MECA // Informação, cultura, criatividade e festivais: um radar da cena cultural do Brasil e do mundo. @mecalovemeca

Curador cultural, estrategista de conteúdo e conector de projetos e pessoas. Diretor do programa Bumbum na rádio Veneno.