Uma curadoria focada em inovações, tendências e futuro do trabalho para estar pronto para o amanhã

Foto: Joshua White

Refik Anadol

Living Paintings

Nascido em Istambul, Turquia, Refik Anadol é um artista de novas mídias, pioneiro na estética da machine intelligence. Seus projetos, hipinotizantes, são construídos a partir de algoritmos orientados para criar ambientes abstratos e oníricos. São obras imersivas baseadas no vento, na paisagem e no oceano. Refik atualmente mora em Los Angeles onde funciona o Refik Anadol Studio e o RAS LAB, dedicados a descobrir e desenvolver abordagens para narrativas de dados e inteligência artificial. Reconhecido internacionalmente, o artista também é professor do Departamento de Design Media Arts da UCLA, onde obteve o título de mestre em Belas Artes.

Ansiosos pela estreia de Dumb Money?

Longa mostra como o acesso à comunicação pode revolucionar o mercado financeiro

Em 2021, investidores amadores se reuniram no Reddit para catalisar uma explosão de mercado. O grupo aumentou artificialmente o valor das ações da GameStop, em baixa na pandemia. As ações chegaram a ter alta de 750% em apenas um mês. Por outro lado, o movimento causou perdas catastróficas de bilhões de dolares no mercado financeiro.

O esquema surreal é a base para a comédia ‘Dumb Money’, que estreia no fim de setembro nos EUA. O longa dirigido por Craig Gillespie (diretor de ‘Eu, Tonya’) acompanha Keith Gill (Paul Dano), que dá início à polêmica ao investir suas economias nas ações em queda da varejista de videogames. Depois que o personagem compartilha a iniciativa nas redes sociais, as postagens começam a viralizar. E, conforme a popularidade aumenta, a vida dele e de pessoas no seu entorno começam a mudar.

O fenômeno conhecido como ‘meme stocks’ mostra que a democratização do acesso à informação através das redes sociais, aliada ao poder das novas tecnologias, pode revolucionar as regras do jogo, mesmo em um mercado tradicional.

Menos é mais, sim

Pesquisa aponta que ‘subtrair elementos’ é a melhor estratégia para alcançar soluções

As pessoas tendem a adicionar elementos quando são instadas a melhorar objetos, ideias e situações. No entanto, remover itens pode ser mais eficaz. Já pensou nisso?

Num estudo liderado pelos professores Gabrielle Adams e Leidy Klotz, da Universidade de Virginia (EUA), os participantes receberam tarefas, entre elas descobrir a melhor forma de estabilizar o topo de uma estrutura de ‘Lego’. Eles poderiam fazer isso adicionando peças a um custo ou removendo parte delas de graça.

Embora diminuir uma peça seja a estratégia mais simples — e barata — , a pesquisa revelou que cerca de 60% das pessoas optaram por acrescentar ‘tijolinhos’. Ou seja, a menos que fossem alertados, os integrantes quase não perceberam que a retirada de itens era vantajosa.

A tendência humana de somar em vez de subtrair é difundida desde o marketing até o design, passando por outras indústrias, inclusive as não criativas. Pode influenciar a maneira como os arquitetos projetam edifícios e também contribuir para o acréscimo de despesas desnecessárias aos governos. Isso acontece porque esperamos menos crédito por soluções subtrativas. Afinal, uma proposta para se livrar de algo pode parecer menos criativa. No fim, menos pode realmente ser mais. Quem topa praticar?

A reinvenção do impresso

O MECA (Journal) se consolida como estratégia inovadora de brand publishing

Com uma visão contemporânea, o MECA (Journal) reinventa o cenário da mídia impressa ao conectar o analógico ao digital. Acreditamos que a inovação vai muito além de criar coisas do zero — é saber recriar e ressignificar linguagens. O resultado? Uma peça sensorial afetiva que também ganha vida nas redes sociais. Um conteúdo que é gatilho de conversas e um recurso catalisador de relacionamento com influenciadores, prospects, clientes e mercado publicitário. “Eu nem sabia que precisava tanto dessa leitura IMPRESSA!” é o depoimenta da leitora @_greenga. O comentário materializa o sentimento de ter este jornal e mãos.

A arte da criatividade multidisciplinar

Pensata escrita por Diego Machado que é Global Chief Creative Officer do hub criativo AKQA

Tente aprender algo novo, mesmo que pela metade. A chave para atravessar nosso mundo ruidoso reside na mente dos inquietos multifacetados. Eu vivo cercado deles: redator que tem banda de heavy metal, estrategista yogue, pessoas que esculpem, tocam trompete e lideram o próprio bar.

Tendência global na gestão, a criatividade multidisciplinar, que muitas vezes é vista como falta de foco, é na verdade uma competência essencial para enfrentar qualquer desafio de hoje. E vai seguir em alta. Isso porque é justamente a interseção entre diferentes campos que impulsiona abordagens inovadoras e respostas alternativas para problemas — mesmo os mais complexos.

A expertise de Leonardo da Vinci como ilustrador, matemático, anatomista, pintor e escultor o consagrou como um gênio renascentista. A abordagem é comum a outras figuras notáveis do passado, como Walt Disney e Coco Chanel, e também a artistas e pensadores contemporâneos.

Thom Yorke, além de líder da banda Radiohead, se destaca como ativista e defensor da tecnologia sustentável, prometendo deixar um impacto duradouro na música e no ativismo ambiental. Já a arquiteta e designer Neri Oxman se aventura nos campos da biologia e da fabricação digital. E em uma simbiose entre natureza e tecnologia, ela cria projetos que combinam arte, design e ciência.

Deslocando o papo para a comunicação e a publicidade, um pouco mais a minha área, aponto a Nike como uma marca de produtos esportivos, uma plataforma de contar histórias inspiradoras e uma desenvolvedora de artigos inovadores em parceria com artistas, atletas e designers. Só para citar mais um exemplo: recentemente, aproveitando o poder da IA
e do machine learning, a Nike criou o projeto ‘Never Done Evolving’ com o objetivo de celebrar a carreira inspiradora de Serena Williams e, de quebra, desenvolver ferramentas para capacitar novos talentos. Tudo isso fazendo ela jogar contra si mesma em sua versão mais nova. Papo pra outra reflexão.

É até curioso que o Linkedin ainda não seja capaz de acolher as múltiplas ‘positions’. Os melhores profissionais e líderes sabem que não precisam e nem devem se restringir ao ‘job description’, assim como as melhores empresas incentivam cada membro de sua equipe a explorar novas versões de si mesmos. É nesse caminho que é possível construir algo que se destaque e permaneça. Já pensou o que pode testar hoje?

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MECA
MECA // Informação, cultura, criatividade e festivais: um radar da cena cultural do Brasil e do mundo. @mecalovemeca

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